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Paralamas do Sucesso
Banda brasileira fundada no início da década de 80, no Rio de Janeiro, Brasil. Unidos no gosto pelo rock e pelo ska, pelos vinis dos Police ou dos The Specials, três amigos cariocas, Herbert Vianna (voz e guitarra), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria), este último em substituição de um outro baterista, Vital, começaram a tocar em locais pequenos do Rio de Janeiro. Uma fita com a gravação de quatro músicas seria enviada, em 1982, para a Rádio Fluminense. A canção "Vital e Sua Moto", em recordação do ex-baterista do grupo, seria tocada com alguma regularidade em 1983, suscitando uma onda de curiosidade em torno dos Paralamas do Sucesso. Essa vaga de interesse culminaria, ainda em 1983, com o primeiro contrato discográfico, na ocasião com a EMI, e na abertura de um concerto de Lulu Santos, no Circo Voador. O primeiro disco, Cinema Mudo, tem um impacto moderado no mercado discográfico brasileiro. No ano seguinte, voltam à carga e conseguem uma sequência impressiva de êxitos, com as canções "Óculos", "Meu Erro", "Mensagem de Amor" e "Romance Ideal", todas incluídas no alinhamento do segundo álbum do grupo. A aclamação da crítica e do público justificaria o convite para, em 1984, integrarem o programa do festival Rock in Rio. A partir daí, a marca dos Paralamas estava lançada e o grupo tornar-se-ia uma referência da música brasileira. Aderindo às causas da MPB no terceiro álbum, inclusivamente contando com a colaboração pontual de Gilberto Gil, o grupo lançaria um punhado de êxitos, vendendo mais de 700 mil cópias. Em 1987, tocaram no Festival de Montreux, na Suíça, e o espetáculo foi registado em disco (D). Nessas atuações, o teclista João Fera e o saxofonista George Israel foram convidados a juntar-se ao grupo. Além da atuação na Europa, os Paralamas passaram também por alguns países da América Latina, ganhando alguma popularidade na Argentina, no Uruguai, no Chile e na Venezuela.
Sempre interessados em renovar o seu som, a fase seguinte, começada com Bora-Bora (1988), traria os metais ao som do grupo, facto consolidado nos discos seguintes, aproveitando o sucesso da fórmula que haviam apresentado ao vivo. Mais tarde, na década de 90, prosseguindo na tendência mobilista, apostam na experimentação. Essa aposta iria afastá-los das tabelas de vendas e coincidiu com um breve hiato da atividade do grupo, ocasião em que Herbert Vianna lançou o seu primeiro disco a solo. O regresso aos palcos, pouco tempo depois, não acalmou as críticas à sonoridade mais alternativa que a banda defendia. Partem para Inglaterra, em 1993, e, sob a produção de Phil Manzanera, gravam o álbum Severino. O disco aprofundava o experimentalismo da banda, com arranjos muito elaborados e viria a ser ignorado pelas rádios brasileiras, vendendo apenas 55 mil cópias. Com as portas semi cerradas no mercado brasileiro, os Paralamas apostaram numa coletânea de versões em castelhano. Paralamas (1992) escancarou-lhes definitivamente as portas dos mercados latinos e, mais tarde, a canção "Dos Margaritas" (versão hispânica de "Severino") confirmou que eles eram estrelas nos mercados latinos. De regresso ao Brasil, mesmo sem sucesso comercial do disco, a digressão de Severino cativou os públicos e a banda decide homenagear as audiências gravando um registo ao vivo, em 1995. O disco era acompanhado por composições inéditas ("Saber Amar", "Luis Inácio (300 Picaretas)" e "Uma Brasileira") que, retomando o formato pop, reconquistaram a crítica e levaram à maior cifra de vendas da banda, com cerca de 900 mil cópias. Seguir-se-iam outras edições com boa expressão comercial, inclusive o premiado com um Grammy Acústico MTV (1999). Em 2001, num acidente com um ultraleve, Herbert Vianna perde a mulher e fica agarrado a uma cadeira de rodas. Mesmo assim, refeito na medida do possível do trágico acontecimento, Herbert voltou a tocar e, juntamente com Bi e João, gravou as canções que estavam preparadas antes do acidente. Longo Caminho, de 2002, prescindia dos metais e mostrava um cru regresso às origens dos Paralamas do Sucesso. A digressão de promoção do disco foi um êxito, empurrada pelos novos sucessos radiofónicos do grupo ("O Calibre", "Seguindo Estrelas" e "Cuide Bem do Seu Amor") e pela curiosidade do público em avaliar o estado de Herbert. Aproveitando a emoção dessas atuações, a banda gravaria outro disco ao vivo, com inúmeros convidados e dando uma nova alma às faixas, claramente mais elétricas. Em 2005, regressavam às edições discográficas com um êxito razoável. O primeiro DVD da banda seria editado no ano seguinte, em paralelo com o documento Herbert Bem de Perto, de Roberto Berliner.
