Rafael Moneo
Arquiteto espanhol, José Rafael Moneo Vallés nasceu em 1937, em Tudela, Província de Navarra. Diplomado em Madrid em 1961, trabalhou com os arquitetos Francisco Javier Sáenz de Oíza, de quem se considera discípulo (1958-1961), e Jorn Urtzon (1961-1962). Recebeu uma bolsa da Academia de Espanha, em Roma (1963-1965). Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lovaina, Bélgica (1993) e pela Real Escola Superior de Tecnologia de Estocolmo (1997).
A sua atividade docente reveste-se de enorme importância, bem como a sua faceta de crítico e teórico, apesar de refletir e publicar quase só em artigos de revistas da especialidade.
Lecionou Projeto e Teoria do Projeto em Madrid, entre 1966-1970 e 1980-1985, em Barcelona (1971-1980), na Cooper Union de Nova Iorque (1976-1977) e nas escolas de Arquitetura de Lausanne, Princeton e Harvard. Nesta última mantém a atividade docente como professor de Arquitetura, tendo aí sido reitor entre 1985-1990.
Membro e fundador da revista Arquiteturas Bis, Barcelona, tem a sua obra exposta nos mais considerados museus e academias de Arte.
Recebeu as medalhas de ouro do Governo espanhol (1992), da Academia de Arquitetura de França e da UIA, ambas em 1996; o Prémio Feltrinelli, em Itália; o Prémio A. W. Brunner da American Academy of Art and Letters (1993); o Prémio Pritzker de Arquitetura (1996), o mais importante galardão pelo conjunto da obra de arquitetura; e o Prémio Manuel de La Dehesa 2001, pela sua obra do Kursaal, em San Sebastián.
De entre a sua vasta obra, destaque para: a Fábrica Dieste, ZSaragoça (1965-1967); o edifício Bakinter (com Ramón Bescós), Madrid (1973-1976); o Museu Nacional de Arte Romana, Mérida (1980-1986); o aeroporto de Sevilha (1987-1992); a ampliação da estação de comboios Atocha, Madrid (1985-1992); Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid (1989-1992); Fundação Miró, Palma de Maiorca (1987-1992); edifício L'Illa Diagonal (com o arquiteto Manuel de Solà-Morales), Barcelona (1986-1994); auditório de Barcelona (1990-1999); a nova Câmara Municipal de Murcia (1995-1999); e o já referido Kursaal de San Sebastián, complexo cultural (1995-1999). Para além deste rol de equipamentos e instituições de grande envergadura, Moneo realizou ainda outras semelhantes a nível internacional: Museu de Arte Moderna e Arquitetura de Estocolmo (1991-1997); Museu de Belas-Artes, Houston (1992-) ; e a Nova Catedral de Los Angeles (1996-).
Com uma formação moderna dentro da especificidade da arquitetura espanhola (racionalista e contextualista), o conjunto da sua obra emerge com um surpreendente fulgor, atualidade e versatilidade, heterogénea mas com uma subjacente unidade. Teoricamente informado, múltiplas referências e conceitos encontram-se diluídos no carácter de cada projeto e na multiplicidade de leituras e ensinamentos que possibilita, por vezes difíceis de esquematizar, e que por sua vez têm vindo a constituir novas referências e modelos. Aliás, a condição intelectual do projeto, bem como uma abordagem lúcida e despreconceituada em relação ao papel da construção, e a sensível apreensão do carácter do lugar, ou contexto, constituem as premissas essenciais do seu método. Cada uma das suas obras revela a sua coerência intrínseca ao poder ser definida por um conceito, um material, em suma, uma ideia, que com grande à-vontade pode oscilar entre a densidade da tradição e o minimalismo da abstração.
Tectónico por excelência, a opção de material (vidro, tijolo maciço, betão, mármore...) nas suas obras é fundamental, podendo representar o próprio projeto. A forma e o espaço advêm da resolução de problemas específicos, bem como da análise do contexto físico, histórico e estético, integrados na obra pela reflexão, potenciada pelo tempo (como este se tratasse de um elemento de construção). Contexto, conceito, material e forma são os valores com que trabalha, revelando um equilíbrio sublime entre as questões de pendor técnico e as conceptuais.
A abordagem da relação interior/exterior e da luz, individualizam ainda a sua obra. Distinguindo claramente interior de exterior, os elementos de transição entre as duas realidades adquirem particular ênfase e caracterização, quer se trate de alpendres, pórticos ou das próprias aberturas de cada edifício. Em relação à luz, sobretudo nos diversos modos de a captar e difundir no interior, tem-se revelado um dos arquitetos mais experimentalistas e arrojados nesta questão.
