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queijos portugueses
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Portugal é um país produtor de queijos de excelência, tanto de vaca como de ovelha ou cabra ou até de mistura, uma consequência de ter o território pejado de bons pastos.
Para proteger a qualidade dos tradicionais queijos portugueses foram criadas as Denominações de Origem Protegida e uma Indicação Geográfica.
O queijo de Cabra Transmontano é curado e extraduro. É produzido em Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Valpaços e Murça.
Queijo do Rabaçal, de pasta untuosa amarelo-palha
Queijo da Beira Baixa, de pasta semidura e picante
Queijo de Nisa, de pasta semidura branco-amarelada
Queijo da Serra, de pasta semimole amanteigada
Queijo de Serpa, de pasta semimole amarelo-palha
Queijo de Azeitão, de pasta semimole amanteigada
O queijo Terrincho tem origem no leite de ovelha churra da terra quente, conhecida por Terrincha, existente na região do Douro. É um queijo de cura natural e tem forma de prato, com crosta lisa e de cor amarelo-palha. A pasta é untuosa e pode ser deformável. Tem um sabor suave.
O queijo Serra da Estrela, feito com leite de ovelha, é um dos mais famosos de Portugal e também é conhecido por todo o mundo. É produzido nos concelhos de Nelas, Mangualde, Celorico da Beira, Tondela, Gouveia, Penalva, Fornos de Algodres e Carregal do Sal, principalmente entre novembro e março.
Este queijo de sabor suave e cheiro intenso tem um período de maturação no mínimo de trinta dias. Trata-se de um queijo curado com pasta branca ou amarelada semimole, amanteigada, obtida de leite cru. Tem forma de cilindro e uma crosta maleável, lisa e fina, amarelo-palha.
O queijo de Castelo Branco, de leite de ovelha, é curado e de pasta semidura, amarelada. É confecionado após esgotamento lento da coalhada. O queijo tem a forma de um prato e uma crosta amarela, enquanto a textura da pasta é fechada: tem um sabor acentuado, que pode até ser picante se a cura tiver sido prolongada. O tempo habitual de cura é de 40 dias. É fabricado nos concelhos de Idanha-a-Nova, Castelo Branco e Fundão.
O queijo do Rabaçal, produzido na região que vai da Serra de Ansião a Pombal, Soure, Penela e Condeixa-a-Nova, é feito à base de leite de ovelha ou de cabra, ou até da sua mistura. O queijo do Rabaçal, que é amarelo-palha, tem forma de prato e uma crosta lisa. A pasta é algo untuosa e deformável. Pode ser consumido semifresco, meio curado ou completamente curado e tem um sabor suave.
O queijo de Azeitão, produzido em Palmela, Sesimbra e Setúbal, terá nascido no século XIX, quando um criador de ovelhas local levou a Azeitão um pastor das Beiras para que este confecionasse um queijo tipo Serra a partir da sua produção de leite. Foi criado um queijo de ovelha diferente mas saboroso, que depressa se tornou conhecido. Trata-se de um queijo curado de pasta semimole amanteigada, que tanto pode ser branca como amarelada. O modo tradicional de elaboração do queijo de Azeitão indica que o leite é coalhado em potes de barro.
O queijo de Serpa é o mais famoso entre os alentejanos, caracterizando-se por um forte aroma e pelo seu sabor picante. Trata-se de um queijo de leite de ovelha curado, de pasta semimole. É revestido por uma cobertura fina e ligeiramente rugosa, amarelo-palha. A pasta é unida e cremosa, muita macia, e ao cortar pode verter, por estar quase liquida. O queijo de Serpa é mantido durante um mês nas queijarias em ambiente fresco e húmido antes de ser comercializado.
O queijo de Évora, de dimensões reduzidas, tornou-se popular graças ao sabor ligeiramente picante e ácido que apresenta. É amarelado mas vai escurecendo em contacto com o ar. Trata-se de um queijo curado que tanto pode ser duro como semiduro, ambos com uma crosta lisa ou algo rugosa. A pasta interior é amarela e macia, bem consistente. O queijo, antes de ser comercializado, é acondicionado em ambiente húmido durante um mês, no caso da pasta semi-dura, ou três meses, na pasta dura.
O queijo de Nisa, que é curado de forma artesanal, é composto por uma pasta semidura branca amarelada e tem uma crosta maleável que, com o tempo, vai endurecendo. Tem um aroma bastante forte e é ligeiramente ácido de sabor.
Nos Açores há a destacar essencialmente dois queijos, o do Pico e o de São Jorge. O do Pico é produzido a partir de leite de vaca cru e tem a forma de prato e uma crosta amarela. A pasta, entre o branco e o amarelado, é irregular, pouco compacta e muito untuosa, sendo ainda mole e pastosa. Tem um aroma intenso e um sabor ativo salgado. A cura do queijo do Pico dura quatro semanas.
O queijo de São Jorge, também elaborado com leite de vaca cru, tem uma massa consistente e é amarelo-palha. Tem a forma de cilindro de grandes dimensões já que pode pesar entre cinco a sete quilos. A crosta, amarelada escura por vezes manchada de castanho, é dura e lisa. A cura do queijo de São Jorge, que tem um aroma forte e um sabor ligeiramente picante, vai de um a três meses.
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Como referenciar
Porto Editora – queijos portugueses na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 04:29:48]. Disponível em
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