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Sepulcros megalíticos de Alcalar
A necrópole de Alcalar localiza-se numa zona de terrenos férteis, provida de cursos de água a este e a oeste, a norte da povoação de Alcalar.
A proximidade do povoado pré-histórico com características de "lugar central" e a quantidade de monumentos funerários, cerca de dezoito, sobretudo na zona virada para a serra de Monchique, levam a sugerir, para este local de enterramento, uma função: necropolizar e ritualizar o centro deste território.
Os sepulcros concentram-se em pelo menos seis grupos - Vidigal Velho; Alcalar W; Alcalar Centro; Alcalar E; Poio e Monte Velho. Dentro de cada grupo há variedade de formas tumulares que sugere quer um uso diferenciado dos monumentos quer rituais diferentes.
Em termos de cronologia, não serão todos contemporâneos, podendo corresponder os mais antigos, como o sepulcro 1 - uma anta de corredor, datada de finais no Neolítico - a outros pequenos povoados que terão antecedido a concentração no lugar central. Crê-se contudo que muitos deles, mau grado as diferentes formas, tenham sido utilizados em simultâneo.
O monumento 4 desta necrópole é uma mamoa com cairn de pedras calcárias que encerrava um tholos com átrio e corredor cuja separação se fazia por um par de menires. A cripta, de alvenaria de xisto e arenito, possui falsa cúpula e dois nichos laterais. Aqui foram encontrados restos humanos, duas peças de ouro e conchas numa total desordem, pois o monumento terá sido violado na época romana.
Julgamos importante ainda referir o monumento 3 pela sua singularidade arquitetural e fúnebre. É constituído por um cairn de cerca de 20 metros de diâmetro que encobre o tholos de base ortostática, átrio, longa galeria e cripta circular com nicho lateral. Contrariamente às outra inumações contidas noutras criptas, este nicho albergava os restos de um indivíduo do sexo masculino associado a um vasto espólio constituído por sete facas de sílex, uma banda forjada, ou insígnia para alguns autores, e um conjunto de objetos em cobre. O cariz destes últimos artefactos - duas facas, cinco adagas, um escopro, dois punções, entre outros - induz a supor que se trata de um indivíduo com posição elevada na sociedade, adquirindo estes objetos o significado de bens de prestígio.
Assim, entre outras importantes informações, Alcalar testemunha a emergência de elites locais que exibem o seu poder, em vida, utilizando bens de exceção, como o ouro encontrado nos sepulcros 4 e 11, na morte, perpetuando o seu prestígio na arquitetura e ritual das tumulações.
A proximidade do povoado pré-histórico com características de "lugar central" e a quantidade de monumentos funerários, cerca de dezoito, sobretudo na zona virada para a serra de Monchique, levam a sugerir, para este local de enterramento, uma função: necropolizar e ritualizar o centro deste território.
Os sepulcros concentram-se em pelo menos seis grupos - Vidigal Velho; Alcalar W; Alcalar Centro; Alcalar E; Poio e Monte Velho. Dentro de cada grupo há variedade de formas tumulares que sugere quer um uso diferenciado dos monumentos quer rituais diferentes.
Em termos de cronologia, não serão todos contemporâneos, podendo corresponder os mais antigos, como o sepulcro 1 - uma anta de corredor, datada de finais no Neolítico - a outros pequenos povoados que terão antecedido a concentração no lugar central. Crê-se contudo que muitos deles, mau grado as diferentes formas, tenham sido utilizados em simultâneo.
O monumento 4 desta necrópole é uma mamoa com cairn de pedras calcárias que encerrava um tholos com átrio e corredor cuja separação se fazia por um par de menires. A cripta, de alvenaria de xisto e arenito, possui falsa cúpula e dois nichos laterais. Aqui foram encontrados restos humanos, duas peças de ouro e conchas numa total desordem, pois o monumento terá sido violado na época romana.
Julgamos importante ainda referir o monumento 3 pela sua singularidade arquitetural e fúnebre. É constituído por um cairn de cerca de 20 metros de diâmetro que encobre o tholos de base ortostática, átrio, longa galeria e cripta circular com nicho lateral. Contrariamente às outra inumações contidas noutras criptas, este nicho albergava os restos de um indivíduo do sexo masculino associado a um vasto espólio constituído por sete facas de sílex, uma banda forjada, ou insígnia para alguns autores, e um conjunto de objetos em cobre. O cariz destes últimos artefactos - duas facas, cinco adagas, um escopro, dois punções, entre outros - induz a supor que se trata de um indivíduo com posição elevada na sociedade, adquirindo estes objetos o significado de bens de prestígio.
Assim, entre outras importantes informações, Alcalar testemunha a emergência de elites locais que exibem o seu poder, em vida, utilizando bens de exceção, como o ouro encontrado nos sepulcros 4 e 11, na morte, perpetuando o seu prestígio na arquitetura e ritual das tumulações.
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Como referenciar
Porto Editora – Sepulcros megalíticos de Alcalar na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-08 03:52:11]. Disponível em
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