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lípase
O termo lípase engloba uma grande diversidade de enzimas que apresentam um ponto em comum: atuam no processo de digestão dos lípidos, provocando a quebra destas moléculas, através de processos de hidrólise.
Os lípidos podem apresentar-se sob a forma de lípidos complexos (triglicerídeos, fosfolípidos, lipoproteínas, esteróis e ceras) ou lípidos simples (ácidos gordos e colesterol). Existem três tipos de ácidos gordos: essenciais ou poli-insaturados (o organismo tem que os obter a partir da alimentação, já que não é capaz de os sintetizar) e não essenciais nos quais se inserem os mono-insaturados e os saturados (o organismo é capaz de os sintetizar, mesmo que não estejam presentes na dieta). Os lípidos podem ser de origem animal ou vegetal, estando presentes na manteiga, banha, sebo, margarina, azeite, óleos de cozinha, queijos cremosos, óleo de peixe, fígado, carnes gordas e enchidos e em pequenas quantidades nos cereais ou produtos deles derivados. Os ácidos gordos essenciais (ácido linoleico, ácido linolénico e ácido araquidónico) encontram-se principalmente nos óleos vegetais (óleos de girassol, de milho e de soja) e margarinas. Os ácidos gordos mono-insaturados estão essencialmente presentes no azeite de oliveira e óleo de amendoim, enquanto que os saturados estão incluídos nas carnes gordas, enchidos, banha e manteiga.
A digestão dos lípidos inicia-se no intestino delgado, embora as células da base da língua secretem uma lípase, que é enviada para o estômago no decurso do processo de deglutição. No entanto, a atividade desta enzima é quase nula, devido ao pH extremamente ácido do estômago, que inibe a sua ação. Assim, até ao duodeno, os processos digestivos sobre os lípidios resumem-se à ação peristáltica sobre o bolo alimentar, produzindo-se uma mistura homogénea, rica em gorduras.
No duodeno, o quimo é misturado com a bílis, produzida no fígado e armazenada pela vesícula biliar. Este suco digestivo assegura duas importantes funções: neutraliza o pH ácido do quimo, tornando o meio básico, de forma a permitir a ação das lípases, e provoca a emulsão dos lípidos, isto é, quebra as gotas de lípidos em gotículas até 1000 vezes menores, facilitando a ação enzimática.
Os sais biliares bloqueiam as regiões de ligação dos ácidos gordos e do glicerol, resultantes da degradação enzimática dos triglicerídeos, impedindo assim a reversibilidade da reação.
As lípases são sintetizadas, essencialmente, ao nível do pâncreas e, contrariamente às protéases, são secretadas já sob uma forma ativa. Existem diversos tipos de lípases, caracterizáveis quanto ao tipo de lípidos sobre os quais atuam e pelo modo como provocam a sua hidrólise.
A lípase pancreática desdobra os triglicerídeos, produzindo ácidos gordos livres, monoglicerídeos e uma pequena quantidade de glicerol. O motivo pelo qual uma quantidade razoavelmente grande de monoglicerídeos é produzida, decorre do facto de esta enzima atacar as cadeias de ácidos gordos nos carbonos terminais ligados à molécula de glicerol, deixando a cadeia ligada ao carbono central intacta.
Os lípidos podem apresentar-se sob a forma de lípidos complexos (triglicerídeos, fosfolípidos, lipoproteínas, esteróis e ceras) ou lípidos simples (ácidos gordos e colesterol). Existem três tipos de ácidos gordos: essenciais ou poli-insaturados (o organismo tem que os obter a partir da alimentação, já que não é capaz de os sintetizar) e não essenciais nos quais se inserem os mono-insaturados e os saturados (o organismo é capaz de os sintetizar, mesmo que não estejam presentes na dieta). Os lípidos podem ser de origem animal ou vegetal, estando presentes na manteiga, banha, sebo, margarina, azeite, óleos de cozinha, queijos cremosos, óleo de peixe, fígado, carnes gordas e enchidos e em pequenas quantidades nos cereais ou produtos deles derivados. Os ácidos gordos essenciais (ácido linoleico, ácido linolénico e ácido araquidónico) encontram-se principalmente nos óleos vegetais (óleos de girassol, de milho e de soja) e margarinas. Os ácidos gordos mono-insaturados estão essencialmente presentes no azeite de oliveira e óleo de amendoim, enquanto que os saturados estão incluídos nas carnes gordas, enchidos, banha e manteiga.
A digestão dos lípidos inicia-se no intestino delgado, embora as células da base da língua secretem uma lípase, que é enviada para o estômago no decurso do processo de deglutição. No entanto, a atividade desta enzima é quase nula, devido ao pH extremamente ácido do estômago, que inibe a sua ação. Assim, até ao duodeno, os processos digestivos sobre os lípidios resumem-se à ação peristáltica sobre o bolo alimentar, produzindo-se uma mistura homogénea, rica em gorduras.
No duodeno, o quimo é misturado com a bílis, produzida no fígado e armazenada pela vesícula biliar. Este suco digestivo assegura duas importantes funções: neutraliza o pH ácido do quimo, tornando o meio básico, de forma a permitir a ação das lípases, e provoca a emulsão dos lípidos, isto é, quebra as gotas de lípidos em gotículas até 1000 vezes menores, facilitando a ação enzimática.
Os sais biliares bloqueiam as regiões de ligação dos ácidos gordos e do glicerol, resultantes da degradação enzimática dos triglicerídeos, impedindo assim a reversibilidade da reação.
As lípases são sintetizadas, essencialmente, ao nível do pâncreas e, contrariamente às protéases, são secretadas já sob uma forma ativa. Existem diversos tipos de lípases, caracterizáveis quanto ao tipo de lípidos sobre os quais atuam e pelo modo como provocam a sua hidrólise.
A lípase pancreática desdobra os triglicerídeos, produzindo ácidos gordos livres, monoglicerídeos e uma pequena quantidade de glicerol. O motivo pelo qual uma quantidade razoavelmente grande de monoglicerídeos é produzida, decorre do facto de esta enzima atacar as cadeias de ácidos gordos nos carbonos terminais ligados à molécula de glicerol, deixando a cadeia ligada ao carbono central intacta.
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Como referenciar
Porto Editora – lípase na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-23 06:02:05]. Disponível em
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