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Igreja do Hospital de Jesus Cristo
A antiga Igreja do Convento de N. Sra. de Jesus do Sítio, em Santarém, é atualmente designada por Igreja do Hospital de Jesus Cristo. A mudança de nome ocorreu na altura da extinção as ordens religiosas em 1834, tempo em que os frades franciscanos da Ordem Terceira abandonaram o cenóbio, transferindo-se para aqui o antigo Hospício batizado com o nome de João Afonso de Santarém - fidalgo da corte de D. João I que, em 1426, fundou o primitivo templo de Jesus Cristo.
Esta igreja quatrocentista foi substituída por uma outra que se deve ao incentivo do arcebispo D. Miguel de Castro em 1592. No entanto, os trabalhos apenas começaram em 1615, prolongando-se a obra até 1649. A capela-mor foi benfeitoria patrocinada em 1645 por D. Joana Coelha.
A frontaria da igreja inscreve-se na depurada linguagem arquitetónica do denominado "estilo chão", possuindo "...uma harmonia austera de proporções que não esconde a largueza do risco erudito, segue naturalmente o tradicional modelo italianizante ao romano, inspirado de Serlio e Vignola..." (Vítor Serrão). De acordo com o mesmo historiador de arte, o risco de arquitetura poderá ser atribuível "... talvez [a] um dos Tinocos, ou Mateus do Couto, que era arquiteto dos paços reais do Ribatejo".
Com efeito, a severidade da fachada apresenta um esquema de três andares, onde se congregam duas torres sineiras ligadas através de forte balaustrada. O piso térreo é rasgado por três portais, com o axial moldurado por colunas assentes em pedestais, possuindo todos eles frontões de volutas interrompidos. Nos andares superiores abrem-se uma série de nichos e janelas, sobrepujadas, alternadamente, por frontões curvos e triangulares.
O interior da igreja é amplo, de nave única, com a capela-mor coberta por abóbada de berço. O retábulo original, obra oferecida pela benfeitora Joana Coelha, foi substituído por um outro, de pedra, doado por D. Gil Eanes da Costa e proveniente da Igreja da Graça.
A decoração interna do templo é escassa e severa, destacando-se do acervo quatro tábuas de pintura maneirista provenientes do Convento de Santa Clara. Estas obras pictóricas são datáveis dos inícios do século XVII, notando-se nelas, nomeadamente na Apresentação da Virgem no Templo, influências de Francisco Venegas. No entanto, é opinião corrente de que estas pinturas foram executadas por um epigonista de menor capacidade, provavelmente artista da corrente maneirista local.
Outra das boas telas seiscentistas da Igreja do Hospital de Jesus Cristo de Santarém é obra de um pintor lisboeta, Gregório Antunes, que em 1633-34 pintou uma série de obras. Deste ciclo artístico sobrevive apenas a que relata o episódio de João Afonso de Santarém distribuindo pão pelos pobres.
Esta igreja quatrocentista foi substituída por uma outra que se deve ao incentivo do arcebispo D. Miguel de Castro em 1592. No entanto, os trabalhos apenas começaram em 1615, prolongando-se a obra até 1649. A capela-mor foi benfeitoria patrocinada em 1645 por D. Joana Coelha.
A frontaria da igreja inscreve-se na depurada linguagem arquitetónica do denominado "estilo chão", possuindo "...uma harmonia austera de proporções que não esconde a largueza do risco erudito, segue naturalmente o tradicional modelo italianizante ao romano, inspirado de Serlio e Vignola..." (Vítor Serrão). De acordo com o mesmo historiador de arte, o risco de arquitetura poderá ser atribuível "... talvez [a] um dos Tinocos, ou Mateus do Couto, que era arquiteto dos paços reais do Ribatejo".
O interior da igreja é amplo, de nave única, com a capela-mor coberta por abóbada de berço. O retábulo original, obra oferecida pela benfeitora Joana Coelha, foi substituído por um outro, de pedra, doado por D. Gil Eanes da Costa e proveniente da Igreja da Graça.
A decoração interna do templo é escassa e severa, destacando-se do acervo quatro tábuas de pintura maneirista provenientes do Convento de Santa Clara. Estas obras pictóricas são datáveis dos inícios do século XVII, notando-se nelas, nomeadamente na Apresentação da Virgem no Templo, influências de Francisco Venegas. No entanto, é opinião corrente de que estas pinturas foram executadas por um epigonista de menor capacidade, provavelmente artista da corrente maneirista local.
Outra das boas telas seiscentistas da Igreja do Hospital de Jesus Cristo de Santarém é obra de um pintor lisboeta, Gregório Antunes, que em 1633-34 pintou uma série de obras. Deste ciclo artístico sobrevive apenas a que relata o episódio de João Afonso de Santarém distribuindo pão pelos pobres.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja do Hospital de Jesus Cristo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-12 20:13:38]. Disponível em
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