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Selêucidas
Integram a designação Selêucida os reis pertencentes à dinastia macedónica fundada por Seleuco Nicator, general de Alexandre Magno, que recebeu deste a região da Síria, transformando-a num vasto império entre o Eufrates e o Indo. A dinastia esteve no poder entre 312 e 64 a. C., altura em que Pompeu integra a Síria no mundo romano.
As duas capitais são Selêucia do Tigre e, cada vez mais, Antioquia, ambas ligadas pela grande rota do Eufrates, artéria de conexão vital para um império tão vasto e variado, uma autêntica miscelânea de povos, raças, religiões e cidades. Neste contexto, a monarquia era um fator uno no sentido da unidade global. Mas, de uma forma geral, a dinastia foi parca em grandes estadistas, exceção para Antíoco III (223-187 a. C.), um renovador do poder, enfraquecido pelos seus antecessores, que durante a sua longa jornada de oito anos pelo Oriente estabeleceu sólidas e proveitosas relações com regiões vizinhas periféricas. O último grande soberano, Antíoco Epifânio (175-168 a. C.), extravagante, demostrando alguma atitude democrática, era um apaixonado da cultura e do helenismo, tendo acentuado de forma evidente a helenização dos Estados, com o intuito de os reforçar face a Roma. Cometeu, contudo, o erro de tentar assimilar os judeus, desencadeando uma luta que precipitaria a decadência da monarquia dos soberanos posteriores.
Do ponto de vista das instituições, o rei era coadjuvado por um vasto séquito. Territorialmente, no período de Antíoco III, existiam cerca de 35 satrapias, governadas por estrategos com poderes civis e militares. O mundo rural era controlado de forma direta pelo rei, embora existissem zonas, sobretudo cidades e estados sacerdotais, que gozavam de relativa liberdade.
A obra mais significativa do período Selêucida foi a fundação das cidades gregas, nos séculos III e II a. C. O "projeto" retomou as diretrizes anteriores de Alexandre, visando objetivos militares, económicos, sociais e culturais. A ação levou à fundação de dezenas de cidades ao longo do Tigre e do Eufrates, na Ásia Menor, e no Norte da Síria, desenrolando-se a vida segundo os princípios e hábitos gregos, constituindo, deste modo, um poderoso fator de helenização.
A decadência Selêucida foi penosa e lenta, sobretudo a partir da morte de Epifânio, caracterizada pela intriga dinástica, pelos assassínios, revoltas e interesse romano.
As duas capitais são Selêucia do Tigre e, cada vez mais, Antioquia, ambas ligadas pela grande rota do Eufrates, artéria de conexão vital para um império tão vasto e variado, uma autêntica miscelânea de povos, raças, religiões e cidades. Neste contexto, a monarquia era um fator uno no sentido da unidade global. Mas, de uma forma geral, a dinastia foi parca em grandes estadistas, exceção para Antíoco III (223-187 a. C.), um renovador do poder, enfraquecido pelos seus antecessores, que durante a sua longa jornada de oito anos pelo Oriente estabeleceu sólidas e proveitosas relações com regiões vizinhas periféricas. O último grande soberano, Antíoco Epifânio (175-168 a. C.), extravagante, demostrando alguma atitude democrática, era um apaixonado da cultura e do helenismo, tendo acentuado de forma evidente a helenização dos Estados, com o intuito de os reforçar face a Roma. Cometeu, contudo, o erro de tentar assimilar os judeus, desencadeando uma luta que precipitaria a decadência da monarquia dos soberanos posteriores.
Do ponto de vista das instituições, o rei era coadjuvado por um vasto séquito. Territorialmente, no período de Antíoco III, existiam cerca de 35 satrapias, governadas por estrategos com poderes civis e militares. O mundo rural era controlado de forma direta pelo rei, embora existissem zonas, sobretudo cidades e estados sacerdotais, que gozavam de relativa liberdade.
A obra mais significativa do período Selêucida foi a fundação das cidades gregas, nos séculos III e II a. C. O "projeto" retomou as diretrizes anteriores de Alexandre, visando objetivos militares, económicos, sociais e culturais. A ação levou à fundação de dezenas de cidades ao longo do Tigre e do Eufrates, na Ásia Menor, e no Norte da Síria, desenrolando-se a vida segundo os princípios e hábitos gregos, constituindo, deste modo, um poderoso fator de helenização.
A decadência Selêucida foi penosa e lenta, sobretudo a partir da morte de Epifânio, caracterizada pela intriga dinástica, pelos assassínios, revoltas e interesse romano.
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Como referenciar
Porto Editora – Selêucidas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-13 03:01:28]. Disponível em
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