3 min

resina
favoritos

Existem dois grandes grupos de resinas: as naturais e as sintéticas, também denominadas artificiais. Uma resina natural é a denominação genérica de diversas substâncias orgânicas amorfas, solidificadas ou mesmo líquidas, transparentes e brilhantes, que são secreções externas do metabolismo dos vegetais, excretadas, sobretudo nas coníferas, através dos canais intercelulares (canais resiníferos). São formadas principalmente por ácidos resínicos (por exemplo o ácido abiético), álcoois e ésteres resínicos, hidrocarbonetos e óleos essenciais (por exemplo essência de terebintina). Em geral, a resina permanece encerrada no interior das plantas e só aflora caso se produza um corte de maneira natural ou artificial. Quando, uma vez no exterior, as resinas permanecem líquidas, recebem a denominação de bálsamos. Se devido à evaporação do óleo essencial ou a oxidações endurecem em contacto com o ar, passam a denominar-se resinas duras. Estas últimas são de estrutura cristalina ou amorfa, sólidas, transparentes ou coloridas. Atendendo à sua idade, as resinas classificam-se em recentes e fósseis (como por exemplo o âmbar). O aroma das resinas deve-se aos óleos essenciais que contêm. A maior parte delas consegue-se mediante cortes artificiais em coníferas (pinheiro, abeto, bordo). Proporcionam a matéria-prima para a obtenção de colofónia e essência de terebintina. Os principais setores de aplicação são os vernizes de óleo, lacas, linóleo, adesivos e aglomerantes, a indústria do papel e a medicina.
Entre os diferentes tipos de resinas salientam-se as seguintes: a colofónia, a sandáraca, o mástique, a sangue-de-dragão e o bálsamo do canadá.
Uma resina sintética é a designação atribuída a cada um dos produtos análogos às resinas naturais obtidos por polimerização (policondensação ou poliadição), por exemplo aminoplásticas, acrílicas, alquídicas, epoxídicas, fenólicas, poliéster, vinílicas, modificadas eventualmente com produtos naturais, como óleos gordos ou resinas naturais e cuja aplicação é semelhante à das resinas naturais. Também recebem a denominação de resinas (resinas artificiais) uma série de produtos naturais modificados por transformações químicas (esterificação, saponificação, etc.).
Vaso para recolha de resina
Vista de um pinhal de árvores adultas com recetáculos de resina nos seus troncos
Resina acrílica: designação genérica de um grupo de matérias plásticas que se obtém por polimerização de derivados do ácido acrílico, ou do ácido metacrílico. Utiliza-se com especial frequência o metacrilato de metilo, que se pode obter a partir da acetona e do ácido cianídrico. As resinas acrílicas são transparentes, termoplásticas, estáveis à intempérie e mecanizam-se facilmente. As resinas acrílicas que sejam moldadas por fundição injetada têm de polimerizar por emulsão. A temperatura de abrandamento destas resinas situa-se entre 60-90 ºC. A esta temperatura são brandas e elásticas e podem ser facilmente curvadas e moldadas. Utilizam-se em cabinas de aviões, na construção de aparelhos de laboratório, em modelos transparentes, para-brisas, artigos domésticos, peças óticas, entre outras.
Resina alquídica: designação genérica de um grupo de resinas de poliéster que se obtêm por condensação ou esterificação do glicerol ou de glicóis com ácidos di ou tricarboxílicos. Utilizam-se na indústria de vernizes, tintas de imprensa, isolantes, pavimentos, entre outras.
Resina epoxídica: são as resinas sintéticas produzidas por copolimerização de compostos epóxidos com fenóis. Estes compostos possuem ligações -O- e grupos epóxidos e são geralmente líquidos viscosos. Podem ser endurecidos por adição de agentes, como as poliamidas, que formam ligações cruzadas. Alternativamente podem-se usar catalisadores para induzir posteriores polimerizações da resina. As resinas epóxi são usadas em equipamento elétrico e na indústria química. São ainda usadas como adesivos.
Resina fenólica: nome genérico de um grupo de matérias plásticas que se obtêm por condensação de fenóis com aldeídos. O processo de condensação realiza-se em várias etapas e conduz à formação de resinas não endurecíveis, endurecíveis ou endurecidas, segundo a relação fenol-formaldeído e o processo utilizado. As resinas fenólicas podem-se fabricar unicamente em tonalidades escuras. A sua especial importância técnica deriva da sua dureza, alta resistência ao esforço mecânico e térmico e à sua estabilidade química. Utilizam-se no fabrico de materiais prensados e para fabricar estratificados. Sem a adição de carga, utilizam-se como vernizes, colas, resinas de molde, entre outras.
Resina de poliéster: resina que resulta das resinas alquídicas e um composto polimerizável (por exemplo estireno). Para tal, a mistura líquida dos produtos, juntamente com um catalisador, é vertida num molde onde endurece na ausência de pressão. Previamente é colocado no molde uma camada de fibra de vidro que fica encrustada no plástico. Estas resinas possuem múltiplas aplicações, como, por exemplo, no fabrico de barcos e carroçarias de automóveis. Diluídas com solventes, usam-se como revestimento de tabuleiros de mesa.
Resina vinílica: denominação genérica de um grupo de plásticos constituídos basicamente por polímeros de vinilo.
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – resina na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-11 20:41:53]. Disponível em