2 min
Raymond Aron
Sociólogo, filósofo e influente comentador político francês, Raymond Aron nasceu em 1905, em Paris, na França, e veio a falecer em 1983, na mesma cidade. Este sociólogo francês com ligações à filosofia também atraiu a atenção enquanto comentador político. Foi leitor da Universidade de Colónia aquando da sua passagem pela Alemanha durante a juventude. Foi ainda professor de sociologia e de ciência política nos prestigiados École Nationale d'Administration (Escola Nacional de Administração) (1945), Instituto de Estudos Políticos de Paris, Sorbonne (1955), Collège de France (Colégio de França) (1970) e foi diretor de estudos da École Pratique des Hautes Études (Escola Prática de Altos Estudos) (1960).
Produziu obras importantes sobre estudos estratégicos e o seu contributo para as teorias sociológicas inclui o livro As Etapas do Pensamento Sociológico (1965). Escreveu também vários livros sobre as modernas sociedades industriais.
Mais próximo de Weber e de Tocqueville (autor que "reabilitou", ao dar renovada importância à sua obra) do que de Durkheim ou Marx, sublinhou a importância da dimensão política na vida social e elogiou o pluralismo.
Os seus interesses e o conteúdo da sua obra trazem a marca da experiência vivida na Alemanha onde residiu entre 1929 e 1933. Espectador crítico da dissolução da cultura alemã que acompanha a ascensão do fervor nazi, compreendeu o sentido da História que presenciava ao contrário de muitos estudiosos seus contemporâneos.
Mais tarde, defende a tese de que os totalitarismos de Partido e de Estado - como os da URSS e da Alemanha de Hitler - trouxeram o fenómeno das "religiões seculares". Com esta expressão, que para alguns críticos não é muito clara, Aron pretende caracterizar o reforço das ortodoxias através da consagração dos aparelhos partidários e de uma intolerância violenta. Segundo Aron, os partidos políticos constituem "religiões seculares" quando explícita e deliberadamente pretendem "mudar as condições de existência". É neste contexto dos totalitarismos do século XX e das suas consequências que Aron crítica, em O Ópio dos Intelectuais (1957), a tendência dos intelectuais do seu tempo para serem prontamente seduzidos pelo marxismo sem formularem qualquer juízo crítico. Se nos lembrarmos de como o marxismo constituía uma poderosa perspetiva teórica na sociologia francesa de então, ficamos com uma noção do isolamento das suas teses na época.
Obras Principais:
1928, Intoduction à la Philosophie de l'Histoire
1930, La Sociologie Allemande Contemporaine
1938, Essai sur la Théorie de l'Histoire dans l'Allemagne Contemporaine
1943, L'homme Contre les Tyrans
1948, Le Grand Schisme
1955 (maio), Nationen und Ideologen in Aussenpolitik
1955(abril - junho), Electeurs, Partis et Élus -Revue Française de Science Politique
1955, L'Opium des Intellectuels
1961, Paix et Guerre entre les nations
1663, Dix-huit Leçons sur la Société Industrielle
1965, Les Étapes de la Pensée Sociologique
1983, Mémoires
Produziu obras importantes sobre estudos estratégicos e o seu contributo para as teorias sociológicas inclui o livro As Etapas do Pensamento Sociológico (1965). Escreveu também vários livros sobre as modernas sociedades industriais.
Mais próximo de Weber e de Tocqueville (autor que "reabilitou", ao dar renovada importância à sua obra) do que de Durkheim ou Marx, sublinhou a importância da dimensão política na vida social e elogiou o pluralismo.
Os seus interesses e o conteúdo da sua obra trazem a marca da experiência vivida na Alemanha onde residiu entre 1929 e 1933. Espectador crítico da dissolução da cultura alemã que acompanha a ascensão do fervor nazi, compreendeu o sentido da História que presenciava ao contrário de muitos estudiosos seus contemporâneos.
Mais tarde, defende a tese de que os totalitarismos de Partido e de Estado - como os da URSS e da Alemanha de Hitler - trouxeram o fenómeno das "religiões seculares". Com esta expressão, que para alguns críticos não é muito clara, Aron pretende caracterizar o reforço das ortodoxias através da consagração dos aparelhos partidários e de uma intolerância violenta. Segundo Aron, os partidos políticos constituem "religiões seculares" quando explícita e deliberadamente pretendem "mudar as condições de existência". É neste contexto dos totalitarismos do século XX e das suas consequências que Aron crítica, em O Ópio dos Intelectuais (1957), a tendência dos intelectuais do seu tempo para serem prontamente seduzidos pelo marxismo sem formularem qualquer juízo crítico. Se nos lembrarmos de como o marxismo constituía uma poderosa perspetiva teórica na sociologia francesa de então, ficamos com uma noção do isolamento das suas teses na época.
Obras Principais:
1928, Intoduction à la Philosophie de l'Histoire
1930, La Sociologie Allemande Contemporaine
1938, Essai sur la Théorie de l'Histoire dans l'Allemagne Contemporaine
1943, L'homme Contre les Tyrans
1948, Le Grand Schisme
1955 (maio), Nationen und Ideologen in Aussenpolitik
1955(abril - junho), Electeurs, Partis et Élus -Revue Française de Science Politique
1955, L'Opium des Intellectuels
1961, Paix et Guerre entre les nations
1663, Dix-huit Leçons sur la Société Industrielle
1965, Les Étapes de la Pensée Sociologique
1983, Mémoires
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Como referenciar
Porto Editora – Raymond Aron na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-03 08:22:13]. Disponível em
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