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Harley-Davidson
Harley-Davidson, nome de uma fábrica americana de motociclos, representa igualmente a mais mítica marca de motociclos, responsável por um culto, uma evocação selvagem e excitante.
A empresa de motociclos teve origem nos inícios do século XX, resultante da associação de Bill Harley e de Arthur Davidson. Instalada no Wisconsin, nos Estados Unidos da América, o seu primeiro produto foi a moto "Silent Gray Fellow", produzida desde 1904.
De todas as motos Harley-Davidson, a mais importante do ponto de vista tecnológico e formal foi sem dúvida a Knucklehead 61E.
O projeto desta máquina teve início em 1931 mas somente em 1936 se inicia a sua produção. Conceptualmente, esta moto conseguiu afastar-se da visão mais conservadora (que assumia como objetivos básicos a fiabilidade, a resistência e a qualidade de construção), que enformou o projeto dos modelos anteriores.
Representando a abertura de novo período de vida da empresa, a 61E tornou-se mundialmente conhecida quando, em 1937, Joe Petrali conseguiu bater, com um modelo ligeiramente transformado, o recorde de velocidade em terra (em Bayona Beach), atingindo os 219 kilómetros por hora. De facto, a Knucklehead 61E era o motociclo mais rápido construído por uma empresa americana, tendo suplantado em performance a sua mais importante rival, a Indian Chief.
Apresentava um motor V-Twin (que equipava estas motas desde 1907) de 989 centímetros cúbicos que imprimia uma potência de 37 cv e a caixa tinha quatro velocidades. No total, esta máquina pesava 234 kilos e atingia uma velocidade máxima de 161 kilómetros por hora.
A grande inovação tecnológica encontrava-se precisamente no motor V-Twin que possuía as válvulas à cabeça, associadas a câmaras de combustão esféricas. A inovação técnica deste motor tornou-o, durante muitas décadas, no principal motor da marca. O nome Knucklehead deriva da forma desta peça, cujas válvulas tinham o aspeto de punho fechado. Outras das transformações operou-se no sistema de lubrificação do motor que passou a ser efetuado em circuito fechado, o que melhorava a segurança e reduzia o consumo de óleo.
Formalmente, a Knucklehead 61E apresentava uma conceção inovadora e radical. Caracterizada pelo aspeto compacto e robusto determinado pela total integração dos seus componentes, pela forma arredondada do depósito de gasolina, pelos guarda-lamas curvos e fortemente ajustados à forma das rodas, pela consola de instrumentos (desenhada com eficiência e clareza máximas) e por um conjunto de peças cromadas, este modelo apresentou-se como um protótipo estilístico para os motociclos que se lhe seguiram. Garantiu igualmente à empresa a liderança ao nível do design destas máquinas, no contexto americano.
Em 1949, depois da Segunda Guerra Mundial, a Knucklehead 61E foi substituída pela FL Hydra Glide, dotada de um motor Panhead, moto que se tornaria bastante conhecida pois foi adotada por grande parte das forças policiais americanas. Esta moto ficou eternizada no filme Electra Glide in Blue.
Nos finais do século XX, a companhia Harley-Davidson vê-se herdeira de um mítico passado que suporta e justifica grande parte do seu sucesso comercial e compensa a falta de capacidade de inovação e de competitividade no complexo mercado mundial, em grande parte dominado por empresas japonesas.
A empresa de motociclos teve origem nos inícios do século XX, resultante da associação de Bill Harley e de Arthur Davidson. Instalada no Wisconsin, nos Estados Unidos da América, o seu primeiro produto foi a moto "Silent Gray Fellow", produzida desde 1904.
De todas as motos Harley-Davidson, a mais importante do ponto de vista tecnológico e formal foi sem dúvida a Knucklehead 61E.
Representando a abertura de novo período de vida da empresa, a 61E tornou-se mundialmente conhecida quando, em 1937, Joe Petrali conseguiu bater, com um modelo ligeiramente transformado, o recorde de velocidade em terra (em Bayona Beach), atingindo os 219 kilómetros por hora. De facto, a Knucklehead 61E era o motociclo mais rápido construído por uma empresa americana, tendo suplantado em performance a sua mais importante rival, a Indian Chief.
Apresentava um motor V-Twin (que equipava estas motas desde 1907) de 989 centímetros cúbicos que imprimia uma potência de 37 cv e a caixa tinha quatro velocidades. No total, esta máquina pesava 234 kilos e atingia uma velocidade máxima de 161 kilómetros por hora.
A grande inovação tecnológica encontrava-se precisamente no motor V-Twin que possuía as válvulas à cabeça, associadas a câmaras de combustão esféricas. A inovação técnica deste motor tornou-o, durante muitas décadas, no principal motor da marca. O nome Knucklehead deriva da forma desta peça, cujas válvulas tinham o aspeto de punho fechado. Outras das transformações operou-se no sistema de lubrificação do motor que passou a ser efetuado em circuito fechado, o que melhorava a segurança e reduzia o consumo de óleo.
Formalmente, a Knucklehead 61E apresentava uma conceção inovadora e radical. Caracterizada pelo aspeto compacto e robusto determinado pela total integração dos seus componentes, pela forma arredondada do depósito de gasolina, pelos guarda-lamas curvos e fortemente ajustados à forma das rodas, pela consola de instrumentos (desenhada com eficiência e clareza máximas) e por um conjunto de peças cromadas, este modelo apresentou-se como um protótipo estilístico para os motociclos que se lhe seguiram. Garantiu igualmente à empresa a liderança ao nível do design destas máquinas, no contexto americano.
Em 1949, depois da Segunda Guerra Mundial, a Knucklehead 61E foi substituída pela FL Hydra Glide, dotada de um motor Panhead, moto que se tornaria bastante conhecida pois foi adotada por grande parte das forças policiais americanas. Esta moto ficou eternizada no filme Electra Glide in Blue.
Nos finais do século XX, a companhia Harley-Davidson vê-se herdeira de um mítico passado que suporta e justifica grande parte do seu sucesso comercial e compensa a falta de capacidade de inovação e de competitividade no complexo mercado mundial, em grande parte dominado por empresas japonesas.
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Como referenciar
Porto Editora – Harley-Davidson na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-10 07:42:42]. Disponível em
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