Igreja de Sto. André
Em Vila Franca do Campo, vila da ilha açoriana de S. Miguel, situa-se o antigo convento das freiras clarissas, consagrado a Sto. André. Fundado no século XVI durante o reinado de D. João III por uma comunidade de clarissas vindas da Caloura, o cenóbio aproveitou uma anterior ermida, também ela dedicada a Sto. André.
Extintas as ordens religiosas pelo decreto liberal de 1834, as dependências monásticas foram transformadas em residência particular, enquanto a sua igreja seria objeto de restauro, após um longo período de decadência e ruína.
Se a área ocupada pelas instalações do antigo convento das clarissas manteve a sua quase integral estrutura arquitetónica maneirista, o mesmo não se pode dizer da intervenção de restauro da Igreja de Sto. André, já que foram integradas partes que não são originais.
Tal como era norma nas ordens femininas mendicantes, este templo tinha o seu portal principal rasgado num dos flancos do corpo da igreja. Assim, antecedida por uma escadaria, a Igreja de Sto. André apresenta, no flanco sul, uma fachada caiada e delimitada por pilastras de basalto, terminando no topo da cimalha por pináculos. O portal ogival - enquadrado por corpo retangular em basalto, ligeiramente avançado e com empena triangular - resguarda um arco trilobado, rasgando-se lateralmente duas janelas de ogiva e em basalto.
Esta porta principal do flanco dá para um átrio interior marcado por três arcos de volta perfeita, repousando sobre pilares facetados e totalmente decorados com pinturas barrocas. As paredes do átrio são forradas por tapetes de azulejo-padrão do século XVII. A parede contrária é quase totalmente revestida por azulejos policromados do século XVII, sendo interrompida por um púlpito de madeiras com dossel. Cobrindo a nave do templo está uma bonita abóbada de berço abatido e repartida em caixotões moldurados e pintados, no centro da qual se desenha uma estrela radiante.
Desenvolvendo-se na parte anterior, o coro baixo é marcado pelo revestimento de azulejos padronizados e policromos, interrompido apenas por duas portas laterais e um arco central abatido e fechado por gradeamento de ferro, sobre o qual se ergue o espaço do coro alto.
No lado oposto, abre-se a capela-mor, coberta por uma abóbada de berço com caixotões pintados com temas vegetalistas e envolvidos por molduras em talha dourada. As paredes da ousia são revestidas por azulejos setecentistas figurativos. O retábulo-mor é uma monumental composição de talha dourada barroca setecentista, expondo-se no camarim a imagem de Sto. André.
Constam ainda do espólio desta igreja açoriana um conjunto de esculturas hagiográficas, dos séculos XVII e XVIII, destacando-se as de Sto. António, S. Francisco e Sta. Clara. Também na sacristia se observa o antigo arcaz concebido em madeiras importadas do Brasil.
Extintas as ordens religiosas pelo decreto liberal de 1834, as dependências monásticas foram transformadas em residência particular, enquanto a sua igreja seria objeto de restauro, após um longo período de decadência e ruína.
Se a área ocupada pelas instalações do antigo convento das clarissas manteve a sua quase integral estrutura arquitetónica maneirista, o mesmo não se pode dizer da intervenção de restauro da Igreja de Sto. André, já que foram integradas partes que não são originais.
Esta porta principal do flanco dá para um átrio interior marcado por três arcos de volta perfeita, repousando sobre pilares facetados e totalmente decorados com pinturas barrocas. As paredes do átrio são forradas por tapetes de azulejo-padrão do século XVII. A parede contrária é quase totalmente revestida por azulejos policromados do século XVII, sendo interrompida por um púlpito de madeiras com dossel. Cobrindo a nave do templo está uma bonita abóbada de berço abatido e repartida em caixotões moldurados e pintados, no centro da qual se desenha uma estrela radiante.
Desenvolvendo-se na parte anterior, o coro baixo é marcado pelo revestimento de azulejos padronizados e policromos, interrompido apenas por duas portas laterais e um arco central abatido e fechado por gradeamento de ferro, sobre o qual se ergue o espaço do coro alto.
No lado oposto, abre-se a capela-mor, coberta por uma abóbada de berço com caixotões pintados com temas vegetalistas e envolvidos por molduras em talha dourada. As paredes da ousia são revestidas por azulejos setecentistas figurativos. O retábulo-mor é uma monumental composição de talha dourada barroca setecentista, expondo-se no camarim a imagem de Sto. André.
Constam ainda do espólio desta igreja açoriana um conjunto de esculturas hagiográficas, dos séculos XVII e XVIII, destacando-se as de Sto. António, S. Francisco e Sta. Clara. Também na sacristia se observa o antigo arcaz concebido em madeiras importadas do Brasil.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de Sto. André na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-17 00:58:33]. Disponível em
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