Ramalho Eanes Palavra que conta

Fátima Campos Ferreira

O Osso de Prata

Andrei Kurkov

Os trinta nomes de Deus

Bruno Paixão

hilaridade ou hilariedade?

ver mais

à última hora ou à última da hora?

ver mais

tiles ou tis?

ver mais

à parte ou aparte?

ver mais

gratuito ou gratuíto?

ver mais

2 min

Rachel Whiteread
favoritos

Artista plástica inglesa, Rachel Whiteread nasceu em 1963, em Londres. Estudou pintura na Brighton Polytechnic (1982-85) e escultura na Slade School of Art, University College, em Londres (1985-87). Teve a sua primeira exposição individual em 1988. Em 1992-1993 Rachel Whiteread trabalhou em Berlim ao abrigo do Programa de Artistas do DAAD, o que lhe permitiu desenvolver o seu trabalho em escultura. Os trabalhos que se seguiram incluíam moldes do espaço exterior de colchões ou de lajes mortuárias, o lado de baixo de mesas e cadeiras, os espaços entre as tábuas de soalho e as marcas dos livros nas estantes.
Rachel Whiteread criou um corpo de trabalho único no qual objetos domésticos vulgares e espaços arquitetónicos são transformados em obras de arte. No final da década de 1980, Whiteread começou a fazer moldes de objetos de casa como camas, lavatórios, banheiras e guarda-roupas, enfatizando os aspetos privados da vida doméstica e refletindo o corpo humano em termos simbólicos.
Usando materiais industriais como gesso, betão, borracha e poliéster, Whiteread moldou os espaços debaixo, à volta ou no interior desses objetos, criando impressões negativas dos itens com que trabalhava. Estas formas familiares e, ao mesmo tempo, estranhas, que registavam com detalhe as formas e superfícies dos objetos originais, funcionam como uma máscara de morte, frequentemente evocando sensações de ausência e perda invocando no observador memórias e associações pessoais.
Ao longo do tempo, Whiteread expandiu a amplitude da sua produção incluindo moldes de espaços arquitetónicos de maior escala. Em 1993, criou House, um molde em betão de todo o espaço interior de uma casa burgesa da era vitoriana na zona do East End de Londres. Depois de as paredes da casa serem removidas, uma estrutura de um cinzento pálido surgiu, como se fosse o fantasma da sua forma original. Outra peça monumental de Rachel Whiteread foi o Holocaust Memorial, descerrado em outubro de 2000, na Judenplatz em Viena. Dedicada aos judeus austríacos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial, esta estrutura monolítica - um impenetrável interior de uma biblioteca - alude às queimas de livros por parte dos nazis e faz, também, uma referência simbólica não só ao Holocausto, mas também a toda a história do povo judaico.
Para o Museu Guggenheim de Berlim criou duas esculturas: dois moldes de uma casa que Whiteread adquiriu em Londres. As peças intitulam-se Untitled (Apartment) e Untitled (Basement). Este edifício é um exemplo da arquitetura que proliferou após a Segunda Guerra Mundial, enfatizando a geometria simples deste tipo de estruturas e fazendo lembrar a escala das esculturas minimalistas da década de 1960. Untitled (Apartment) incui uma série de aposentos pequenos e invulgares característicos desta arquitetura pós-guerra estandardizada. Untitled (Basement) é um molde de uma escadaria disposta de modo a criar uma sensação de movimento. Estas duas peças fazem eco do espírito transitório da cultura pós-guerra, esbatendo as diferenças entre o público e o privado, o passado e o presente, assim como o religioso e o profano, evocando os problemas estéticos e económicos daquela época.
No início da década de 1990, Whiteread adquire reputação internacional fazendo parte de um grupo de artistas estilisticamente conhecido como YBA (Young British Artists). Entre os seus contemporâneos, Whiteread distingue-se por criar uma obra que reflete um espírito calmo e contemplativo. Já foi distinguida com o Turner Prize atribuído pela Tate Gallery (1993) e um prémio na 47.a Bienal de Veneza (1997).
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Rachel Whiteread na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-08 07:00:30]. Disponível em

Ramalho Eanes Palavra que conta

Fátima Campos Ferreira

O Osso de Prata

Andrei Kurkov

Os trinta nomes de Deus

Bruno Paixão

hilaridade ou hilariedade?

ver mais

à última hora ou à última da hora?

ver mais

tiles ou tis?

ver mais

à parte ou aparte?

ver mais

gratuito ou gratuíto?

ver mais