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necessidade
Necessidade, num sentido geral, designa o carácter indispensável e natural de algumas ações, tais como as necessidades de causa fisiológica, como a alimentação.
Pode-se distinguir dois tipos de necessidades, as necessidades inatas e as necessidades adquiridas ou culturais. As necessidades inatas ou naturais são de ordem fisiológica e, a longo prazo, indispensáveis à manutenção da vida. As necessidades culturais são de ordem social ou psicológica e derivam do ser humano e sua complexidade.
A economia clássica no século XVIII fazia da necessidade a fonte de desenvolvimento económico, vestígio de um certo materialismo. A necessidade determina a vida económica definindo as suas utilidades e introduz a troca entre as pessoas.
Para Karl Marx, pelo contrário, a necessidade é o resultado do desenvolvimento económico. As necessidades podem assim ser vistas como o produto de uma história, mas com um estatuto moral e questionável: para o ser humano ser feliz deve somente satisfazer as suas necessidades fundamentais e naturais ou também as suas necessidades artificiais.
Para a filosofia, com Aristóteles, necessidade é algo que tem de ser assim e não pode ser de outra forma. Para ele, necessidade é algo imprescindível à vida; condição de alcançar o bem e evitar o mal; e o que é imposto ao Homem sem a sua vontade.
De um ponto de vista ontológico, necessidade implica a existência de um ser necessário, isto é, de um ser que pela sua natureza não pode deixar de ser. Para Aristóteles, Deus é uma necessidade, no sentido de não ser possível de outra maneira, de ser absoluto. Santo Anselmo demonstra a existência de Deus pela sua necessidade: esta é de tal modo necessária que é impossível a sua não existência. S. Tomás de Aquino critica este argumento, na medida é que esta necessidade é meramente intelectual.
No campo moral, necessidade opõe-se a liberdade. O determinismo é a doutrina que afirma a necessidade das ações morais.
Segundo Herbert Marcuse, numa sociedade de consumo as necessidades vão crescendo indeterminadamente, traduzindo a expressão de uma falta que as pessoas tentariam ilusoriamente colmatar. Sinal dos nossos tempos.
Pode-se distinguir dois tipos de necessidades, as necessidades inatas e as necessidades adquiridas ou culturais. As necessidades inatas ou naturais são de ordem fisiológica e, a longo prazo, indispensáveis à manutenção da vida. As necessidades culturais são de ordem social ou psicológica e derivam do ser humano e sua complexidade.
A economia clássica no século XVIII fazia da necessidade a fonte de desenvolvimento económico, vestígio de um certo materialismo. A necessidade determina a vida económica definindo as suas utilidades e introduz a troca entre as pessoas.
Para Karl Marx, pelo contrário, a necessidade é o resultado do desenvolvimento económico. As necessidades podem assim ser vistas como o produto de uma história, mas com um estatuto moral e questionável: para o ser humano ser feliz deve somente satisfazer as suas necessidades fundamentais e naturais ou também as suas necessidades artificiais.
Para a filosofia, com Aristóteles, necessidade é algo que tem de ser assim e não pode ser de outra forma. Para ele, necessidade é algo imprescindível à vida; condição de alcançar o bem e evitar o mal; e o que é imposto ao Homem sem a sua vontade.
De um ponto de vista ontológico, necessidade implica a existência de um ser necessário, isto é, de um ser que pela sua natureza não pode deixar de ser. Para Aristóteles, Deus é uma necessidade, no sentido de não ser possível de outra maneira, de ser absoluto. Santo Anselmo demonstra a existência de Deus pela sua necessidade: esta é de tal modo necessária que é impossível a sua não existência. S. Tomás de Aquino critica este argumento, na medida é que esta necessidade é meramente intelectual.
No campo moral, necessidade opõe-se a liberdade. O determinismo é a doutrina que afirma a necessidade das ações morais.
Segundo Herbert Marcuse, numa sociedade de consumo as necessidades vão crescendo indeterminadamente, traduzindo a expressão de uma falta que as pessoas tentariam ilusoriamente colmatar. Sinal dos nossos tempos.
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Como referenciar
Porto Editora – necessidade na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-25 02:55:01]. Disponível em
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