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Isolamento Internacional Português
Portugal, a partir da Conferência de Berlim (1884-1885), viu legitimado o domínio efetivo sobre as colónias, apesar de ter sido acusado de não praticar uma política de ocupação territorial que consolidasse a dita legitimidade de posse. Assim, foi o País obrigado a vergar-se às condições decretadas pelas restantes nações colonialistas, como foi o caso do Reino Unido e da Alemanha. Apesar de os povos indígenas serem considerados súbditos portugueses (se bem que não cidadãos) era ponto assente na política do Estado Novo que não deveria haver miscigenação e que era obrigatório o enquadramento dos mesmos em estruturas económicas, entre outras, europeias. Paralelamente, os restantes países colonizadores iam progressivamente abdicando das suas colónias, algo a que Portugal se recusou a reconhecer a legitimidade e secundar. Este facto causou reprovação e afastamento por parte das restantes nações europeias e sobretudo da NATO. Contudo, o facto de Portugal abdicar das suas colónias implicava grande perda de poder capitalista e de ingressos monetários ou de produtos a explorar. Esta vaga de anticolonialismo nasceu no final da Segunda Grande Guerra e preconizava o fim de indignidades, explorações e opressões de uns povos sobre os outros. A autodeterminação dos povos foi contudo apenas uma face da moeda, uma vez que se podia entender, como aconteceu, de certa forma, em Portugal, como uma consequência do alastrar do Comunismo. Assim, e sendo esta mais uma razão para a resistência ao abandono das colónias, adotou uma política externa caracterizada pela expressão "orgulhosamente sós", em que se pretendia sustentar esta posição, adjuvada pelos valores do Cristianismo e do Ocidente, contra a vaga generalizada de desistência colonial e propagação democrática. No entanto e infelizmente para Portugal, esta postura revelou-se obsoleta e extremamente prejudicial, tendo levado ao desastre da perdida guerra colonial. Este foi o grande agente que provocou a revolução do 25 de abril de 1974, uma vez que esta guerra contribuiu com o ingrediente da mágoa e frustração de quem perdia os seres próximos, assim como quem combatia, numa guerra sangrenta e de certa forma travada contra uma engrenagem mundial que nunca regrediria.
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Como referenciar
Porto Editora – Isolamento Internacional Português na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-09 03:47:57]. Disponível em
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