Por fim, o Kursaal pode ser entendido como um corolário de toda a reflexão e produção arquitetónica da década de 90, acerca da fachada e da sua dupla identidade, da pele ou membrana, dos volumes cálidos e das transparências, do entendimento do lugar (mais abstrato e menos determinístico formalmente), do papel da imagem e densidade de conteúdos que ela pode encerrar.
A sua atividade docente reveste-se de enorme importância, bem como a sua faceta de crítico e teórico, apesar de refletir e publicar quase só em artigos de revistas da especialidade.
Lecionou Projeto e Teoria do Projeto em Madrid, entre 1966-1970 e 1980-1985, em Barcelona (1971-1980), na Cooper Union de Nova Iorque (1976-1977) e nas escolas de Arquitetura de Lausanne, Princeton e Harvard. Nesta última mantém a atividade docente como professor de Arquitetura, tendo aí sido reitor entre 1985-1990.
Membro e fundador da revista Arquiteturas Bis, Barcelona, tem a sua obra exposta nos mais considerados museus e academias de Arte.
Recebeu as medalhas de ouro do Governo espanhol (1992), da Academia de Arquitetura de França e da UIA, ambas em 1996; o Prémio Feltrinelli, em Itália; o Prémio A. W. Brunner da American Academy of Art and Letters (1993); o Prémio Pritzker de Arquitetura (1996), o mais importante galardão pelo conjunto da obra de arquitetura; e o Prémio Manuel de La Dehesa 2001, pela sua obra do Kursaal, em San Sebastián.
De entre a sua vasta obra, destaque para: a Fábrica Dieste, ZSaragoça (1965-1967); o edifício Bakinter (com Ramón Bescós), Madrid (1973-1976); o Museu Nacional de Arte Romana, Mérida (1980-1986); o aeroporto de Sevilha (1987-1992); a ampliação da estação de comboios Atocha, Madrid (1985-1992); Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid (1989-1992); Fundação Miró, Palma de Maiorca (1987-1992); edifício L'Illa Diagonal (com o arquiteto Manuel de Solà-Morales), Barcelona (1986-1994); auditório de Barcelona (1990-1999); a nova Câmara Municipal de Murcia (1995-1999); e o já referido Kursaal de San Sebastián, complexo cultural (1995-1999). Para além deste rol de equipamentos e instituições de grande envergadura, Moneo realizou ainda outras semelhantes a nível internacional: Museu de Arte Moderna e Arquitetura de Estocolmo (1991-1997); Museu de Belas-Artes, Houston (1992-) ; e a Nova Catedral de Los Angeles (1996-).
Com uma formação moderna dentro da especificidade da arquitetura espanhola (racionalista e contextualista), o conjunto da sua obra emerge com um surpreendente fulgor, atualidade e versatilidade, heterogénea mas com uma subjacente unidade. Teoricamente informado, múltiplas referências e conceitos encontram-se diluídos no carácter de cada projeto e na multiplicidade de leituras e ensinamentos que possibilita, por vezes difíceis de esquematizar, e que por sua vez têm vindo a constituir novas referências e modelos. Aliás, a condição intelectual do projeto, bem como uma abordagem lúcida e despreconceituada em relação ao papel da construção, e a sensível apreensão do carácter do lugar, ou contexto, constituem as premissas essenciais do seu método. Cada uma das suas obras revela a sua coerência intrínseca ao poder ser definida por um conceito, um material, em suma, uma ideia, que com grande à-vontade pode oscilar entre a densidade da tradição e o minimalismo da abstração.
Tectónico por excelência, a opção de material (vidro, tijolo maciço, betão, mármore...) nas suas obras é fundamental, podendo representar o próprio projeto. A forma e o espaço advêm da resolução de problemas específicos, bem como da análise do contexto físico, histórico e estético, integrados na obra pela reflexão, potenciada pelo tempo (como este se tratasse de um elemento de construção). Contexto, conceito, material e forma são os valores com que trabalha, revelando um equilíbrio sublime entre as questões de pendor técnico e as conceptuais.
A abordagem da relação interior/exterior e da luz, individualizam ainda a sua obra. Distinguindo claramente interior de exterior, os elementos de transição entre as duas realidades adquirem particular ênfase e caracterização, quer se trate de alpendres, pórticos ou das próprias aberturas de cada edifício. Em relação à luz, sobretudo nos diversos modos de a captar e difundir no interior, tem-se revelado um dos arquitetos mais experimentalistas e arrojados nesta questão.
Por fim, o Kursaal pode ser entendido como um corolário de toda a reflexão e produção arquitetónica da década de 90, acerca da fachada e da sua dupla identidade, da pele ou membrana, dos volumes cálidos e das transparências, do entendimento do lugar (mais abstrato e menos determinístico formalmente), do papel da imagem e densidade de conteúdos que ela pode encerrar.
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Como referenciar
Porto Editora – Rafael Moneo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-26 03:15:57]. Disponível em
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