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Hierarquia Angélica
Por hierarquia angélica entende-se a divisão dos coros celestes dos anjos. Uma vez que a origem mais provável apontada aos anjos é persa, crê-se que a organização hierárquica refletiria a da corte dos reis persas. A conhecida perfeição do sistema administrativo deste império, cujo sucesso era baseado em comunicações eram asseguradas por mensageiros, deu origem à conotação dos anjos (sobretudo os arcanjos) com a missão de entregar mensagens – veja-se o exemplo da Anunciação a Nossa Senhora –. A hierarquia angélica é composta de três "hierarquias", ordens ou grupos:
- a primeira, dos seres angélicos em contacto direto com Deus (Serafins, Querubins, tronos)
- a segunda, dos que presidem e governam as comunidades humanas (Dominações, Virtudes e Potestades)
- a terceira, os que desempenham missões concretas, que levam mensagens aos homens (Principados, Arcanjos, Anjos)
Esta divisão baseia-se na obra Hierarquias Celestes atribuída a Dionísio, engloba os anjos, que têm diversas funções: estar ao serviço de Deus, estar ao serviço de Cristo e estar ao serviço dos homens, tendo estas divisões e a Teologia que lhes está ligada sido representadas ao longo dos tempos pela arte. Entre aqueles que se encontram ao serviço de Deus estão os anjos anónimos que levam notícias como o nascimento de Isaac a Abraão, aqueles que avisam José (pai de Jesus), os que falam com as santas mulheres no sepulcro de Cristo e os que advertem Lot. Também deles constam os anjos da corte, da milícia guerreira e os diáconos ou acólitos, assim como os ceriferários e turiferários. Os que se encontram ao serviço de Deus são os que fizeram, por exemplo, o anúncio da Natividade aos pastores, que seguem a Sagrada Família, o batismo no rio Jordão, falam com Cristo na agonia do Jardim das Oliveiras ou aparecem iconograficamente a transportar os instrumentos da Sua Paixão, tal como os anjos cavaleiros. Como exemplo, temos, entre outros, S. Miguel, que dirige as milícias do Céu e executa a justiça de Cristo, ou os que, pela estreita ligação de Jesus à Sua Mãe, servem Nossa Senhora em episódios como a Dormição e a Assunção. Ao serviço dos homens encontram-se os anjos que apareceram ao profeta Elias no deserto e a Daniel na cova dos leões, os que aparecem representados a segurar as cabeças de santos como S. João Batista e S. Dinis e os que, por vezes, são representados a recolherem as almas e associados a santos como S. Mateus.
- a primeira, dos seres angélicos em contacto direto com Deus (Serafins, Querubins, tronos)
- a segunda, dos que presidem e governam as comunidades humanas (Dominações, Virtudes e Potestades)
- a terceira, os que desempenham missões concretas, que levam mensagens aos homens (Principados, Arcanjos, Anjos)
Esta divisão baseia-se na obra Hierarquias Celestes atribuída a Dionísio, engloba os anjos, que têm diversas funções: estar ao serviço de Deus, estar ao serviço de Cristo e estar ao serviço dos homens, tendo estas divisões e a Teologia que lhes está ligada sido representadas ao longo dos tempos pela arte. Entre aqueles que se encontram ao serviço de Deus estão os anjos anónimos que levam notícias como o nascimento de Isaac a Abraão, aqueles que avisam José (pai de Jesus), os que falam com as santas mulheres no sepulcro de Cristo e os que advertem Lot. Também deles constam os anjos da corte, da milícia guerreira e os diáconos ou acólitos, assim como os ceriferários e turiferários. Os que se encontram ao serviço de Deus são os que fizeram, por exemplo, o anúncio da Natividade aos pastores, que seguem a Sagrada Família, o batismo no rio Jordão, falam com Cristo na agonia do Jardim das Oliveiras ou aparecem iconograficamente a transportar os instrumentos da Sua Paixão, tal como os anjos cavaleiros. Como exemplo, temos, entre outros, S. Miguel, que dirige as milícias do Céu e executa a justiça de Cristo, ou os que, pela estreita ligação de Jesus à Sua Mãe, servem Nossa Senhora em episódios como a Dormição e a Assunção. Ao serviço dos homens encontram-se os anjos que apareceram ao profeta Elias no deserto e a Daniel na cova dos leões, os que aparecem representados a segurar as cabeças de santos como S. João Batista e S. Dinis e os que, por vezes, são representados a recolherem as almas e associados a santos como S. Mateus.
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Como referenciar
Porto Editora – Hierarquia Angélica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 16:55:01]. Disponível em
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