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Rádio Macau
Em 1983, Filipe Valentim junta-se à banda formada por Xana, Alex e Flak. Após a gravação de uma maqueta, conseguem o seu primeiro contrato com a editora EMI - Valentim de Carvalho. O primeiro álbum de originais da banda surge em 1984, simplesmente intitulado Rádio Macau. A crítica foi unânime, considerando o grupo como um dos mais importantes da música moderna portuguesa. Dois anos depois, foi editado Spleen, um disco conceptual, cujo papel principal foi atribuído às letras, destacando-se no disco o texto de Pedro Malaquias (que passaria a ser colaborador regular nas letras dos Rádio Macau) para o tema «Entre a Espada e a Parede».
Depois de uma série de concertos inseridos numa digressão que passou por Espanha, Berlim e Grécia, os músicos editaram o Elevador da Glória, em 1987: um álbum repleto de canções, gravado sem grandes artifícios e onde o protagonismo foi devolvido às guitarras. Coincidência ou não, o que é certo é que foi precisamente com o Elevador da Glória que os Rádio Macau viram subir ainda mais a glória da banda, tendo sido este o álbum mais vendido do grupo.
Mantendo uma evolução constante, os Rádio Macau editaram, dois anos mais tarde, o disco O Rapaz do Trapézio Voador, onde os músicos trabalharam com meios técnicos até então nunca por eles utilizados, o que conferiu ao disco sons e ambientes inovadores. Disco Pirata surgiu em 1991 e, um ano mais tarde, foi a vez de A Marca Amarela, disco que se revela essencial para uma melhor compreensão da mudança de sonoridade praticada pela banda.
Após uma ausência de oito anos, os Rádio Macau voltam ao estúdio para gravar Onde o Tempo Faz a Curva (2000). Este afastamento prolongado do grupo não constituiu, no entanto, uma completa paragem por parte de Xana, Flak, Alex e Filipe Valentim.
Tanto Xana como Flak aproveitaram este intervalo para desenvolver projetos a solo. Ela, vocalista da banda, editou em 1994 o disco As Meninas Boas Vão Para o Céu, As Más Para Toda a Parte, ao qual sucedeu, quatro anos depois, o seu Manual de Sobrevivência. Entretanto, aproveitou para se dedicar mais a sério ao curso de Filosofia que então frequentava. Ele, o guitarrista do grupo, desenvolveu o projeto A Máquina do Almoço dá Pancadas, tendo também editado o álbum Flak, em 1998, disco ao qual também deu a voz.
O regresso desta banda de referência da música portuguesa aconteceu com Acordar (2003). Para esta gravação, a Flak (guirarras e produção), Xana (voz e guitarra), Alex (baixo) e Luís Valentim (teclas), membros dos Rádio Macau, juntaram-se Ana Deus (Três Tristes Tigres), Samuel Palitos (ex- Censurados, Sitiados e Lulublind) e Helke Norbakken (percussionista norueguês). A fasquia da inovação tinha sido consideravelmente elevada em Onde O Tempo Faz A Curva, mas os Rádio Macau não tiveram medo de continuar a arriscar, no limiar dos 20 anos de carreira (2004). O disco deixava transparecer fortes sensações, de sonoridade orgânica, conferindo-lhe a possibilidade de ser um dos melhores do ano na música portuguesa.
Depois de uma série de concertos inseridos numa digressão que passou por Espanha, Berlim e Grécia, os músicos editaram o Elevador da Glória, em 1987: um álbum repleto de canções, gravado sem grandes artifícios e onde o protagonismo foi devolvido às guitarras. Coincidência ou não, o que é certo é que foi precisamente com o Elevador da Glória que os Rádio Macau viram subir ainda mais a glória da banda, tendo sido este o álbum mais vendido do grupo.
Mantendo uma evolução constante, os Rádio Macau editaram, dois anos mais tarde, o disco O Rapaz do Trapézio Voador, onde os músicos trabalharam com meios técnicos até então nunca por eles utilizados, o que conferiu ao disco sons e ambientes inovadores. Disco Pirata surgiu em 1991 e, um ano mais tarde, foi a vez de A Marca Amarela, disco que se revela essencial para uma melhor compreensão da mudança de sonoridade praticada pela banda.
Após uma ausência de oito anos, os Rádio Macau voltam ao estúdio para gravar Onde o Tempo Faz a Curva (2000). Este afastamento prolongado do grupo não constituiu, no entanto, uma completa paragem por parte de Xana, Flak, Alex e Filipe Valentim.
Tanto Xana como Flak aproveitaram este intervalo para desenvolver projetos a solo. Ela, vocalista da banda, editou em 1994 o disco As Meninas Boas Vão Para o Céu, As Más Para Toda a Parte, ao qual sucedeu, quatro anos depois, o seu Manual de Sobrevivência. Entretanto, aproveitou para se dedicar mais a sério ao curso de Filosofia que então frequentava. Ele, o guitarrista do grupo, desenvolveu o projeto A Máquina do Almoço dá Pancadas, tendo também editado o álbum Flak, em 1998, disco ao qual também deu a voz.
O regresso desta banda de referência da música portuguesa aconteceu com Acordar (2003). Para esta gravação, a Flak (guirarras e produção), Xana (voz e guitarra), Alex (baixo) e Luís Valentim (teclas), membros dos Rádio Macau, juntaram-se Ana Deus (Três Tristes Tigres), Samuel Palitos (ex- Censurados, Sitiados e Lulublind) e Helke Norbakken (percussionista norueguês). A fasquia da inovação tinha sido consideravelmente elevada em Onde O Tempo Faz A Curva, mas os Rádio Macau não tiveram medo de continuar a arriscar, no limiar dos 20 anos de carreira (2004). O disco deixava transparecer fortes sensações, de sonoridade orgânica, conferindo-lhe a possibilidade de ser um dos melhores do ano na música portuguesa.
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Como referenciar
Porto Editora – Rádio Macau na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-10 15:47:35]. Disponível em
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