Saúl Yurkievich

Poeta e ensaísta argentino nascido em 1931, em La Plata, no seio de uma família humilde, e falecido a 28 de julho de 2005, junto a Avinhão, França, vítima de um acidente de viação.
Estudou Literatura em La Plata e foi o autor de uma tese sobre o poeta francês Guillaume Apollinaire, que só viria a ser publicada em 1968, com o título Modernidad de Apollinaire.
Entretanto, em 1962 fora morar para França, mais concretamente para Paris.
Desde jovem demonstrou o seu talento literário, mas foi só quando já morava em França que a sua obra começou a ser reconhecida, especialmente a partir do lançamento de Cuerpos, em 1965, e Fricciones, em 1969. Mais recentemente, em 1996 e 2000, respetivamente, editou Vaivén e El sentimiento del sentido, a que se seguiu, em 2001, El huésped perplejo con dibujos de Julio Silva.
Enquanto ensaísta e crítico literário publicou obras como Fundadores de la nueva poesía latinoamericana, em 1971, e Confabulación con la palabra, em 1978, assim como Julio Cortázar, mundo y modos.
Saúl Yurkievich tornou-se entretanto divulgador e responsável pela edição da obra do poeta argentino Julio Cortázar, de quem foi amigo pessoal. Saúl e Julio conheceram-se em Paris logo na semana em que o primeiro destes se mudou para a capital francesa, onde o segundo já vivia. Quando Cortázar morreu em Paris, em fevereiro de 1984, deixou escrito no seu testamento que Yurkievich, juntamente com a mulher, Gladis, seria o responsável pela sua obra literária com poder para guardar, editar ou destruir o que quisesse. O casal Yurkievich passou a partilhar com a viúva de Cortázar as decisões sobre o destino a dar às obras do poeta falecido.
Para além de dar aulas de Literatura Latino-Americana com regularidade na Universidade de Paris, episodicamente foi docente nas universidades norte-americanas de Maryland, Connecticut e Pittsburgh.
Antes de falecer, vivia na região da Provença, mas continuava a dar aulas na Universidade de Paris.