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Penela
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Aspetos Geográficos
O concelho de Penela, do distrito de Coimbra, localiza-se na Região Centro (NUT II), no Pinhal Interior Norte (NUT III). É limitado a norte por Condeixa a Nova e Miranda do Corvo e a sul por Ansião e Figueiró dos Vinhos no distrito de Leiria, a oeste por Soure e a leste por Figueiró dos Vinhos. Localiza-se numa área de montanha do tipo xistoso, na margem esquerda da ribeira do Corvo, afluente do rio Ceira, onde coexistem nos recantos húmidos e frios das vertentes vestígios de azevinho, loureiro e carvalhos. Nas zonas mais elevadas da serra do Rabaçal e do Espinhal, os solos são mais pobres, havendo urzes, giesta e carqueja. O concelho possui paisagens naturais de destaque como a queda de água de Pedra Ferida, com cerca de 25 metros de altura na ribeira da Azenha e a da Louçainha e as grutas da Taliscas, em fase de exploração.
Possui uma área de cerca 134,8 km2, subdividida em seis freguesias: Cumeeira, Espinhal, Podentes, Rabaçal, Penela (Sta. Eufémia) e Penela (S. Miguel).
Em 2021, o concelho apresentava 5 443 habitantes.
O natural ou habitante de Penela denomina-se penelense.
 

História e Monumentos
Durante a Idade Média, as terras do concelho funcionaram como uma praça de guerra e como guarda avançada de Coimbra, na Reconquista Cristã.
Em 1137 recebeu o primeiro foral atribuído por D. Afonso Henriques. Em junho de 1514 foi passada uma nova carta de foral por D. Manuel I.
Durante a crise de 1383/85, Penela participou na defesa do Mestre de Avis, dado que o Senhor de Penela, na altura D. João Afonso, tomou o partido de Castela e um grupo de populares fez-lhe uma emboscada à saída do castelo, assassinando-o. Por este facto, Penela passou a integrar as hostes do Mestre e os procuradores de Penela estiveram presentes nas cortes de Coimbra, quando o Mestre de Avis foi coroado Rei de Portugal.
A nível do património arquitetónico, merecem destaque os castelos de Germanelo e Penela, a vila romana do Rabaçal, o Convento de Sto. António, os pelourinhos de Penela e Podentes e as igrejas de São Miguel, Sta. Eufémia e Penela. As aldeias típicas de Malhada Velha, Podentes e Ferraria de S. João fazem também parte do património do concelho.
 

Brasão do concelho de Penela
Vista de Penela
Queijo do Rabaçal, de pasta untuosa amarelo-palha
Castelo de Penela
Tradições, Lendas e Curiosidades
O feriado municipal é a 29 de setembro, data em que se realiza a feira de São Miguel ou das Nozes. Outras das feiras realizadas no concelho são a feira mensal do Espinhal (feira do gado), às terças e quintas-feiras de cada mês; a feira do queijo do Rabaçal, no mês de maio em cada seis anos (forma rotativa, nos concelhos de Região Demarcada); a feira medieval em Penela, no mês de maio; a feira anual do mel, em Espinhal, no primeiro fim de semana de setembro. Para além destas feiras, existem também os mercados semanais, do Espinhal ao domingo e de Penela à quinta-feira.
São de destacar também as seguintes festas: a de N. Sra. de Nazaré, realizada a 15 de agosto, de dois em dois anos; a de Sta. Maria da Madalena, também a 15 de agosto, e a de N. Sra. da Piedade, no segundo domingo de setembro.
Como curiosidade, de referir que a feira de São Miguel, realizada a 29 de setembro, foi criada por ordem de D. Duarte, em 1433, e é conhecida no país inteiro, pelo que recebe muitos visitantes.
 

Economia
Penela é um concelho de carácter rural, pelo que este setor ocupa ainda uma grande parte da população ativa. As principais culturas são o trigo, batata e o olival. O leite é aromatizado pela erva de Santa Maria, que nasce na primavera e é responsável pelo conhecido queijo do Rabaçal. O facto de este concelho ser eminentemente rural tem repercussões no seu desenvolvimento e também no próprio modo de vida, sendo o sexo feminino na sua maioria inativo a nível profissional.
O setor industrial não tem ainda um desenvolvimento competitivo. O setor terciário tem vindo a desenvolver-se, principalmente no que se refere às infraestruturas de apoio ao turismo rural, ao artesanato e de proteção ao ambiente.

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Como referenciar
Porto Editora – Penela na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-17 14:39:40]. Disponível em