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Igreja da Misericórdia da Guarda
A fachada da Igreja da Misericórdia é fortemente marcada pela sua verticalidade, ainda mais evidenciada pelo contraste das paredes brancas com o volumoso e animado trabalho de cantaria - nos portais, janelas, baldaquino e cunhais.
É possivel que o edifício de linhas tipicamente barrocas que hoje podemos admirar esteja assente numa outra edificação anterior, dos finais de século XVI ou começos do século XVII. É no interior do templo que encontramos alguns destes indícios. Na ousia, o túmulo do fundador da igreja, Simão Antunes de Pina, de inspiração renascentista, mostra a data de 1611, relativa à sua morte, o que leva a crer que esta já estaria concluída anteriormente. Esta ideia é reforçada pelas várias lápides do chão da nave e que aparecem datadas do século XVII.
A frontaria da igreja é delimitada por duas esbeltas torres sineiras terminadas em balaustradas, com fogaréus nos ângulos, envolvendo os coruchéus moldurados de perfil bojudo e coroados por cataventos. Destacam-se ainda nas torres as suas altas ventanas, em arco de volta perfeita, seguidas inferiormente por dois óculos elipsoidais e duas janelas, sendo a última de pequenas dimensões e a primeira de sacada. A conjugação harmoniosa de todos estes elementos, postos num mesmo eixo desde a pequena janela ao remate em catavento, criam altura e leveza a esta bela fachada setecentista.
O corpo central apresenta-se ligeiramenta avançado, enquadrado por dois cunhais encimados por fogaréus e rematado por frontão de volutas ondeado, encimado por cruz latina. Este corpo é rasgado por um portal sobrepujado por baldaquino e duas janelas. O portal, formado por arco curvo, moldurado por colunas seguidas de frontão curvo interrompido, é rematado por arco conopial. O alfiz encontra-se preenchido pelo volumoso escudo de armas de D. João V.
O baldaquino que protege a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, uma bonita escultura em jaspe, repete o mesmo esquema organizativo do portal mas sem o remate do arco conopial.
O templo, de nave única com cobertura em abóbada de madeira, amplo e harmonioso, é animado pela talha barroca joanina dos altares, retábulos e púlpitos. São de salientar ainda no interior as tribunas rasgadas na parede por três arcos abatidos, colocadas ao nível do coro alto e destinadas aos membros da confraria.
É possivel que o edifício de linhas tipicamente barrocas que hoje podemos admirar esteja assente numa outra edificação anterior, dos finais de século XVI ou começos do século XVII. É no interior do templo que encontramos alguns destes indícios. Na ousia, o túmulo do fundador da igreja, Simão Antunes de Pina, de inspiração renascentista, mostra a data de 1611, relativa à sua morte, o que leva a crer que esta já estaria concluída anteriormente. Esta ideia é reforçada pelas várias lápides do chão da nave e que aparecem datadas do século XVII.
A frontaria da igreja é delimitada por duas esbeltas torres sineiras terminadas em balaustradas, com fogaréus nos ângulos, envolvendo os coruchéus moldurados de perfil bojudo e coroados por cataventos. Destacam-se ainda nas torres as suas altas ventanas, em arco de volta perfeita, seguidas inferiormente por dois óculos elipsoidais e duas janelas, sendo a última de pequenas dimensões e a primeira de sacada. A conjugação harmoniosa de todos estes elementos, postos num mesmo eixo desde a pequena janela ao remate em catavento, criam altura e leveza a esta bela fachada setecentista.
O corpo central apresenta-se ligeiramenta avançado, enquadrado por dois cunhais encimados por fogaréus e rematado por frontão de volutas ondeado, encimado por cruz latina. Este corpo é rasgado por um portal sobrepujado por baldaquino e duas janelas. O portal, formado por arco curvo, moldurado por colunas seguidas de frontão curvo interrompido, é rematado por arco conopial. O alfiz encontra-se preenchido pelo volumoso escudo de armas de D. João V.
O baldaquino que protege a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, uma bonita escultura em jaspe, repete o mesmo esquema organizativo do portal mas sem o remate do arco conopial.
O templo, de nave única com cobertura em abóbada de madeira, amplo e harmonioso, é animado pela talha barroca joanina dos altares, retábulos e púlpitos. São de salientar ainda no interior as tribunas rasgadas na parede por três arcos abatidos, colocadas ao nível do coro alto e destinadas aos membros da confraria.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja da Misericórdia da Guarda na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-04 01:10:43]. Disponível em
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