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habitats de água doce
De toda a água existente na Terra, apenas 2,8 % é doce. Dois por cento encontra-se permanentemente gelada nos glaciares e nas calotes glaciárias, 0,6 % é água subterrânea, 0,017 % está concentrada nos rios e lagos e 0,001 % encontra-se na atmosfera sob a forma de gelo ou vapor de água. Embora a quantidade de água na Terra seja enorme, somente uma pequena percentagem origina os mais de 100 000 km3 que formam os seus habitats de água doce, dos quais os principais são os rios, ribeiros, lagos e charcos.
A constante corrente nos leitos dos cursos de água doce provoca a erosão desses mesmos leitos assim como das suas margens, esculpindo paisagens e criando habitats específicos onde vivem grupos de animais. A velocidade da corrente atua não só pela erosão, mas também pela deposição de sedimentos e fornecimento de oxigénio, dióxido de carbono e nutrientes, fatores que determinam quais os organismos que podem habitar os ribeiros ou rios. As correntes podem variar as suas características a todo o momento. O atrito no fundo e nas margens diminui a velocidade da água, permitindo que algas se liguem às rochas, as plantas possam enraizar e os animais se possam manter sem serem arrastados. Águas calmas também se encontram entre as rochas, calhaus e montículos de terra, originando habitats estáveis para os organismos mais pequenos.
Nos rios com muita corrente a velocidade da água é um obstáculo para os organismos. Alguns peixes conseguem vencer a turbulência, como acontece com as trutas e salmões que sobem os rios contra a corrente.
Os lagos e charcos são concentrações de água em depressões da crosta que se mantêm mais ou menos estáveis. A diferença entre os lagos e os charcos é o tamanho. Os lagos são geralmente maiores e mais profundos que os charcos.
Num lago típico podem considerar-se três zonas: zona litoral, ao longo das margens do lago; zona límnica, que corresponde à parte superior do lago, com água bem iluminada; e a zona profunda, escura devido à profundidade que a luz é incapaz de penetrar. Plantas com raízes e algas flutuantes são os organismos fotossintéticos da zona litoral. Na zona límnica, o fitoplâncton e as plantas fotossintéticas fornecem alimento aos peixes, zooplâncton e outros animais. Na zona profunda encontram-se predadores heterotróficos e necrófagos. Como o oxigénio muitas vezes escasseia nesta zona, podem encontrar-se em quantidade bactérias anaeróbias e outros seres que podem viver anaerobicamente. É o caso de algumas larvas que apresentam adaptações especializadas a este tipo de vida.
Estes habitats não são infindáveis, pois ribeiros, rios, lagos e charcos podem eventualmente encher-se de sedimentos e matéria orgânica e tornarem-se habitats secos.
A constante corrente nos leitos dos cursos de água doce provoca a erosão desses mesmos leitos assim como das suas margens, esculpindo paisagens e criando habitats específicos onde vivem grupos de animais. A velocidade da corrente atua não só pela erosão, mas também pela deposição de sedimentos e fornecimento de oxigénio, dióxido de carbono e nutrientes, fatores que determinam quais os organismos que podem habitar os ribeiros ou rios. As correntes podem variar as suas características a todo o momento. O atrito no fundo e nas margens diminui a velocidade da água, permitindo que algas se liguem às rochas, as plantas possam enraizar e os animais se possam manter sem serem arrastados. Águas calmas também se encontram entre as rochas, calhaus e montículos de terra, originando habitats estáveis para os organismos mais pequenos.
Nos rios com muita corrente a velocidade da água é um obstáculo para os organismos. Alguns peixes conseguem vencer a turbulência, como acontece com as trutas e salmões que sobem os rios contra a corrente.
Os lagos e charcos são concentrações de água em depressões da crosta que se mantêm mais ou menos estáveis. A diferença entre os lagos e os charcos é o tamanho. Os lagos são geralmente maiores e mais profundos que os charcos.
Num lago típico podem considerar-se três zonas: zona litoral, ao longo das margens do lago; zona límnica, que corresponde à parte superior do lago, com água bem iluminada; e a zona profunda, escura devido à profundidade que a luz é incapaz de penetrar. Plantas com raízes e algas flutuantes são os organismos fotossintéticos da zona litoral. Na zona límnica, o fitoplâncton e as plantas fotossintéticas fornecem alimento aos peixes, zooplâncton e outros animais. Na zona profunda encontram-se predadores heterotróficos e necrófagos. Como o oxigénio muitas vezes escasseia nesta zona, podem encontrar-se em quantidade bactérias anaeróbias e outros seres que podem viver anaerobicamente. É o caso de algumas larvas que apresentam adaptações especializadas a este tipo de vida.
Estes habitats não são infindáveis, pois ribeiros, rios, lagos e charcos podem eventualmente encher-se de sedimentos e matéria orgânica e tornarem-se habitats secos.
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Como referenciar
Porto Editora – habitats de água doce na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 23:01:09]. Disponível em
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