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Gruta do Caldeirão
A gruta do Caldeirão abre-se num maciço calcário muito carsificado entre o Agroal e o Prado. O maciço localiza-se na vertente norte de um pequeno vale apertado, perpendicular ao rio Nabão, freguesia da Pedreira, concelho de Tomar que corre a escassos 400 metros a este, e a cavidade é constituída por uma galeria estreita em meandro.
É conhecida pelos habitantes das povoações vizinhas por Gruta do Caldeirão, nome que lhe advém do topónimo Alto do Caldeirão, mas também por Gruta da Raposa ou Gruta do Texugo.
As campanhas de escavação processadas entre os anos de 1979 e 1988 revelaram importantes documentos para a reconstituição da história, da antropologia e do ambiente natural ao longo de 50 000 anos, no período compreendido entre o neolítico antigo e o paleolítico superior.
Em termos funcionais a Gruta testemunha uma utilização funerária que, de certeza, remonta à segunda metade do sexto milénio antes de Cristo. Os restos ósseos aqui encontrados dizem respeito a quatro adultos e uma criança. Os corpos terão sido depositados junto à paredes da grutas, acompanhando este ritual funerário um interessante conjunto de oferendas. O indivíduo do sexo feminino teria sido depositado com um vaso de cerâmica cardial, ao passo que dois indivíduos do sexo masculino com micrólitos e com um colar de contas fabricadas sobre conchas.
A segunda ocupação remonta à primeira metade do quinto milénio. A gruta terá então sido utilizada como espaço funerário mas possivelmente também com abrigo temporário de apoio a uma economia do tipo agropastoril.
Em termos de ritual funerário foram identificados treze indivíduos, oito dos quais com idades compreendidas entre os 2 e os 20 anos, depositados com oferendas das quais destacamos vasos de cerâmica não cardial, objetos de adorno e machados polidos. Os restos de fauna encontrados, que sugerem a ocupação do local como abrigo, podem ainda ser interpretados como integrantes de um ritual funerário.
Parece certo que os homens que ocuparam a Gruta do Caldeirão, portadores da cerâmica impressa, praticariam uma economia agropastoril. O seu habitat bem como os campos férteis localizar-se-iam nas imediações.
É conhecida pelos habitantes das povoações vizinhas por Gruta do Caldeirão, nome que lhe advém do topónimo Alto do Caldeirão, mas também por Gruta da Raposa ou Gruta do Texugo.
As campanhas de escavação processadas entre os anos de 1979 e 1988 revelaram importantes documentos para a reconstituição da história, da antropologia e do ambiente natural ao longo de 50 000 anos, no período compreendido entre o neolítico antigo e o paleolítico superior.
Em termos funcionais a Gruta testemunha uma utilização funerária que, de certeza, remonta à segunda metade do sexto milénio antes de Cristo. Os restos ósseos aqui encontrados dizem respeito a quatro adultos e uma criança. Os corpos terão sido depositados junto à paredes da grutas, acompanhando este ritual funerário um interessante conjunto de oferendas. O indivíduo do sexo feminino teria sido depositado com um vaso de cerâmica cardial, ao passo que dois indivíduos do sexo masculino com micrólitos e com um colar de contas fabricadas sobre conchas.
A segunda ocupação remonta à primeira metade do quinto milénio. A gruta terá então sido utilizada como espaço funerário mas possivelmente também com abrigo temporário de apoio a uma economia do tipo agropastoril.
Em termos de ritual funerário foram identificados treze indivíduos, oito dos quais com idades compreendidas entre os 2 e os 20 anos, depositados com oferendas das quais destacamos vasos de cerâmica não cardial, objetos de adorno e machados polidos. Os restos de fauna encontrados, que sugerem a ocupação do local como abrigo, podem ainda ser interpretados como integrantes de um ritual funerário.
Parece certo que os homens que ocuparam a Gruta do Caldeirão, portadores da cerâmica impressa, praticariam uma economia agropastoril. O seu habitat bem como os campos férteis localizar-se-iam nas imediações.
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Como referenciar
Porto Editora – Gruta do Caldeirão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-04 04:05:11]. Disponível em
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