Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Coa
A Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Coa foi mandada construir pelo rei D. Manuel I, em invocação a Nossa Senhora do Pranto. Na sua construção colaboraram mestres biscainhos, franceses e italianos, utilizando diferentes métodos, técnicas e gostos estéticos. Esta colaboração resultou em perfeita harmonia, sem se ter descurado a plasticidade portuguesa do efeito gótico final.
Enformada pela linhas arquitetónicas e decorativas da arte manuelina, a fachada da Matriz de Vila Nova de Foz Coa, apesar da dureza do material granítico, constitui um bom exemplo da conjugação de soluções góticas dos mestres biscainhos, com as do manuelino nacional e algumas já de cariz classicizante.
Na frontaria, rasga-se axialmente o portal de arquivoltas perfeitas, enquadrado por elegantes colunelos pinaculados. Encima-o uma imagem da Piétà, abrigada num nicho e ladeada por pedra de armas reais. Este conjunto sobrepõe-se a um friso limitado por uma moldura cordiforme. A coroar este trecho encontra-se um óculo tronco-cónico reentrante e delicadamente moldurado. A frontaria é rematada por campanário, menos largo que o corpo, de três ventanas em arco de volta perfeita, intercalando superiormente com quatro medalhões de figuras inscritas. A cornija é marcada nos ângulos por gárgulas, sendo coroada por platibanda manuelina. Ladeiam o corpo central dois panos brancos, delimitados por pilares em cantaria.
No interior, o templo divide-se em três naves por uma arcaria de volta plena, sustentada por robustas colunas. As naves apresentam teto abóbadado e pintado, resultado de uma intervenção efetuada no terceiro quartel de Setecentos. Animam ainda as naves os altares colaterais e laterais, com as suas talhas douradas barrocas. O altar lateral direito contém uma escultura do século XVI de Nossa Senhora do Rosário. De destacar também é o púlpito poligonal, em pedra lavrada e assente em colunelo.
Na capela-mor encontramos a escultura de Nossa Senhora do Pranto, do século XVII, exposta num retábulo setecentista de talha dourada, talha que se estende aos caixotões da abóbada preenchidos com pinturas e às paredes laterais, emoldurando tábuas pintadas. Nos painéis da abóbada representam-se episódios da vida de Cristo e da Virgem. Nas paredes laterais, as pinturas versam, na parte superior, sobre passos da Paixão de Cristo.
Na sacristia, para além do teto apainelado encerrando pinturas, encontra-se um arcaz de madeira de castanho e um conjunto de alfaias litúrgicas, onde figura um excelente túribulo gótico.
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