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Miguel Rocha
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Publicitário, ilustrador e autor de banda desenhada, Miguel João Pinheiro Soares Rocha nasceu a 7 de março de 1968, em Lisboa, tendo passado a sua infância em Alhandra, antes de regressar à sua cidade natal, tendo então ingressado no Liceu Camões com 13 anos.
Em termos de formação, tem o curso de Artes e Técnicas do Fogo da Escola António Arroio (anos 80) e o curso de Desenho da Sociedade Nacional de Belas Artes (1994-1996), ambas prestigiadas escolas artísticas de Lisboa.
Começou por trabalhar em artes gráficas e publicidade durante 9 anos, tendo estado em várias empresas, como artefinalista, visualizador e ilustrador.
Começou a dedicar-se à banda desenhada em 1997, fazendo histórias que nunca acabava, embora já tivesse paginado os números iniciais da revista Seleções BD (I série), publicada entre 1988 e 1991. A sua estreia na BD deu-se com "Pequenos Sarilhos", série de uma página que publicou mensalmente na revista Pais & Filhos, em 1997, durante seis números.
O seu primeiro livro editado foi O Enigma Diabólico, uma pequena BD a preto e branco editada em 1998, inserida na Coleção "Quadradinho", segundo argumento de José Abrantes, na qual é prestada homenagem a Edgar P. Jacobs, o criador de Blake e Mortimer, através de uma muito livre adaptação de A Armadilha Diabólica, um dos episódios dessa emblemática série.
Em 1999 participou no projeto Uma Revolução Desenhada: o 25 de Abril e a BD, uma exposição sobre a revolução de abril, de que foi editado um catálogo, para o qual fez uma curta história, juntamente com outros autores. Projeto semelhante foi "Liberdade e Cidadania, 25 de Abril, 25 Anos, 25 BD", realizado para o jornal Público, com a história "O Museu", escrita por João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos.
O seu primeiro álbum de BD foi As Pombinhas do Sr. Leitão, editado nesse mesmo ano (BaleiAzul), que remete o leitor para o período cinzento característico do salazarismo, título que lhe valeu, em 1999, o Prémio Especial Revelação no Festival da Amadora.
A iniciação sexual de um grupo de rapazes de uma pequena comunidade piscatória ribeirinha foi exemplarmente retratada em Borda d'Água, que surgiu a preto e branco num livro da Coleção "LX Comics" (Bedeteca de Lisboa), ainda em 1999, mas também em versão (original) a cores na revista "Pública" (suplemento dominical do jornal Público), entre agosto e setembro de 2000. Todo o potencial gráfico de Miguel Rocha está aqui bem patente, sobretudo pela extraordinária luz que confere ao seus desenhos, aliado a uma linguagem muito real e frontal.
Ainda em 1999, surgiu também Dédalo, um outro pequeno formato a preto e branco, integrado na Coleção "Primata Comix" (Polvo), tendo como pano de fundo a Grécia Clássica e toda a mitologia que lhe está associada.
A adaptação da obra literária Madame Edwarda, de George Bataille surgiu com Eduarda (Polvo/Bedeteca de Lisboa), em 2000, a partir de uma tradução de Francisco Oliveira, merecendo destaque todo o trabalho do desenho branco realizado sob um fundo negro, que reforça o seu carácter noturno. Eduarda foi distinguido como Melhor Álbum Português do ano, no Festival da Amadora.
O álbum março (BaleiAzul/Salão Lisboa), editado também em 2000 e realizado com Alejandro (Alex) Gozblau, conta uma viagem muito especial feita a cinco locais diferentes da cidade de Lisboa, correspondentes a cinco sentidos, cinco fases da Lua e cinco cores dominantes. Este será mesmo um dos seus trabalhos mais originais em termos plásticos, pois para além de reforçar o destaque dado aos traços brancos e outras cores luminosas sob fundos escuros e menos vivos, como o negro ou tonalidades de castanho, de azul ou de verde, utilizou fragmentos de fotografias, texturas de tecidos e um traço negro num grafismo que não lhe era habitual. Uma das páginas deste álbum foi reproduzida em serigrafia pela Livraria Dr. Kartoon (Coimbra), como sucede habitualmente nos países francófonos. Com março, Miguel Rocha foi distinguido com o Prémio Para o Melhor Desenhador nesse ano, no Festival da Amadora.
Quanto a Transcomix - Lisboa ao quadrado, trata-se de um livrinho distribuído gratuitamente em setembro de 2000, a propósito do Dia Europeu Sem Carros, para o qual Miguel Rocha realizou as 4 pranchas de "Tutu, ding-ding", em que uma bailarina é salva in extremis por um elétrico. Para o jornal Público, participou também no Projeto "Sete Pecados", em que retratou a gula.
Ainda em 2000, recebeu uma Bolsa de Criação Literária do Ministério da Cultura, que lhe permitiu durante um ano dedicar-se à criação de raiz de uma obra de BD, A Vida Numa Colher- Beterraba.
Com Francisco Oliveira (texto), realizou o preto e branco [malitska:], cuja edição data de 2001 (Polvo).
Fruto da distinção recebida no ano anterior, o autor esteve em evidência no Festival Internacional de BD da Amadora de 2001, ao realizar a linha gráfica e ao ser alvo de uma das exposições mais aguardadas da 12.ª edição do maior certame nacional dedicado aos Quadradinhos.
Para a celebração do Dia Mundial do Livro, em abril de 2002, dedicado ao conto, concebeu "Miura", segundo o texto original de Miguel Torga, que surgiu no livro e na exposição itinerante Contos Contigo, organizados pelo Instituo Português do Livro e das Bibliotecas.
Em 2002 publicou "Os Super-Heróis", na revista Comix (n.º 4, outubro), curiosa história dedicada aos preconceitos existentes numa aldeia em relação aos efeitos (supostamente) perniciosos da BD nas crianças
Em 2003 foi editado o livro A Vida Numa Colher - Beterraba (Polvo), das mais notáveis obras do autor, que retrata com impecável mestria o ambiente rural do Alentejo, utilizando uma paleta de cores quentes que não deixará, por certo, ninguém indiferente.
Em 2004 uma ilustração sua foi a escolhida para o cartaz oficial do Campeonato Europeu de Futebol, UEFA Euro 2004.
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Como referenciar
Porto Editora – Miguel Rocha na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 13:19:10]. Disponível em

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