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Pat Metheny
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Guitarrista e compositor americano, Pat Metheny nasceu a 12 de agosto de 1954 em Lee's Summit, no Missouri (E.U.A.), e cedo despertou para a música.

O seu primeiro instrumento foi uma trompa francesa. Os contactos iniciais com a guitarra, o seu instrumento de eleição, só aconteceriam na adolescência.
O virtuosismo surpreendente do jovem Pat levou-o, mais tarde, a dar aulas de guitarra na Universidade de Miami e na Berklee College Of Music, em Boston.

O guitarrista juntou-se a Gary Burton, em 1974. A união duraria o tempo suficiente para a criação de três álbuns, em que Pat introduziu alguns padrões de guitarra influenciados por Wes Montgomery. Manfred Eicher, da editora ECM, apercebeu-se do potencial do músico e com ele iniciou uma colaboração que se traduziria em dez trabalhos de qualidade superior. Rapidamente, Pat Metheny, a par de Keith Jarrett, tornou-se o artista mais bem sucedido da ECM. Os seus álbuns atingiam sistematicamente marcas comerciais relevantes e posições de destaque nas tabelas de vendas jazz. A acessibilidade da sua música abriu espaço à aparição de composições de Pat Metheny inclusivamente nas tabelas pop.

Os primeiros álbuns "Bright Size Life" (com Jaco Pastorius, 1975) e "Watercolors" (1977) mostraram um músico ainda à procura do seu caminho. "Pat Metheny Group", lançado em 1978, marcou a afirmação definitiva de um estilo, na companhia do brilhante teclista Lyle Mays.

O formato banda rock serviria de base para a composição de álbuns de jazz rock melodioso e definido. Depois de uma digressão com Joni Mitchell e Jaco Pastorius, intitulada "Shadows and Light", o guitarrista lançou "New Chautauqua" (1979). As texturas deslumbrantes da guitarra de doze cordas preenchiam o álbum.

O êxito comercial do disco levou-o a atingir um lugar no top 50 de álbuns americanos. No disco seguinte, "American Garage" (1980), o músico optou pelo regresso ao formato de banda elétrica. O disco incluía o tema "(Cross the) Heartland".

Ainda no mesmo ano é lançado o duplo disco "80/81", onde figuram Michael Brecker, Jack DeJonhette, Charlie Haden e Dewey Redman. O álbum é tipicamente jazz mas isso não impediu o sucesso comercial, destacando-se a faixa vanguardista "Two Folk Songs". Nesta fase, o estatuto de Metheny estava perfeitamente solidificado como um guitarrista de eleição, mais ligado ao universo jazz. A presença das teclas de Mays foi reforçada na suite "As Falls Wichita, So Falls Wichita Falls" (1980).

Metheny ganhou um interesse acrescido pelas possibilidades musicais do sintetizador. Usou-o com inteligência em "Offramp" (1981), especialmente na contagiante "Are You Going With Me?". "Travels" (1982), uma gravação ao vivo, mostrava uma banda no pico da forma, tocando alguns temas conhecidos com uma frescura renovada. "Rejoicing" (1983), a edição seguinte, era um disco moderno, revelando uma interpretação sentida da música de Horace Silver e Ornette Coleman. O nível foi mantido em "First Circle" (1984), dando sinais também de uma aproximação à música latina.

Em 1985, o guitarrista compôs a banda sonora do filme "The Falcon and the Snowman". A esse propósito, gravaria "This Is No America" com David Bowie. A popularidade da canção trouxe novos admiradores a Pat Metheny.

Depois de romper com a ECM e de virar as costas ao estrelato rock, Metheny lança "Song X" (1985), pela Geffen. O trabalho surpreendente de free-jazz foi gravado na companhia de Ornette Coleman.

As reações ao disco foram ambivalentes. O regresso a terrenos mais familiares aconteceu nas edições seguintes: "Still Life (Talking)" (1987) e "Letter From Home" (1989). Nesta fase, a produção de Metheny era particularmente abundante, destacando-se "Question and Answer" (1989), um trabalho com Dave Holland e Roy Haines. Adicionalmente, a edição de "Parallel Realities", de Jack DeJonhette, juntaria uma super-banda com Pat Metheny, Herbie Hancock e Dave Holland.

"Secret Story" (1992) foi um disco de beleza estonteante, contendo peças preciosas como "Above the Treetops" e "The Truth Will Always Be". Apesar de o álbum não ter satisfeito as exigências dos puristas, não deixava de ser um testemunho do talento e das influências de Metheny. "Zero Tolerance for Silence" (1992) marcou uma aproximação à esfera metal, com as distorções a levarem-nos às primeiras (e únicas) referências no seio da comunidade metaleira. "We Live Here", editado em 1994, seria o regresso a sonoridades mais familiares e restaurou a sua posição no seio das tabelas de vendas jazz. Este disco venceria um Grammy em 1996. No final da década de 90, Metheny gravou duetos aclamados com Charlie Haden e Jim Hall.

"A Map of the World", editado em 1999, foi ilusoriamente classificado como uma mera banda sonora. Embora fosse, realmente, uma banda sonora, o trabalho era delicado, emocional e orquestral, merecendo lugar de destaque entre os seus melhores trabalhos. Seguiram-se duas edições, uma de estúdio e outra ao vivo, no formato trio, na companhia de Larry Grenadier (baixo) e Bill Stewart (bateria).

"One Quiet Night", um registo acústico a solo lançado em 2003, incluía versões de "Ferry Cross the Mersey" (de Gerry And The Pacemakers), "My Song" (de Keith Jarrett) e "Don't Know Why" (de Norah Jones). A edição seguinte, "The Way Up" (2005), incluía um tema único de 68 minutos da dupla Metheny/Mays, dividido em quatro partes.

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Como referenciar
Porto Editora – Pat Metheny na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-12 16:44:28]. Disponível em

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