Latrão III
Décimo primeiro concílio ecuménico, reunido no palácio papal de Latrão, em Roma, entre março e abril de 1179. Foi convocado pelo papa Alexandre III, tendo registado três sessões apenas, resultando na elaboração de 27 decretos. Contou com a presença de 302 bispos e idêntico número de abades e outros prelados. Oito bispos vieram do oriente a este concílio, entre os quais o arcebispo de Tiro, Guilherme, prelado oriental muito famoso no tempo. De salientar uma forte presença de representantes do Norte da Europa. Dois deles, da Escócia, foram sagrados por Alexandre III no concílio: um veio a Roma com um cavalo apenas, o outro a pé com um séquito simples, isto é, um só acompanhante. Outra marca de pobreza dos representantes do Norte foi a presença de um bispo islandês que não tinha outras rendas para além do leite que três vacas suas produziam: quando lhes falhava o leite, os seus diocesanos substituíam-nas por outras três.
As razões que motivaram este concílio foram três:
- eliminar aquilo que remanescia do Cisma de 1054, entre Ocidente e Oriente
- a condenação das heresias dos Valdenses e dos Cátaros
- o restabelecimento da disciplina eclesiástica, muito prejudicada pelo Cisma
No concílio Alexandre III conseguiu que se aprovasse o uso da força contra os heréticos, que fez condenar decretalmente. O concílio não conseguiu, por outro lado, dar uma resposta concreta aos apelos de socorro que vinham da Terra Santa, pedindo armas cristãs para combater os avanços muçulmanos na região. Aprovou-se ainda a obrigatoriedade de cada catedral ter que possuir uma escola. Também se conseguiu acabar com o cisma interno motivado pelas diatribes entre o papado e o imperador da Alemanha, o qual apoiou a eleição de três antipapas de Alexandre III. Regularizou-se ainda a eleição dos papas, que só seriam se fossem eleitos por dois terços dos votos dos cardeais. Novas leis contra a simonia (compra ou venda de bens espirituais, como os sacramentos, ou de cargos, ditos "benefícios") foram promulgadas, bem como se reforçou o poder pontifício. Ainda no concílio se conseguiu ratificar a paz entre o imperador germânico Frederico I Barbarruiva (ou Barbarrossa) e o papado, processo que ajudou a resolver o problema do cisma antipapal que aquele imperador apoiava.
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