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pronome
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Do latim pro nomen, que aponta para o valor da relação entre esta categoria gramatical e o nome, o pronome é uma classe gramatical que substitui o nome, por desempenhar na oração funções sintáticas equivalentes às realizadas pelos sintagmas nominais:

O João comprou o jornal. (função sintática de Sujeito)
Ele comprou o jornal. (função sintática de Sujeito)

Os amigos viram o filme. (função sintática de Objeto Direto)
Os amigos viram-no. (função sintática de Objeto Direto)

Constituem uma lista fechada e algumas subclasses de pronomes são flexionáveis (em género e número, como os pronomes indefinidos; em pessoa, número e caso, como os pronomes pessoais). Os pronomes não nomeiam, mas estabelecem a "deixis", ou seja, são marcadores de referência a entidades do texto ou extra-textuais, indicando a situação, mostrando e localizando os nomes. Os pronomes são entidades anafóricas, na medida em que recuperam por substituição outras entidades já nomeadas no texto, funcionando assim como elementos de coesão. Os pronomes assemelham-se aos determinantes no seu comportamento semântico e até morfológico (no que respeita à propriedade da flexão que partilham), visto que a sua tipologia está estabelecida segundo valores de significado.

PRONOMES PESSOAIS

Os pronomes pessoais variam em pessoa (1.ª, 2.ª, 3.ª), número (singular e plural) e caso (por exemplo: Sujeito, Complemento Direto), ou seja, apresentam uma forma diferente segundo a função sintática que realizam. Chamam-se formas retas às formas que realizam a função sintática de sujeito - eu, tu, ele/a, nós, vós, eles/as - e formas oblíquas às formas que realizam outras funções sintáticas - Complemento Direto: me, te, se/o/a, nos, vos, se/os/as; Complemento Indireto: sem preposição - me, te, lhe, nos, vos, lhes - e antecedido de preposição - mim, ti, si/ele/ela, nós, vós, si/eles/elas; Complemento Circunstancial: mim/migo (com+migo), ti/tigo (com+tigo), si/sigo (com+sigo)/ele/ela, nós/nosco (com+nosco), vós/vosco (com+vosco), si/sigo (com+sigo)/eles/elas.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Os pronomes demonstrativos estão muito relacionados com os pronomes pessoais, na medida em que refletem a proximidade ou afastamento a que um objeto se encontra em relação às três pessoas gramaticais ("este" está próximo de "eu"; "esse" está próximo de "tu"; "aquele" só se utiliza na proximidade espacial de uma 3.ª pessoa). Os demonstrativos podem ser reforçados pelos advérbios de lugar (aqui, aí, ali) com os quais estabelecem uma correlação espacial.
Tal como os pessoais, variam em género e número: este(s)/esta(s); esse(s)/essa(s); aquele(s)/aquela(s); o(s) mesmo(s)/a(s) mesma(s); o(s) outro(s)/a(s) outra(s); o(s)/a(s); tal/tais. Existem também as formas invariáveis: isto, isso, aquilo.

PRONOMES POSSESSIVOS

Os pronomes possessivos também se relacionam com os pronomes pessoais, mas na medida em que indicam o que pertence a cada pessoa gramatical (por exemplo, "meu" indica a pertença à 1.ª pessoa singular, "nosso" à 1.ª pessoa plural).
Também variam em género e número: meu(s)/minha(s), teu(s)/tua(s), seu(s)/sua(s) - para um possuidor; nosso(s)/nossa(s), vosso(s)/vossa(s), seu(s)/sua(s) - para vários possuidores.

PRONOMES INTERROGATIVOS

Pronome que identifica a entidade interrogada nas frases interrogativas parciais. Existem formas variáveis em género e número - quanto(s)/quanta(s) -; variáveis em número - qual/quais - e invariáveis - que, o quê, o que, quem, como, porquê, porque. .

PRONOMES INDEFINIDOS

Pronome que exprime um valor referencial não definido e não específico em relação ao nome que substitui. Existem os variáveis e os invariáveis. Os variáveis são: em género e número - algum/alguns/alguma(s), nenhum/nenhuns/nenhuma(s), todo(s)/toda(s), muito(s)/muita(s), pouco(s)/pouca(s), tanto(s)/tanta(s), outro(s)/outra(s), quanto(s)/quanta(s); só em número - qualquer/quaisquer; em género mas só no plural - vários/várias. Os invariáveis são: alguém/ninguém/tudo/outrem/nada/cada/algo.

PRONOMES RELATIVOS

Os pronomes relativos referem-se a um nome (ou sintagma nominal) anterior que substituem. Os pronomes relativos assumem funções sintáticas à semelhança dos grupos nominais e introduzem frases subordinadas adjetivas relativas com antecedente ou em frases subordinadas substantivas relativas sem antecedente. Existem contudo, casos em que o pronome relativo não possui antecedente (ex: quem tudo quer, tudo perde).
Existem as formas variáveis em género e número - cujo(s)/cuja(s); quanto(s)/quanta(s); o qual/os quais/a qual/as quais - e as invariáveis - que/quem/onde.

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Como referenciar
Porto Editora – pronome na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 13:23:41]. Disponível em

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