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S. Hormisdas
Papa italiano, nascido em Frosinone (Lácio), opôs com firmeza as suas posições às do imperador do Oriente, Teodósio, não abdicando da defesa da conceção de Cristo como possuidor de duas naturezas, da primazia da Igreja de Roma, do direito de apelo a Roma de qualquer bispo que tivesse sido destituído durante o cisma e da excomunhão do patriarca Acácio de Constantinopla. Por esta razão não se realizou o concílio de Heracleion, que Teodósio pretendeu efetuar por duas ocasiões (sendo a primeira no pontificado de São Símaco) para unificar as desavindas Igrejas do Oriente e do Ocidente.
Com a morte de Teodósio e a subida ao trono de Justino, em 518, foi finalmente efetuada a união das Igrejas, uma vez que o imperador pretendia reconquistar o Mediterrâneo e a divisão eclesiástica não o permitiria. Foram aceites as disposições do Concílio de Calcedónia (realizado em 451 e no qual se instituíram canonicamente a dualidade da natureza de Cristo e se condenou o Monofisismo e o Nestorianismo, entre outras disposições) e uma delegação do papa, presidida por Dióscoro, enviou a Constantinopla o Libellus fidei Hormisdae Papae, documento no qual se expunha a postura de Roma. Esta foi plenamente aceite (menos pelos monofisitas, que se refugiaram no Egito) e o documento tornou-se a partir de então um dos textos fundamentais da Igreja.
Entretanto, o imperador Justino ia intervindo nos assuntos eclesiásticos e o patriarca de Constantinopla, João II, considerou unas a antiga e a nova Roma, o que equivalia a pôr as duas cidades quase em pé de igualdade. De facto, a partir daqui iniciou-se um percurso de rivalidades que culminaria no ano de 521, data em que o patriarca Epifânio conseguiu que Constantinopla fosse considerada a cidade mais importante a seguir a Roma e mesmo a mais importante no Oriente. Para contrariar esta tendência, São Hormisdas impôs rigidamente os cânones doutrinais preconizados pela Sé romana.
Nesta altura (521), foram nomeados vigários os bispos de Sevilha e de Elche e iniciaram-se também as biografias dos papas, compiladas no Liber Pontificalis ("Livro dos Pontificados"), assim como as traduções dos cânones escritos em grego para latim. Tudo isto tinha o objetivo de consolidar a Igreja de Roma e dotá-la de bases de futuro.
Este papa foi pai de um outro pontífice de Roma, São Silvério.
Com a morte de Teodósio e a subida ao trono de Justino, em 518, foi finalmente efetuada a união das Igrejas, uma vez que o imperador pretendia reconquistar o Mediterrâneo e a divisão eclesiástica não o permitiria. Foram aceites as disposições do Concílio de Calcedónia (realizado em 451 e no qual se instituíram canonicamente a dualidade da natureza de Cristo e se condenou o Monofisismo e o Nestorianismo, entre outras disposições) e uma delegação do papa, presidida por Dióscoro, enviou a Constantinopla o Libellus fidei Hormisdae Papae, documento no qual se expunha a postura de Roma. Esta foi plenamente aceite (menos pelos monofisitas, que se refugiaram no Egito) e o documento tornou-se a partir de então um dos textos fundamentais da Igreja.
Entretanto, o imperador Justino ia intervindo nos assuntos eclesiásticos e o patriarca de Constantinopla, João II, considerou unas a antiga e a nova Roma, o que equivalia a pôr as duas cidades quase em pé de igualdade. De facto, a partir daqui iniciou-se um percurso de rivalidades que culminaria no ano de 521, data em que o patriarca Epifânio conseguiu que Constantinopla fosse considerada a cidade mais importante a seguir a Roma e mesmo a mais importante no Oriente. Para contrariar esta tendência, São Hormisdas impôs rigidamente os cânones doutrinais preconizados pela Sé romana.
Nesta altura (521), foram nomeados vigários os bispos de Sevilha e de Elche e iniciaram-se também as biografias dos papas, compiladas no Liber Pontificalis ("Livro dos Pontificados"), assim como as traduções dos cânones escritos em grego para latim. Tudo isto tinha o objetivo de consolidar a Igreja de Roma e dotá-la de bases de futuro.
Este papa foi pai de um outro pontífice de Roma, São Silvério.
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Porto Editora – S. Hormisdas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 03:33:32]. Disponível em
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