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Peggy Lee
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Cantora norte-americana, Norma Deloris Egstrom nasceu a 26 de maio de 1920, no Dakota do Norte. Depois de uma infância sofrida, partiu à procura de um mundo melhor: encontrou-o em Chicago, onde se juntou a uma das melhores big bands da América, a de Benny Goodman, em 1941. Até 1943, deu à orquestra importantes êxitos, como "I Got It Bad And That Ain't Good", "Blues in The Night", "Somebody Else is Taking My Place" e "Why Don't You do Right?". A disciplina da orquestra foi importantíssima para a sua formação musical, tal como a passagem pelas big bands o tinha sido para Frank Sinatra, mas era também impeditiva do desabrochar da sua arte como líder.
Em 1943, casa com o guitarrista Dave Barbour, com quem grava ainda num ambiente muito jazz. São desta época importantes êxitos como "It's a Good Day" (1947) e "Mañana" (1948), escritos pelos dois.
Outros êxitos importantes revelavam também a sua imensa criatividade enquanto vocalista, como "Lover" (1952), um clássico gravado dezenas de vezes mas que pareceu reinventado por Lee, e "Fever" (1958), ainda hoje muito tocado, indicando uma sexualidade que se mostrava e que ao mesmo tempo era intocável, e ainda uma vulnerabilidade tocante.
Em 1955, foi nomeada para o Óscar de Melhor Atriz Secundária pelo seu papel em "Pete Kelly's Blues": assim se provava que, ao interpretar canções, ela era uma verdadeira atriz, contando histórias com cada uma delas.
A sua participação como autora e voz no filme da Disney A Dama e o Vagabundo (1953) contribuiu para o êxito perene do filme.
Nos anos 50 e 60 do século XX, nas editoras Decca e Capitol, Peggy Lee gravou álbuns absolutamente fabulosos. Nos anos 70, sofreu, tal como tantos outros (Sinatra incluído), a desorientação resultante do desaparecimento, quase por completo, do seu público: os seus álbuns ligados ao pop-rock são os menos recomendáveis duma carreira de mais de 50 anos.
É de Peggy Lee a letra e a voz do tema de uns dos mais míticos filmes da história do cinema: Johnny Guitar, de Nicholas Ray.
Mas nos anos 80, Lee voltou a gravar, optando agora pelo jazz sem compromissos, e os seus álbuns, com a sua voz fraca, são notáveis, pois revelam desde logo a qualidade que só poucos conseguem ter: o domínio total cantando baixinho, fazendo de cada inflexão uma coisa importantíssima, de cada nota uma ocasião para revelar um sentimento ou um facto. Ela soube utilizar de forma genial as possibilidades trazidas pelo microfone à arte de cantar: a intimidade, o segredo que se diz a cada ouvinte como se ele fosse único. Em cada segundo, Peggy Lee dominava o tempo e fê-lo durante mais tempo do que ninguém. Faleceu a 21 de janeiro de 2002, traída pelo coração.
Das centenas de edições discográficas da mítica cantora do jazz, destacam-se alguns álbuns. Assim, merecem uma referência Beauty and the Beat! (1959), Christmas Carousel (1960), Blue Cross Country (1961), Is That All There Is? (1969) e as compilações Capitol Collectors Series, vol. 1 : The Early Recordings (1990), The Best Of Peggy Lee (1992), The Best of Miss Peggy Lee (1998) e The Complete Recordings 1941-1947 (1999). Nestas edições podem ser encontrados temas clássicos como "Mañana (Is Soon Enough For Me)", "I'm a Woman", "Black Coffee", "How Long Has This Been Going On?", "Fever", "It's a Good Day" e "Lover", entre outros. A cantora foi laureada com um Grammy, em 1969.
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Como referenciar
Porto Editora – Peggy Lee na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-13 12:57:03]. Disponível em

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