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Metalurgia dos Incas
Os Incas eram vistos como um grande povo aos olhos das populações sul-americanas vizinhas, e isto porque eram "mestres dos metais".
Os Incas ignoravam o uso do ferro, mas possuíam grande experiência no trabalho do ouro, da prata e do cobre, que sabiam utilizar, juntamente com o estanho, para obter bronze. Chegaram mesmo a utilizar a platina, que a Europa só conheceria por volta de 1730. Os objetos fabricados com esses metais, transportados dos Andes até à Amazónia, foram levados a todo o continente sul-americano, que ainda se limitava a talhar ou polir a pedra. Os Andes eram, assim, o mais importante centro metalúrgico da América pré-colombiana.
Os fornos de fundição eram normalmente construídos sobre as encostas e eram alimentados por dois longos tubos por onde o ar penetrava, soprado por várias pessoas ou pelo vento.
As ligas mais habituais eram obtidas à base de ouro e cobre, de ouro e prata, de cobre e prata, de cobre e estanho, bem como de cobre, ouro e prata fundidos em proporções variáveis.
O processo de fabricação mais frequentemente utilizado era o da cera perdida, que consistia em modelar na cera o objeto que se desejava produzir. O modelo era seguidamente recoberto por uma espessa camada de argila. Quando a argila estivesse endurecida, expunham-na ao calor do fogo. A cera derretia e escorria através de um orifício feito no revestimento, sendo substituída por metal de fusão. Uma vez arrefecido o metal, bastava partir a argila e retirar o objeto, cujas irregularidades eram então polidas.
Os objetos de metal eram habitualmente incrustados com pedras preciosas ou semipreciosas. Apesar do seu notável desenvolvimento, o artesanato de metais foi fundamentalmente utilizado para fins ornamentais. As oficinas produziam grandes placas trabalhadas que cobriam os muros dos templos e palácios. Eram elaborados, para o soberano, para a corte imperial e para os dignitários do Estado, ornamentos tanto corporais como peitorais - braceletes, colares e brincos - que evidenciavam a diferença de status. Confecionavam também numerosos objetos rituais, entre os quais figuravam os famosos tumi, espécie de facas-machados, características da época inca. No entanto, a produção metalúrgica era precária nas comunidades provinciais. À exceção do chicote, cuja ponta era às vezes em cobre, e dos bastões em estrela, que também serviam de maças na guerra, os utensílios agrícolas foram sempre feitos em pedra.
Os Incas ignoravam o uso do ferro, mas possuíam grande experiência no trabalho do ouro, da prata e do cobre, que sabiam utilizar, juntamente com o estanho, para obter bronze. Chegaram mesmo a utilizar a platina, que a Europa só conheceria por volta de 1730. Os objetos fabricados com esses metais, transportados dos Andes até à Amazónia, foram levados a todo o continente sul-americano, que ainda se limitava a talhar ou polir a pedra. Os Andes eram, assim, o mais importante centro metalúrgico da América pré-colombiana.
Os fornos de fundição eram normalmente construídos sobre as encostas e eram alimentados por dois longos tubos por onde o ar penetrava, soprado por várias pessoas ou pelo vento.
As ligas mais habituais eram obtidas à base de ouro e cobre, de ouro e prata, de cobre e prata, de cobre e estanho, bem como de cobre, ouro e prata fundidos em proporções variáveis.
O processo de fabricação mais frequentemente utilizado era o da cera perdida, que consistia em modelar na cera o objeto que se desejava produzir. O modelo era seguidamente recoberto por uma espessa camada de argila. Quando a argila estivesse endurecida, expunham-na ao calor do fogo. A cera derretia e escorria através de um orifício feito no revestimento, sendo substituída por metal de fusão. Uma vez arrefecido o metal, bastava partir a argila e retirar o objeto, cujas irregularidades eram então polidas.
Os objetos de metal eram habitualmente incrustados com pedras preciosas ou semipreciosas. Apesar do seu notável desenvolvimento, o artesanato de metais foi fundamentalmente utilizado para fins ornamentais. As oficinas produziam grandes placas trabalhadas que cobriam os muros dos templos e palácios. Eram elaborados, para o soberano, para a corte imperial e para os dignitários do Estado, ornamentos tanto corporais como peitorais - braceletes, colares e brincos - que evidenciavam a diferença de status. Confecionavam também numerosos objetos rituais, entre os quais figuravam os famosos tumi, espécie de facas-machados, características da época inca. No entanto, a produção metalúrgica era precária nas comunidades provinciais. À exceção do chicote, cuja ponta era às vezes em cobre, e dos bastões em estrela, que também serviam de maças na guerra, os utensílios agrícolas foram sempre feitos em pedra.
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Como referenciar
Porto Editora – Metalurgia dos Incas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-07 15:30:32]. Disponível em
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