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Quentin Tarantino
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Realizador e argumentista norte-americano, Quentin Jerome Tarantino ganhou estatuto de cineasta de culto pelo caráter inventivo e provocatório dos seus filmes, marcados por personagens carismáticas, diálogos incisivos, uso inescrupuloso da violência e frequentes referências à história do cinema e da cultura pop.
Nascido em Knoxville, Tennessee, a 27 de março de 1963, Tarantino mudou-se para a Califórnia ainda na infância, tendo desde cedo desenvolvido uma paixão pela sétima arte. Aos 17 anos empregou-se num videoclube e fez figuração em alguns filmes até conseguir obter o dinheiro necessário para o seu primeiro filme: Reservoir Dogs (Cães Danados, 1992). Rodado com um orçamento baixo, o filme foi protagonizado por Harvey Keitel (que também assumiu a produção), Tim Roth e Steve Buscemi e conta a violenta história de um assalto falhado a uma joalharia. 
Tarantino assinou depois a autoria dos guiões de True Romance (Amor à Queima-Roupa, 1993), realizado por Tony Scott e de Natural Born Killers (Assassinos Natos, 1994). Durante as rodagens deste filme, Tarantino manteve uma acesa disputa com o realizador, Oliver Stone, acusando-o de retalhar o argumento original do filme, desvirtuando assim o carácter das personagens. 
A sua afirmação plena chegou com o segundo filme: Pulp Fiction (1994). Êxito de bilheteiras, o filme utiliza uma original estrutura narrativa para apresentar um conjunto de histórias do mundo do crime que acabam por se relacionar. O elenco repleto de nomes famosos (como John Travolta, Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Harvey Keitel, Uma Thurman, Maria de Medeiros ou Christopher Walken) ajudou ao sucesso mundial da fita, que culminaria com a obtenção da Palma de Ouro no Festival de Cannes. 
Seguiu-se Jackie Brown (1997), um policial sobre uma hospedeira de bordo que se envolve em atividades criminosas, em que Tarantino contou com um elenco de luxo composto por nomes como Pam Grier, Robert De Niro, Bridget Fonda, Samuel L. Jackson ou Michael Keaton.
Seis anos mais tarde, em 2003, Tarantino reaparece com Kill Bill, uma obra em que presta homenagem aos westerns e filmes de artes marciais da sua infância. A história conta-nos, em jeito épico, a luta desmedida de uma assassina de elite, interpretada por Uma Thurman, que após acordar de um coma de cinco anos, procura vingar-se do seu ex-patrão. Dividido em duas partes (a segunda parte estrearia em 2004) por sugestão dos estúdios de filmagem e com inúmeras referências ao cinema oriental, este filme conta ainda com a participação de Daryl Hannah, David Carradine e Lucy Liu, entre muitos outros.
O projeto seguinte, Death Proof (À Prova de Morte, 2007), foi concebido originalmente como o primeiro episódio de Grindhouse, num modelo de homenagem às sessões duplas que os grandes estúdios de Hollywood tornaram comuns nas décadas de 1930 e 1940 (sendo o segundo episódio o filme Planet Horror, de Robert Rodriguez).
Os três filmes seguintes de Tarantino abriram um capítulo novo na obra do realizador, marcado essencialmente por uma abordagem irreverente à história: Inglorious Basterds (Sacanas Sem Lei, 2009), centra-se numa unidade militar de judeus norte-americanos que tem por missão matar nazis em França, durante a Segunda Guerra Mundial; Django Unchained (Django Libertado, 2012) sobre a vingança de um antigo escravo no Sul dos EUA; e The Hateful Eight (Os Oito Odiados, 2015), um western passado poucos anos após a Guerra da Secessão.
A longa-metragem seguinte, Once upon a Time… in Hollywood (Era uma vez… em Hollywood, 2019), é um testemunho do fascínio do realizador pela história do cinema: uma comédia dramática situada em Los Angeles, em 1969, que se foca na relação entre um ator decadente (interpretado por Leonardo DiCaprio) e o seu duplo (Brad Pitt).
 

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Como referenciar
Porto Editora – Quentin Tarantino na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-19 16:12:38]. Disponível em
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