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Igreja de Santa Maria do Olival
A Igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar, encontrava-se quase tapada por diverso entulho até meados do século XX, quando a intervenção de restauro por parte da D.G.E.M.N. a tornou, novamente, visível. Possivelmente, a sua construção foi contemporânea da fundação do Convento de Cristo, ocorrida na segunda metade do século XIV. A Igreja de Santa Maria funciona como panteão dos Templários, seguindo a sua estrutura o modelo das igrejas mendicantes portuguesas do período gótico.
A frontaria é formada por três corpos, ritmados por largos contrafortes que enquadram o portal. O central, mais elevado, revela a desigualdade da altura das três naves. É rasgado por portal de arquivoltas sustentadas por colunas capitelizadas, inscrito em gablete, com frontão decorado por estrela de cinco pontas. Encima o portal elegante rosácea formada por doze folhas debruadas por cordoamento.
Por cima do corpo, acrescentado pelas capelas renascentistas, desenha-se um solário do século XVII, formado por galerias com alpendre e sustentadas por colunatas.
O interior é surpreendente pela sua amplitude, apesar de ser dividido por três naves. A distância entre os tramos e os estreitos pilares dá unidade ao espaço. Este é reforçado pela luminosidade dada pelas janelas, frestas e rosáceas - a axial e uma outra encimando o arco cruzeiro -, abertas em vários níveis.
Seguindo as normas da Ordem de S. Bernardo de Claraval, a parca ornamentação evidencia as linhas góticas da arquitetura, não possuindo esta igreja o espaço do transepto. A capela-mor está dividida em dois planos - o do coro baixo, retangular, e o do altar, de grande profundidade, semicircular e coberto por abóbada ogival. Na ousia encontra-se um arcossólio renascentista (1525), ricamente ornamentado e albergando o túmulo de D. Diogo Pinheiro, vigário de Tomar e 1.º bispo do Funchal. À entrada da capela-mor destaca-se o excelente púlpito balaustrado e sustentado por coluna coríntia muito bem esculpida, trabalho renascentista integrado na campanha de obras iniciadas com D. Manuel I e terminadas no reinado de D. João III. Ainda nesta reforma se consideram as capelas da nave meridional, abertas por uma série de arcos iguais. Os arcos de volta perfeita são enquadrados por pilastras compósitas, unidas por cornijas e rematadas por urnas. Ao centro, a cornija é encimada por frestas molduradas por aletas. Ainda nestas capelas são de realçar os valiosos azulejos do século XVI que forram os altares. Durante a construção destas capelas destruíram-se muitas lápides sepulcrais, tornando ilegíveis as suas inscrições. Assim, apenas se conseguem identificar os túmulos do 1.º mestre dos Templários portugueses, Geraldo Pais, e de Lourenço Martins e Gomes Ramires. Na sacristia salienta-se o abobadamento de clássicos florões e uma janela manuelina, de arco polilobado.
A frontaria é formada por três corpos, ritmados por largos contrafortes que enquadram o portal. O central, mais elevado, revela a desigualdade da altura das três naves. É rasgado por portal de arquivoltas sustentadas por colunas capitelizadas, inscrito em gablete, com frontão decorado por estrela de cinco pontas. Encima o portal elegante rosácea formada por doze folhas debruadas por cordoamento.
O interior é surpreendente pela sua amplitude, apesar de ser dividido por três naves. A distância entre os tramos e os estreitos pilares dá unidade ao espaço. Este é reforçado pela luminosidade dada pelas janelas, frestas e rosáceas - a axial e uma outra encimando o arco cruzeiro -, abertas em vários níveis.
Seguindo as normas da Ordem de S. Bernardo de Claraval, a parca ornamentação evidencia as linhas góticas da arquitetura, não possuindo esta igreja o espaço do transepto. A capela-mor está dividida em dois planos - o do coro baixo, retangular, e o do altar, de grande profundidade, semicircular e coberto por abóbada ogival. Na ousia encontra-se um arcossólio renascentista (1525), ricamente ornamentado e albergando o túmulo de D. Diogo Pinheiro, vigário de Tomar e 1.º bispo do Funchal. À entrada da capela-mor destaca-se o excelente púlpito balaustrado e sustentado por coluna coríntia muito bem esculpida, trabalho renascentista integrado na campanha de obras iniciadas com D. Manuel I e terminadas no reinado de D. João III. Ainda nesta reforma se consideram as capelas da nave meridional, abertas por uma série de arcos iguais. Os arcos de volta perfeita são enquadrados por pilastras compósitas, unidas por cornijas e rematadas por urnas. Ao centro, a cornija é encimada por frestas molduradas por aletas. Ainda nestas capelas são de realçar os valiosos azulejos do século XVI que forram os altares. Durante a construção destas capelas destruíram-se muitas lápides sepulcrais, tornando ilegíveis as suas inscrições. Assim, apenas se conseguem identificar os túmulos do 1.º mestre dos Templários portugueses, Geraldo Pais, e de Lourenço Martins e Gomes Ramires. Na sacristia salienta-se o abobadamento de clássicos florões e uma janela manuelina, de arco polilobado.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de Santa Maria do Olival na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-07 18:59:55]. Disponível em
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Porto Editora – Igreja de Santa Maria do Olival na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-07 18:59:55]. Disponível em