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Portugal Futurista
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A edição, em novembro de 1917, da revista Portugal Futurista, apreendida após o lançamento do seu número inaugural, dá a conhecer o futurismo estrangeiro, com transcrição de textos de Apollinaire, Blaise Cendrars e Marinetti; inclui uma homenagem a Santa-Rita Pintor, na qualidade de introdutor do movimento futurista em Portugal, reproduzindo os quadros Abstração Congénita Intuitiva (Matéria Força), Orfeu nos Infernos, Perspetiva Dinâmica de um Quadro ao Acordar e Cabeça = Linha Força. Complementarismo Orgânico.

Ainda no âmbito das artes plásticas, Portugal Futurista reproduz os quadros de Amadeo de Souza-Cardoso Farol e Cabeça Negra. Aí são também publicados o Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX de Almada-Negreiros e o Ultimatum de Álvaro de Campos; os textos simultanéistas de Almada, Mima Fatáxa e Saltimbancos, os poemas de Fernando Pessoa, Episódios e Ficções de Interlúdio, e Três Poemas, de Mário de Sá-Carneiro. Embora filiados em manifestações de vanguarda, nem todos estes textos e expressões artísticas se integram numa prática futurista estrita. Próximos da intenção de "manifesto futurista", nos dois "ultimatum" - o de Almada declarado às gerações portuguesas decadentes e passivas e o de Campos declarado a uma Europa onde "Homens, nações, intuitos, está tudo nullo! -, um eu "cantor-vidente do Futuro" proclama com arrogância, com agressividade e com cinismo a falência e morte de tudo o que existe e a necessidade de criar uma nova Humanidade.

Capa da revista "Portugal Futurista", editada em 1917
Almada-Negreiros, no n.º 1 da revista "Portugal Futurista"
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Como referenciar
Porto Editora – Portugal Futurista na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-19 15:44:12]. Disponível em

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