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Myanmar
Geografia
País do Sudeste Asiático, anteriormente designado por Burma, que, até 1989, foi denominado Birmânia. Banhado pelo golfo de Bengala e pelo mar das Andaman, faz fronteira com o Bangladesh, a noroeste, a Índia, a norte, a China, a nordeste, e o Laos e a Tailândia, a leste. Abrange uma área de 678 500 km2. As cidades mais importantes são Rangum, a capital, com 4 454 500 habitantes (2004), Mandalay (1 176 900 hab.), Moulmein (405 800 hab.), Pegu (200 900 hab.) e Bassein (215 600 hab.). O país é bastante montanhoso no Norte e mais plano no Sul, destacando-se a planície aluvial drenada pelo rio Irrawadi que termina num extenso delta.
Clima
O clima é tropical de monção com uma estação seca que ocorre de novembro a abril e na qual as temperaturas são mais baixas sempre que se fazem sentir os ventos frios que sopram do interior. A estação húmida é dominada pela monção de sudeste que origina forte precipitação e se faz sentir de maio a outubro.
Economia
A economia do Myanmar assenta, sobretudo, na agricultura e no comércio. As culturas dominantes são o arroz, a cana-de-açúcar, os legumes, o amendoim, a banana, o sésamo, o milho, a batata, o algodão, o tabaco e a juta. O país tem várias jazidas de prata, de cobre, de chumbo, de zinco, de tungsténio, de estanho, de petróleo, de gás natural, de rubis, de safiras e de esmeraldas. A indústria abrange o cimento, os produtos petrolíferos, o açúcar refinado, o óleo de amendoim, os produtos alimentares, as bebidas, os fertilizantes, o vestuário e os cigarros.
Os produtos mais exportados são o arroz, a teca (madeira), os metais e as pedras preciosas. O gás natural poderá, a curto prazo, ser um forte produto no quadro das exportações. O turismo começa a ser uma atividade com reflexo na economia. Os principais parceiros comerciais são Singapura, o Japão, a Indonésia e a Tailândia.
População
A população está estimada em 47 382 633 (est. 2006) habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 63,24 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 17,91%o e 9,83%o. A esperança média de vida é de 60,97 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,549 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). As maiores etnias do país são a birmanesa (69%), a chan (9%) e a karen (6%). A religião maioritária é a budista (89%). A língua oficial é o birmanês.
História
O Myanmar foi anexado pela Grã-Bretanha em 1885, após três guerras de fronteira, e transformou-se numa província indiana. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado pelos japoneses. Em 1947 tornou-se independente e abandonou a Commonwealth. Em 1962 foi instaurado um regime socialista, depois de um golpe militar. Os maiores setores económicos foram imediatamente nacionalizados, a rápida industrialização fracassou e o isolamento do resto do mundo foi aumentando.
No final da década de 1980, a corrupção e a má administração do Governo tornaram o Myanmar num dos países mais pobres do mundo. Em 1990 realizaram-se as primeiras eleições multipartidárias em trinta anos. A Liga Nacional para a Democracia (LND) obteve a vitória, mas as forças militares continuaram a controlar o poder, depois de impedirem os líderes do partido, Tin U e Suu Kyi (filha do líder nacionalista Aung San, assassinado em 1947), de governar.
Tin U exilou-se no Oeste, enquanto Suu Kyi foi mantida, desde 1989, sob prisão domiciliária. A comunidade internacional condenou sistematicamente as ações sangrentas levadas a cabo pelo regime militar. Em 1991, Suu Kyi foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz e, em 1995, surpreendentemente, foi libertada.
Nos anos seguintes, Suu Kyi apelou à comunidade internacional para isolar o regime militar no poder, na sequência da política de repressão e de contínuas perseguições aos ativistas da oposição. Contudo, apesar de alguns embargos, o regime foi tendo o beneplácito das organizações em que se pretendia integrar. Conversações foram mantidas entre Aung San Suu Kyi e os líderes militares desde 2000, o que não acontecia desde 1994.
Em 2003, após fortes críticas ao governo e confrontos entre os seus fiéis apoiantes e as forças governamentais, Aung San Suu Kyi foi novamente colocada em prisão domiciliária. Foram abertas exceções em 2006 e depois em setembro de 2007 para que pudesse receber Ibrahim Gambari, enviado pelas Nações Unidas numa tentativa de mediar conversações entre o poder e a oposição. Neste último ano, aquando do seu aniversário, cerca de um milhão de apoiantes, liderados por monges budistas, manifestaram-se em frente à sua casa contra a junta militar num apelo à democracia, o mesmo acontecendo em outros locais do país. Este acontecimento deu origem a novos confrontos entre as duas forças políticas, levando a manifestações de apelo internacionais para o restauro da democracia em Myanmar.
