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Martinho IV
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Papa francês, tendo sido chanceler e guarda-selos da igreja de São Luís, arquidiácono de Rouen e tesoureiro de São Martinho de Tours, chamava-se Simão de Brie.
Na altura da sua eleição desempenhava o cargo de cardeal de Santa Cecília (Roma), para o qual tinha sido nomeado em 1264.

Partidário de Carlos de Anjou, ao contrário do seu antecessor, Nicolau III, ou não fosse natural de França, Martinho sempre se esforçou para que os projetos de Carlos tivessem sucesso. Deste modo, o príncipe Carlos viu-se de novo na posse do consulado romano e da administração dos Estados Pontifícios, outorgada pelo papa. A Igreja ocidental perdia a sua independência, sendo a poderosa família francesa plenipotenciária em Itália.

De facto, Carlos de Anjou viu lançadas as bases para o alargamento da sua jurisdição territorial, que chegou a abarcar territórios como Jerusalém, Atenas e a Albânia, sendo o seu objetivo primordial a conquista de Constantinopla. Logo, Martinho prestou-lhe uma preciosa ajuda ao excomungar em novembro de 1282 o imperador oriental, Miguel VIII, pela ocasião de um encontro político, realizado em Orvieto. A tentativa de reconciliação com a Igreja oriental que vinha a ser feita desde o pontificado de Gregório X chegou assim ao seu termo, uma vez que a excomunhão provocou a rutura total.

Esta predominância francesa não foi bem recebida em Itália, pelo que se iniciou um movimento contra o papa e contra Carlos de Anjou. Foi neste contexto que surgiu a revolta conhecida como as "Vésperas Sicilianas", em que os habitantes desta ilha, apoiados pelo imperador Miguel VIII, pelo rei Pedro III de Aragão e pela nobreza da Sicília se amotinaram, na hora de vésperas do dia trinta e um de março de 1282 e mataram todos os franceses que conseguiram encontrar na ilha. Assim, sublinhada pela derrota infligida pelo rei aragonês ao príncipe Carlos, terminou o poderio francês nas terras dominadas por este último, que faleceu em 1285.
Martinho IV acabou por não ser um pontífice popular, ajuntando-se em seu desfavor o facto de ter atribuído aos franciscanos - pela bula Ad fructus uberes, de 1281 - a faculdade de confessar e predicar, reservada até então ao clero secular.
Morreu em Perugia, localidade onde, a par de Orvieto, viveu durante o seu pontificado, que foi de 22 de fevereiro de 1281 a 28 de março de 1285.

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