Discografia
1983, Cinema Mudo
1984, O Passo do Lui
1986, Selvagem?
1987, D
1988, Bora-Bora
1989, Big Bang
1990, Arquivo
1991, Os Grãos
1994, Severino
1995, Vamo Batê Lata
1996, Nove Luas
1998, Hey Na Na
1999, Acústico MTV
2000, Arquivo II
2002, Longo Caminho
2004, Uns Dias Ao Vivo
2005, Hoje
Sempre interessados em renovar o seu som, a fase seguinte, começada com Bora-Bora (1988), traria os metais ao som do grupo, facto consolidado nos discos seguintes, aproveitando o sucesso da fórmula que haviam apresentado ao vivo. Mais tarde, na década de 90, prosseguindo na tendência mobilista, apostam na experimentação. Essa aposta iria afastá-los das tabelas de vendas e coincidiu com um breve hiato da atividade do grupo, ocasião em que Herbert Vianna lançou o seu primeiro disco a solo. O regresso aos palcos, pouco tempo depois, não acalmou as críticas à sonoridade mais alternativa que a banda defendia. Partem para Inglaterra, em 1993, e, sob a produção de Phil Manzanera, gravam o álbum Severino. O disco aprofundava o experimentalismo da banda, com arranjos muito elaborados e viria a ser ignorado pelas rádios brasileiras, vendendo apenas 55 mil cópias. Com as portas semi cerradas no mercado brasileiro, os Paralamas apostaram numa coletânea de versões em castelhano. Paralamas (1992) escancarou-lhes definitivamente as portas dos mercados latinos e, mais tarde, a canção "Dos Margaritas" (versão hispânica de "Severino") confirmou que eles eram estrelas nos mercados latinos. De regresso ao Brasil, mesmo sem sucesso comercial do disco, a digressão de Severino cativou os públicos e a banda decide homenagear as audiências gravando um registo ao vivo, em 1995. O disco era acompanhado por composições inéditas ("Saber Amar", "Luis Inácio (300 Picaretas)" e "Uma Brasileira") que, retomando o formato pop, reconquistaram a crítica e levaram à maior cifra de vendas da banda, com cerca de 900 mil cópias. Seguir-se-iam outras edições com boa expressão comercial, inclusive o premiado com um Grammy Acústico MTV (1999). Em 2001, num acidente com um ultraleve, Herbert Vianna perde a mulher e fica agarrado a uma cadeira de rodas. Mesmo assim, refeito na medida do possível do trágico acontecimento, Herbert voltou a tocar e, juntamente com Bi e João, gravou as canções que estavam preparadas antes do acidente. Longo Caminho, de 2002, prescindia dos metais e mostrava um cru regresso às origens dos Paralamas do Sucesso. A digressão de promoção do disco foi um êxito, empurrada pelos novos sucessos radiofónicos do grupo ("O Calibre", "Seguindo Estrelas" e "Cuide Bem do Seu Amor") e pela curiosidade do público em avaliar o estado de Herbert. Aproveitando a emoção dessas atuações, a banda gravaria outro disco ao vivo, com inúmeros convidados e dando uma nova alma às faixas, claramente mais elétricas. Em 2005, regressavam às edições discográficas com um êxito razoável. O primeiro DVD da banda seria editado no ano seguinte, em paralelo com o documento Herbert Bem de Perto, de Roberto Berliner.
Discografia
1983, Cinema Mudo
1984, O Passo do Lui
1986, Selvagem?
1987, D
1988, Bora-Bora
1989, Big Bang
1990, Arquivo
1991, Os Grãos
1994, Severino
1995, Vamo Batê Lata
1996, Nove Luas
1998, Hey Na Na
1999, Acústico MTV
2000, Arquivo II
2002, Longo Caminho
2004, Uns Dias Ao Vivo
2005, Hoje
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Como referenciar
Porto Editora – Paralamas do Sucesso na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-07 05:43:17]. Disponível em
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