País do Sudeste Asiático, anteriormente designado por Burma, que, até 1989, foi denominado Birmânia. Banhado pelo golfo de Bengala e pelo mar das Andaman, faz fronteira com o Bangladesh, a noroeste, a Índia, a norte, a China, a nordeste, e o Laos e a Tailândia, a leste. Abrange uma área de 678 500 km2. As cidades mais importantes são Rangum, a capital, com 4 454 500 habitantes (2004), Mandalay (1 176 900 hab.), Moulmein (405 800 hab.), Pegu (200 900 hab.) e Bassein (215 600 hab.). O país é bastante montanhoso no Norte e mais plano no Sul, destacando-se a planície aluvial drenada pelo rio Irrawadi que termina num extenso delta.
Clima
O clima é tropical de monção com uma estação seca que ocorre de novembro a abril e na qual as temperaturas são mais baixas sempre que se fazem sentir os ventos frios que sopram do interior. A estação húmida é dominada pela monção de sudeste que origina forte precipitação e se faz sentir de maio a outubro.
Economia
A economia do Myanmar assenta, sobretudo, na agricultura e no comércio. As culturas dominantes são o arroz, a cana-de-açúcar, os legumes, o amendoim, a banana, o sésamo, o milho, a batata, o algodão, o tabaco e a juta. O país tem várias jazidas de prata, de cobre, de chumbo, de zinco, de tungsténio, de estanho, de petróleo, de gás natural, de rubis, de safiras e de esmeraldas. A indústria abrange o cimento, os produtos petrolíferos, o açúcar refinado, o óleo de amendoim, os produtos alimentares, as bebidas, os fertilizantes, o vestuário e os cigarros.
Os produtos mais exportados são o arroz, a teca (madeira), os metais e as pedras preciosas. O gás natural poderá, a curto prazo, ser um forte produto no quadro das exportações. O turismo começa a ser uma atividade com reflexo na economia. Os principais parceiros comerciais são Singapura, o Japão, a Indonésia e a Tailândia.
População
A população está estimada em 47 382 633 (est. 2006) habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 63,24 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 17,91%o e 9,83%o. A esperança média de vida é de 60,97 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,549 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). As maiores etnias do país são a birmanesa (69%), a chan (9%) e a karen (6%). A religião maioritária é a budista (89%). A língua oficial é o birmanês.
História
O Myanmar foi anexado pela Grã-Bretanha em 1885, após três guerras de fronteira, e transformou-se numa província indiana. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado pelos japoneses. Em 1947 tornou-se independente e abandonou a Commonwealth. Em 1962 foi instaurado um regime socialista, depois de um golpe militar. Os maiores setores económicos foram imediatamente nacionalizados, a rápida industrialização fracassou e o isolamento do resto do mundo foi aumentando.
No final da década de 1980, a corrupção e a má administração do Governo tornaram o Myanmar num dos países mais pobres do mundo. Em 1990 realizaram-se as primeiras eleições multipartidárias em trinta anos. A Liga Nacional para a Democracia (LND) obteve a vitória, mas as forças militares continuaram a controlar o poder, depois de impedirem os líderes do partido, Tin U e Suu Kyi (filha do líder nacionalista Aung San, assassinado em 1947), de governar.
Tin U exilou-se no Oeste, enquanto Suu Kyi foi mantida, desde 1989, sob prisão domiciliária. A comunidade internacional condenou sistematicamente as ações sangrentas levadas a cabo pelo regime militar. Em 1991, Suu Kyi foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz e, em 1995, surpreendentemente, foi libertada.
Nos anos seguintes, Suu Kyi apelou à comunidade internacional para isolar o regime militar no poder, na sequência da política de repressão e de contínuas perseguições aos ativistas da oposição. Contudo, apesar de alguns embargos, o regime foi tendo o beneplácito das organizações em que se pretendia integrar. Conversações foram mantidas entre Aung San Suu Kyi e os líderes militares desde 2000, o que não acontecia desde 1994.
Em 2003, após fortes críticas ao governo e confrontos entre os seus fiéis apoiantes e as forças governamentais, Aung San Suu Kyi foi novamente colocada em prisão domiciliária. Foram abertas exceções em 2006 e depois em setembro de 2007 para que pudesse receber Ibrahim Gambari, enviado pelas Nações Unidas numa tentativa de mediar conversações entre o poder e a oposição. Neste último ano, aquando do seu aniversário, cerca de um milhão de apoiantes, liderados por monges budistas, manifestaram-se em frente à sua casa contra a junta militar num apelo à democracia, o mesmo acontecendo em outros locais do país. Este acontecimento deu origem a novos confrontos entre as duas forças políticas, levando a manifestações de apelo internacionais para o restauro da democracia em Myanmar.
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Como referenciar
Porto Editora – Myanmar na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-09 11:10:26]. Disponível em
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