2 min
Júlio Pomar
Artista português, Júlio Pomar nasceu a 10 de janeiro de 1926, na rua das Janelas Verdes, em Lisboa, e morreu a 22 de maio de 2018, na mesma cidade.
Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e inscreveu-se aos 16 anos na ESBAL. A primeira exposição, juntamente com Vespeira, Azevedo e Pedro Oom, foi realizada num atelier da rua das Flores, e aí Almada Negreiros comprou-lhe o primeiro quadro, Saltimbancos.
Na Escola de Belas-Artes do Porto conheceu o arquiteto e pintor Fernando Lanhas. Por esta época defendeu uma arte de intervenção, exemplificada em O Gadanheiro (1945) e, mais tarde, no conhecido O Almoço do Trolha, que ficaria para a História como símbolo de uma época.
Durante a prisão em Caxias, consequência da sua atividade militante, retrata o futuro presidente da república Mário Soares, na altura um companheiro de cela.
Nos anos 50 foi representado na Bienal de São Paulo e viajou até Espanha e França. Iniciou neste período um dos seus numerosos ciclos, o "ciclo do arroz", fase em que se aproximou do chamado realismo socialista.
Foi um dos fundadores da Cooperativa "Gravura" e esteve representado na Bienal de gravura de Tóquio. Trabalhou ainda em cerâmica e em escultura para decoração.
Em 1961 ganhou o prémio de Pintura da Fundação Gulbenkian e começou o ciclo das Tauromaquias. Partiu para Paris em 1962 como bolseiro da Gulbenkian e dois anos depois fez a sua primeira exposição individual na capital francesa. Participou em inúmeros certames internacionais, nos Estados Unidos e no Japão.
Depois da série dos Tigres, do início dos anos 80, iniciou uma reflexão sobre figuras da História portuguesa: Fernando Pessoa, Luís de Camões, Mário de Sá-Carneiro, Fernão Mendes Pinto.
O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian organizou uma exposição antológica da obra do artista, apresentada em Brasília, em São Paulo e no Rio de Janeiro em 1996, e em Lisboa em 1997.
Em O Paraíso e outras histórias, exposição integrada no programa de Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura, reuniu uma série de trabalhos datados de 1991 a 1994 em que evoca cenas bíblicas e episódios mitológicos sem negligenciar o tom irónico.
Nos anos 90 Júlio Pomar repartiu o seu tempo entre Paris e Lisboa. A galeria Piltzer, na exposição "Les Joies de Vivre", patente ao público em Paris de 12 de dezembro de 1997 a 29 de janeiro de 1998, apresentou 6 trípticos e 2 quadrípticos em que os temas mitológicos, a personagem de D. Quixote ou o percurso do artista por terras brasileiras serviam de pretexto para a exaltação do prazer dos sentidos.
Para além de pintor, Pomar revelou-se como poeta na "International Poetry Magazine" em 1973, estando os seus poemas reunidos no livro Alguns Eventos, editado pela D. Quixote em 1992. Em Da Cegueira dos Pintores (edição portuguesa - 1986) publicou ensaios sobre a arte e a criação.
Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e inscreveu-se aos 16 anos na ESBAL. A primeira exposição, juntamente com Vespeira, Azevedo e Pedro Oom, foi realizada num atelier da rua das Flores, e aí Almada Negreiros comprou-lhe o primeiro quadro, Saltimbancos.
Na Escola de Belas-Artes do Porto conheceu o arquiteto e pintor Fernando Lanhas. Por esta época defendeu uma arte de intervenção, exemplificada em O Gadanheiro (1945) e, mais tarde, no conhecido O Almoço do Trolha, que ficaria para a História como símbolo de uma época.
Durante a prisão em Caxias, consequência da sua atividade militante, retrata o futuro presidente da república Mário Soares, na altura um companheiro de cela.
Nos anos 50 foi representado na Bienal de São Paulo e viajou até Espanha e França. Iniciou neste período um dos seus numerosos ciclos, o "ciclo do arroz", fase em que se aproximou do chamado realismo socialista.
Foi um dos fundadores da Cooperativa "Gravura" e esteve representado na Bienal de gravura de Tóquio. Trabalhou ainda em cerâmica e em escultura para decoração.
Em 1961 ganhou o prémio de Pintura da Fundação Gulbenkian e começou o ciclo das Tauromaquias. Partiu para Paris em 1962 como bolseiro da Gulbenkian e dois anos depois fez a sua primeira exposição individual na capital francesa. Participou em inúmeros certames internacionais, nos Estados Unidos e no Japão.
Depois da série dos Tigres, do início dos anos 80, iniciou uma reflexão sobre figuras da História portuguesa: Fernando Pessoa, Luís de Camões, Mário de Sá-Carneiro, Fernão Mendes Pinto.
O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian organizou uma exposição antológica da obra do artista, apresentada em Brasília, em São Paulo e no Rio de Janeiro em 1996, e em Lisboa em 1997.
Em O Paraíso e outras histórias, exposição integrada no programa de Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura, reuniu uma série de trabalhos datados de 1991 a 1994 em que evoca cenas bíblicas e episódios mitológicos sem negligenciar o tom irónico.
Nos anos 90 Júlio Pomar repartiu o seu tempo entre Paris e Lisboa. A galeria Piltzer, na exposição "Les Joies de Vivre", patente ao público em Paris de 12 de dezembro de 1997 a 29 de janeiro de 1998, apresentou 6 trípticos e 2 quadrípticos em que os temas mitológicos, a personagem de D. Quixote ou o percurso do artista por terras brasileiras serviam de pretexto para a exaltação do prazer dos sentidos.
Para além de pintor, Pomar revelou-se como poeta na "International Poetry Magazine" em 1973, estando os seus poemas reunidos no livro Alguns Eventos, editado pela D. Quixote em 1992. Em Da Cegueira dos Pintores (edição portuguesa - 1986) publicou ensaios sobre a arte e a criação.
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Como referenciar
Porto Editora – Júlio Pomar na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-10 15:40:10]. Disponível em
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