Festival da Canção
Popular programa televisivo transmitido anualmente pela RTP desde 1964. O objetivo era fazer um concurso de canções cujo vencedor representaria o país no festival da Eurovisão desse ano. Após o desfile das canções concorrentes, um júri nacional, reunido em cada uma das capitais de distrito, divulgava em direto as suas votações, até se apurar o vencedor.
A primeira edição - denominada I Grande Prémio da Canção Portuguesa - ocorreu a 2 de fevereiro de 1964 nos Estúdios do Lumiar, em Lisboa. Apresentado por Henrique Mendes, Maria Helena e Fialho Gouveia, teve como vencedora a canção "Oração", interpretada por António Calvário, que ultrapassou a concorrência composta por Simone de Oliveira, Madalena Iglésias e Artur Garcia, entre outros. Todavia, a estreia portuguesa no festival da Eurovisão, em Copenhaga, não correu bem, já que "Oração" não foi sequer pontuada.
No ano seguinte, venceu Simone de Oliveira com "Sol de inverno", numa emissão apresentada por Henrique Mendes a partir do Estúdio da Tóbis. Seguiram-se as vitórias de "Ele e Ela", de Madalena Iglésias (1966); "O Vento Mudou", de Eduardo Nascimento (1967); "verão", de Carlos Mendes (1968); "Desfolhada", de Simone de Oliveira (1969), com letra de Ary dos Santos; "Onde Vais Rio que eu Canto", de Sérgio Borges (1970); "Menina", de Tonicha (1971); "A Festa da Vida", de Carlos Mendes (1972); "Tourada", de Fernando Tordo (1973); "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho (1974) e "Madrugada", de Duarte Mendes (1975).
Em 1976, passou a chamar-se "Festival RTP da Canção", numa emissão apresentada por Eládio Clímaco, Ana Zanatti e António Vitorino de Almeida. Teve a particularidade de todas as canções terem sido interpretadas por Carlos do Carmo, vencendo "Uma Flor de Verde Pinho", um poema de Manuel Alegre. No ano seguinte, venceu "Portugal no Coração", interpretada pelo conjunto Os Amigos, e o evento teve a particularidade de ser apresentado pelos atores Herman José e Nicolau Breyner, nos papéis de Senhor Feliz e Senhor Contente. Em 1978, foi a vez de "Da-Li, Da-Li Dou", dos Gemini, seguindo-se, em 1979, "Sobe Sobe, Balão Sobe", de Manuela Bravo.
Em 1980, dá-se uma das edições mais memoráveis, já que é pela primeira vez emitida a cores. Na noite de 7 de março de 1980, 23.º aniversário da RTP, o festival é apresentado por Eládio Clímaco e Ana Zanatti, coroando José Cid como vencedor com "Um Grande, Grande Amor", tema que ficou particularmente conhecido pelo seu refrão.
Por esta altura, era um dos programas mais populares da televisão portuguesa. Nos anos seguintes, saíram vencedores Carlos Paião ("Playback", 1981), Doce ("Bem Bom", 1982), Armando Gama ("Esta Balada que te Dou", 1983), Maria Guinot ("Silêncio e Tanta Gente", 1984), Adelaide Ferreira ("Penso em Ti (eu sei)", 1985) e Dora ("Não Sejas Mau para Mim", 1986). A partir de finais da década de 80, o programa inicia a sua fase de declínio, quer de audiências quer de popularidade. Ainda assim, destaque para os vencedores de 1989 ("Conquistador", dos Da Vinci), 1991 ("Lusitana Paixão", de Dulce Pontes), 1993 ("A Cidade (até ser dia)", de Anabela), 1994 ("Chamar a Música", de Sara Tavares) e 1996 ("O Meu Coração Não Tem Cor", de Lúcia Moniz, que, até essa data, conseguiu a melhor classificação portuguesa na Eurovisão - o sexto lugar).
A primeira edição - denominada I Grande Prémio da Canção Portuguesa - ocorreu a 2 de fevereiro de 1964 nos Estúdios do Lumiar, em Lisboa. Apresentado por Henrique Mendes, Maria Helena e Fialho Gouveia, teve como vencedora a canção "Oração", interpretada por António Calvário, que ultrapassou a concorrência composta por Simone de Oliveira, Madalena Iglésias e Artur Garcia, entre outros. Todavia, a estreia portuguesa no festival da Eurovisão, em Copenhaga, não correu bem, já que "Oração" não foi sequer pontuada.
No ano seguinte, venceu Simone de Oliveira com "Sol de inverno", numa emissão apresentada por Henrique Mendes a partir do Estúdio da Tóbis. Seguiram-se as vitórias de "Ele e Ela", de Madalena Iglésias (1966); "O Vento Mudou", de Eduardo Nascimento (1967); "verão", de Carlos Mendes (1968); "Desfolhada", de Simone de Oliveira (1969), com letra de Ary dos Santos; "Onde Vais Rio que eu Canto", de Sérgio Borges (1970); "Menina", de Tonicha (1971); "A Festa da Vida", de Carlos Mendes (1972); "Tourada", de Fernando Tordo (1973); "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho (1974) e "Madrugada", de Duarte Mendes (1975).
Em 1976, passou a chamar-se "Festival RTP da Canção", numa emissão apresentada por Eládio Clímaco, Ana Zanatti e António Vitorino de Almeida. Teve a particularidade de todas as canções terem sido interpretadas por Carlos do Carmo, vencendo "Uma Flor de Verde Pinho", um poema de Manuel Alegre. No ano seguinte, venceu "Portugal no Coração", interpretada pelo conjunto Os Amigos, e o evento teve a particularidade de ser apresentado pelos atores Herman José e Nicolau Breyner, nos papéis de Senhor Feliz e Senhor Contente. Em 1978, foi a vez de "Da-Li, Da-Li Dou", dos Gemini, seguindo-se, em 1979, "Sobe Sobe, Balão Sobe", de Manuela Bravo.
Em 1980, dá-se uma das edições mais memoráveis, já que é pela primeira vez emitida a cores. Na noite de 7 de março de 1980, 23.º aniversário da RTP, o festival é apresentado por Eládio Clímaco e Ana Zanatti, coroando José Cid como vencedor com "Um Grande, Grande Amor", tema que ficou particularmente conhecido pelo seu refrão.
Por esta altura, era um dos programas mais populares da televisão portuguesa. Nos anos seguintes, saíram vencedores Carlos Paião ("Playback", 1981), Doce ("Bem Bom", 1982), Armando Gama ("Esta Balada que te Dou", 1983), Maria Guinot ("Silêncio e Tanta Gente", 1984), Adelaide Ferreira ("Penso em Ti (eu sei)", 1985) e Dora ("Não Sejas Mau para Mim", 1986). A partir de finais da década de 80, o programa inicia a sua fase de declínio, quer de audiências quer de popularidade. Ainda assim, destaque para os vencedores de 1989 ("Conquistador", dos Da Vinci), 1991 ("Lusitana Paixão", de Dulce Pontes), 1993 ("A Cidade (até ser dia)", de Anabela), 1994 ("Chamar a Música", de Sara Tavares) e 1996 ("O Meu Coração Não Tem Cor", de Lúcia Moniz, que, até essa data, conseguiu a melhor classificação portuguesa na Eurovisão - o sexto lugar).
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Como referenciar
Porto Editora – Festival da Canção na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-25 23:18:18]. Disponível em
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