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Igreja de Santiago de Beduído
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A Igreja Matriz de Estarreja foi consagrada a Santiago, possuindo o nome da zona vizinha de Beduído, pois a primitiva matriz local situava-se nesta povoação.
De facto, a matriz desta vila do distrito de Aveiro teve a sua fundação inicial no já longínquo século XIII, durante o reinado de D. Afonso III, como testemunha a inscrição inserida numa lápide gótica e que se expõe no interior da nova igreja. Para além deste vestígio material, nada mais subsiste da sua estrutura medieval.

Novo templo foi erguido ou remodelado nos séculos XVI-XVII, edifício religioso que se encontrava na já referida povoação de Beduído. Contudo, a igreja quinhentista seria demolida e transferida nos princípios do século XVIII para Estarreja, trasladando-se nessa ocasião alguns elementos estruturais e decorativos do antigo templo.
A atual matriz data dos inícios do século XVIII, mas as suas alterações prosseguiram nos séculos seguintes, resultando dessas reformas uma descaracterização da igreja. Mais empobrecida ficou com o incêndio de 1922, que consumiu parte substancial do seu recheio artístico.

Igreja de Santiago de Beduído, Estarreja
Na sua fachada sobressai um portal do século XVI, obra possivelmente retirada da anterior edificação. É composto por arco de volta perfeita, enquadrado por duas pilastras com caneluras e capitéis coríntios, assentes em pedestais com um circulo inscrito, sustentando o forte entablamento superior. Sobre o portal abrem-se duas janelas encimadas por um nicho, albergando a imagem do titular da igreja, escultura em calcário e com data do século XV. Lateralmente destaca-se a altaneira torre sineira, subida mais um piso após o incêndio de 1922.

O interior apresenta planta de nave única e capela-mor. No corpo da igreja são visíveis alguns elementos da anterior construção. Assim, pode-se observar o púlpito de 1668, constituído por varanda retangular assente em duas decoradas mísulas, ou ainda a pia batismal, obra seiscentista de decoração lisa e formato hemisférico sustentada por poderoso pé em balaústre.

Os dois retábulos colaterais são obra original em talha dourada, realizada no segundo quartel do século XVIII, aparatosa estrutura do Barroco Joanino. O retábulo da capela-mor foi trazido de um convento extinto de Portalegre, bem assim como dois outros situados na capela do lado esquerdo - ambos em talha dourada barroca dos finais do século XVII (Estilo Nacional).
O retábulo-mor, com trono central na tribuna, conserva do original apenas o sacrário dos inícios do século XVIII, mostrando na sua porta um belo relevo da Ressurreição de Cristo.
Na capela da direita, a composição retabular é datável dos finais do século XVIII, estruturalmente pesada e decorada por pretensioso concheado rocaille.

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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de Santiago de Beduído na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-08 06:10:51]. Disponível em

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