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Peter Weir
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Realizador australiano, Peter Lindsay Weir nasceu a 21 de agosto de 1944, em Sydney, na Austrália. Depois de ter estudado Artes por um curto período de tempo, licenciou-se em Direito pela Universidade de Sydney em 1967. Após uma longa viagem pela Europa, toma a decisão de abandonar a advocacia e ir trabalhar em televisão como operador de câmara e assistente de montagem. Trabalhou como realizador em alguns documentários televisivos, tendo depois colaborado num filme por segmentos intitulado Three to Go (1971), que marcou a sua estreia cinematográfica.

O seu primeiro filme distribuído internacionalmente foi The Cars That Ate Paris (1974), um filme de terror de baixo orçamento sobre uma pequena cidade australiana que assegura a sua subsistência provocando deliberadamente acidentes de viação, vendendo as peças dos automóveis acidentados. O filme teve um êxito inesperado, tal como o seu filme seguinte: Picnic at Hanging Rock (Piquenique em Hanging Rock, 1975), uma história mística baseada num facto verídico sobre um grupo de três raparigas colegiais e respetivo professor que desaparecem em território ermo.

O filme tornou Weir um dos realizadores mais credenciados da Austrália e desde logo surgiram convites para enveredar por uma carreira internacional. No seu filme seguinte, The Last Wave (A Última Vaga, 1977), retratou a cultura ancestral aborígene.

Posteriormente, filmou Gallipoli (1981), a história de dois soldados australianos idealistas (interpretados por Mel Gibson e Mark Lee) que entram para o exército durante a Primeira Grande Guerra e são obrigados a demonstrar a sua coragem numa batalha na Turquia.

O seu último filme em território australiano foi The Year of Living Dangerously (O Ano de Todos os Perigos, 1983), um policial político sobre o golpe de Estado indonésio que conduziu à deposição de Sukarno em 1965 e que foi protagonizado por Mel Gibson e Sigourney Weaver.

Convidado a exercer a sua profissão em Hollywood, iniciou a sua fase americana com The Witness (A Testemunha, 1985) cuja ação gira em torno de um detetive (Harrison Ford) que é chamado a investigar um crime ocorrido no seio de uma comunidade rural amish. Este filme valeu a Weir uma nomeação para o Óscar de Melhor Realizador e os elogios da crítica.

O realizador voltou a trabalhar com Ford em Mosquito Coast (A Costa do Mosquito, 1986), um drama sobre um inventor idealista que resolve abandonar os EUA com a família e instalar-se numa selva da Nicarágua, onde funda uma fábrica de gelo.

Seguiu-se o seu grande êxito de bilheteira: Dead Poets Society (O Clube dos Poetas Mortos, 1989) um melodrama onde Robin Williams tem um excelente trabalho interpretativo como um professor de Literatura Inglesa num colégio bastante conservador que desenvolve métodos de ensino revolucionários, tornando-se bastante querido pelos alunos e ostracizado pelos superiores. O filme depressa granjeou aura de obra de culto e conferiu a Weir nova nomeação para Óscar. Repetiu-a (desta vez na categoria de Melhor Argumento Original) pela comédia Green Card (Casamento Por Conveniência, 1990) que marcou a estreia do ator francês Gérard Depardieu em filmes americanos.

O seu filme The Truman Show (A Vida em Directo), realizado em 1998, constituiu uma acérrima sátira aos reality shows e valeu-lhe novas nomeações para os Óscares, nomeadamente, as de Melhor Ator Secundário, Melhor Realizador e Melhor Argumento Original.

Em 2003, Peter Weir realiza Master and Commander: The Far Side of the World (Master & Commander: O Lado Longínquo do Mundo), uma aventura passada no tempo das invasões napoleónicas, na qual Russell Crowe assume o papel de Jack Aubrey, capitão da Marinha Inglesa. Nomeado para várias categorias, acabou, na cerimónia de entrega ocorrida em 2004, por arrecadar os Óscares para Melhor Direção de Fotografia e Melhor Montagem de Som.

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Como referenciar
Porto Editora – Peter Weir na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-18 02:25:45]. Disponível em
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