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neurose
Estima-se que o termo neurose tenha sido introduzido em 1777 pelo médico escocês William Cullen, mas a noção precisa de neurose vai nascer com Sigmund Freud que dominou até 1970 esta problemática.
Freud define a neurose como a expressão de um conflito entre os desejos do nosso inconsciente. Para ele, certos impulsos inconscientes são incompatíveis com a realidade exterior ou são impossíveis de serem concretizados, desenvolvendo-se no sujeito um intenso estado de ansiedade e mal estar geral.
Este conceito tem sofrido ao longo dos anos uma grande evolução. De uma forma genérica, as neuroses são definidas como síndromes (conjunto de sintomas relacionados) caracterizados por queixas subjetivas, isto é, pouco claras, de acentuada carga afetiva, que evoluem com total consciência por parte dos sujeitos e em que estes não apresentam quaisquer lesões orgânicas capazes de explicar o sofrimento e a ansiedade que acompanham as referidas queixas. Por outras palavras, pode-se dizer que são distúrbios mentais de que o sujeito tem consciência e que afeta o seu relacionamento com o meio ambiente em que se encontra inserido.
Usualmente, o neurótico preocupa-se em demasia com o seu estado de saúde, procurando com forte insistência os melhores clínicos para encontrar alívio para os seus sofrimentos.
Este tipo de doentes têm, na sua maioria, uma imagem empobrecida de si próprios, sentimentos de inferioridade, de culpa e de autopunição. Como o contacto com os outros está prejudicado, são pessoas com pouca naturalidade, inseguras e com um típico comportamento defensivo. Ao nível do trabalho verifica-se ou uma negligência das capacidades ou uma sobrevalorização das mesmas. Neste segundo caso o sujeito neurótico compensa os seus problemas pessoais através de uma dedicação intensiva em busca de êxito profissional.
Também é comum nestes sujeitos a existência de uma conduta um pouco agressiva, perturbações alimentares como, por exemplo, anorexia (perda patológica ou anormal do apetite), perturbações no ciclo do sono tal como, por exemplo, insónias e pesadelos e, por último, transtornos sexuais (conduta sexual insatisfatória).
São vários os fatores que podem ser apontados como sendo a causa das neuroses, entre eles destacam-se os fatores genéticos (predisposição do sujeito à nascença para desenvolver uma neurose); os relacionados com determinados períodos sensíveis da vida (por exemplo, a adolescência); e os fatores que englobam a interação mãe-filho e relacionamento familiar.
Este distúrbio mental apresenta-se principalmente sob quatro formas clínicas: a neurose ansiosa (quando sobretudo se verifica a ausência total de ansiedade ou a sua presença excessiva, inadequada e desproporcionada); a neurose fóbica (quando existem reações de medo persistentes e desmedidas em relação a um objeto que representa perigo ou ameaça); a neurose obsessivo-compulsiva (quando ocorrem constantes e repetidas invasões de sentimentos, impulsos ou comportamentos indesejáveis e desprovidos de sentido); e a neurose histérica (quando especialmente existem conflitos psíquicos inconscientes que exprimem-se por manifestações corporais e sintomas psicológicos).
Freud define a neurose como a expressão de um conflito entre os desejos do nosso inconsciente. Para ele, certos impulsos inconscientes são incompatíveis com a realidade exterior ou são impossíveis de serem concretizados, desenvolvendo-se no sujeito um intenso estado de ansiedade e mal estar geral.
Este conceito tem sofrido ao longo dos anos uma grande evolução. De uma forma genérica, as neuroses são definidas como síndromes (conjunto de sintomas relacionados) caracterizados por queixas subjetivas, isto é, pouco claras, de acentuada carga afetiva, que evoluem com total consciência por parte dos sujeitos e em que estes não apresentam quaisquer lesões orgânicas capazes de explicar o sofrimento e a ansiedade que acompanham as referidas queixas. Por outras palavras, pode-se dizer que são distúrbios mentais de que o sujeito tem consciência e que afeta o seu relacionamento com o meio ambiente em que se encontra inserido.
Usualmente, o neurótico preocupa-se em demasia com o seu estado de saúde, procurando com forte insistência os melhores clínicos para encontrar alívio para os seus sofrimentos.
Este tipo de doentes têm, na sua maioria, uma imagem empobrecida de si próprios, sentimentos de inferioridade, de culpa e de autopunição. Como o contacto com os outros está prejudicado, são pessoas com pouca naturalidade, inseguras e com um típico comportamento defensivo. Ao nível do trabalho verifica-se ou uma negligência das capacidades ou uma sobrevalorização das mesmas. Neste segundo caso o sujeito neurótico compensa os seus problemas pessoais através de uma dedicação intensiva em busca de êxito profissional.
Também é comum nestes sujeitos a existência de uma conduta um pouco agressiva, perturbações alimentares como, por exemplo, anorexia (perda patológica ou anormal do apetite), perturbações no ciclo do sono tal como, por exemplo, insónias e pesadelos e, por último, transtornos sexuais (conduta sexual insatisfatória).
São vários os fatores que podem ser apontados como sendo a causa das neuroses, entre eles destacam-se os fatores genéticos (predisposição do sujeito à nascença para desenvolver uma neurose); os relacionados com determinados períodos sensíveis da vida (por exemplo, a adolescência); e os fatores que englobam a interação mãe-filho e relacionamento familiar.
Este distúrbio mental apresenta-se principalmente sob quatro formas clínicas: a neurose ansiosa (quando sobretudo se verifica a ausência total de ansiedade ou a sua presença excessiva, inadequada e desproporcionada); a neurose fóbica (quando existem reações de medo persistentes e desmedidas em relação a um objeto que representa perigo ou ameaça); a neurose obsessivo-compulsiva (quando ocorrem constantes e repetidas invasões de sentimentos, impulsos ou comportamentos indesejáveis e desprovidos de sentido); e a neurose histérica (quando especialmente existem conflitos psíquicos inconscientes que exprimem-se por manifestações corporais e sintomas psicológicos).
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Como referenciar
Porto Editora – neurose na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 02:10:26]. Disponível em
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