György Ligeti

Compositor romeno, nasceu a 28 de maio de 1923, em Dicsöszentmárton, hoje Tirnaveni, e morreu em junho de 2006, com 83 anos de idade. Estudou composição musical antes e depois de ter estado num campo de trabalho judeu, licenciando-se em 1949 pela Academia Liszt, em Budapeste.
Em 1956, mudou-se para Viena, Áustria, onde confraternizou com compositores avant-garde, como Karlheinz Stockhausen ou Herbert Eimert. Edita Artikulation (1958) e Apparitions (1958), obra em que vinha trabalhando desde os tempos em que era professor na Academia Liszt. Este trabalho proporcionou a Ligeti o reconhecimento internacional, reforçado pelo trabalho seguinte, Atmosphères (1961). Neste trabalho, Ligeti usou micropolifonias (densas texturas que ocultavam ritmos e melodias distintos) no lugar de uma linguagem de tons.
Durante as décadas que se seguiram, Ligeti compôs uma série de trabalhos inovadores que incluíam Aventures (1962) e Nouvelles Aventures (1965) (que imitavam os sons da linguagem), Lux Aeterna (1966), incluído na banda sonora do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, e ainda Piano Concerto (1985-1988), de uma enorme complexidade polirrítmica.
Apesar de viver em Colónia (Alemanha) e Viena (Áustria), Ligeti lecionou nas academias de música de Estocolmo, Hamburgo e Stanford. Ganhou o Prémio Bach (1975, Hamburgo) e o Prémio Musical do Conselho Internacional da Música (1996), entre muitos outros.
György Ligeti quebrou todas as tradições de composição, movendo-se através de fases com técnicas e estilos únicos, explorando o uso de micro-intervalos, da micropolifonia, dos polirritmos, entre outros.
Foi uma forte influência para a composição avant-garde.