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Francisco de Lucena
Secretário de Estado de D. João IV, nascido por volta de 1578 em Vila Viçosa (supostamente), foi Cavaleiro da Ordem de Cristo e nomeado Secretário de Estado de D. João IV depois da Restauração. Era filho de Afonso de Lucena, jurista e familiar da Casa de Bragança, estando em inimizade com a mesma.
Substituiu o seu tio, Fernando de Matos, como Secretário do Conselho da Coroa, no ano de 1614. Este cargo levou a que tivesse de viver em Madrid nos 17 anos seguintes.
Hábil e prestigiado diplomata, aconselhou D. João IV a manter os privilégios dados durante o domínio dos Filipes, o que evitou bastantes rebeliões e traições num período periclitante como o da Restauração. Por sua sugestão, os apoiantes de D. João IV não receberam recompensa, exceto raríssimos casos. Obviamente, uma pessoa que ocupava uma posição tão poderosa e deliberante teria de granjear inimigos, pois não se podiam satisfazer as aspirações de todos.
Não foi indulgente no julgamento da conspiração do arcebispo de Braga, do duque de Coimbra e do marquês de Vila Real, uma vez que a clemência não abonaria em favor da imagem do recente monarca. Tão determinado estava que facultou para a sua execução o cutelo que decepara a cabeça de D. Rodrigo Calderón em Madrid
Acabou por morrer decapitado com esse mesmo cutelo a 28 de abril de 1643, em Lisboa, após a incriminação de manter correspondência subversiva com Espanha feita em 1642 pelas Cortes. Nessa altura já Francisco de Lucena tinha granjeado muitas inimizades entre os jesuítas e os generais, entre outros. O rei, sabendo que a correspondência nada tinha de ilícito uma vez que se tratava de negociar a libertação do filho do Secretário em troca de um prisioneiro espanhol, permitiu no entanto a inquirição e prisão de Lucena.
Apesar de ter saído ileso do caso, foi pouco depois enviado para a prisão do Limoeiro, devido a uma conjura que o acusou de ter entregue o estratégico Forte de Santa Luzia, em Elvas, aos espanhóis. Facilmente incriminado pelos jesuítas e pelo novo Secretário, Pedro Vieira da Silva, teve o destino que já conhecemos.
Substituiu o seu tio, Fernando de Matos, como Secretário do Conselho da Coroa, no ano de 1614. Este cargo levou a que tivesse de viver em Madrid nos 17 anos seguintes.
Hábil e prestigiado diplomata, aconselhou D. João IV a manter os privilégios dados durante o domínio dos Filipes, o que evitou bastantes rebeliões e traições num período periclitante como o da Restauração. Por sua sugestão, os apoiantes de D. João IV não receberam recompensa, exceto raríssimos casos. Obviamente, uma pessoa que ocupava uma posição tão poderosa e deliberante teria de granjear inimigos, pois não se podiam satisfazer as aspirações de todos.
Não foi indulgente no julgamento da conspiração do arcebispo de Braga, do duque de Coimbra e do marquês de Vila Real, uma vez que a clemência não abonaria em favor da imagem do recente monarca. Tão determinado estava que facultou para a sua execução o cutelo que decepara a cabeça de D. Rodrigo Calderón em Madrid
Acabou por morrer decapitado com esse mesmo cutelo a 28 de abril de 1643, em Lisboa, após a incriminação de manter correspondência subversiva com Espanha feita em 1642 pelas Cortes. Nessa altura já Francisco de Lucena tinha granjeado muitas inimizades entre os jesuítas e os generais, entre outros. O rei, sabendo que a correspondência nada tinha de ilícito uma vez que se tratava de negociar a libertação do filho do Secretário em troca de um prisioneiro espanhol, permitiu no entanto a inquirição e prisão de Lucena.
Apesar de ter saído ileso do caso, foi pouco depois enviado para a prisão do Limoeiro, devido a uma conjura que o acusou de ter entregue o estratégico Forte de Santa Luzia, em Elvas, aos espanhóis. Facilmente incriminado pelos jesuítas e pelo novo Secretário, Pedro Vieira da Silva, teve o destino que já conhecemos.
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Como referenciar
Porto Editora – Francisco de Lucena na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-08 05:39:25]. Disponível em
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