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Sérgio Godinho
Autor, compositor e intérprete, Sérgio Godinho nasceu em 1945, no Porto.
Aos 20 anos saiu do país, por se recusar a participar na Guerra Colonial. Durante o exílio, viveu em Genebra, Paris, Amesterdão, Brasil e Vancouver, tendo neste seu percurso integrado várias bandas.
O seu primeiro LP, Os Sobreviventes, foi gravado em França, em 1971, e contou com a colaboração de músicos franceses e de José Mário Branco, então também radicado em França.
Ainda no exílio, Sérgio Godinho gravou o álbum Pré-Histórias. Ambos os discos foram proibidos em Portugal pela censura. Regressou a Portugal após o 25 de abril de 1974 e tornou-se autor de canções célebres, como Com um Brilhozinho nos Olhos, O Primeiro Dia e É Terça-Feira. Em 1983, editou o álbum Coincidências, com a colaboração de alguns dos mais famosos músicos brasileiros - Chico Buarque de Hollanda, Ivan Lins e Milton Nascimento -, um acontecimento inédito no nosso país.
Nos anos que se seguiram, gravou mais três álbuns de originais: Salão de Festas, Na Vida Real e Aos Amores. Este foi um período em que o cantor realizou inúmeros concertos no país e no estrangeiro.
A sua carreira de artista passou então pelo teatro, ao participar na peça Quem pode, pode, de David Mamet, ao lado de José Wilker e de Alexandra Lencastre.
O regresso à música aconteceu em 1990, com o espetáculo retrospetivo Sérgio Godinho, Escritor de Canções, de que resultou um álbum com o mesmo nome.
Artista multifacetado, Sérgio Godinho dedicou-se ao vídeo e ao cinema. Foi autor da série televisiva Luz na Sombra, em 1992, e realizou três curtas-metragens intituladas Ultimactos, produzidos pela RTP e exibidos em 1994. Escreveu a obra infanto-juvenil O Pequeno Livro dos Medos e ilustrou os textos do espetáculo A Queima do Judas.
Voltou à música, em 1993, com o disco Tinta Permanente e com o espetáculo A Face Visível. Em 1995 editou Noites Passadas, um álbum gravado ao vivo em concertos realizados no Teatro S. Luís e no Coliseu de Lisboa. Foi distinguido com o Prémio Carreira Blitz '95. Em junho de 1997 editou o disco Domingo no Mundo, que conta com a participação de músicos e arranjadores como Kalú, João Aguardela, José Mário Branco, Jorge Constante Pereira, Tomás Pimentel, Manuel Faria e Rádio Macau. Fruto dos espetáculos ao vivo que tiveram lugar no Teatro Rivoli e no Ritz Clube, surgiu em 1998 o álbum Rivolitz, gravado ao vivo.
Em 2000, chegou às lojas Lupa. O disco mostrou um Sérgio Godinho em grande forma, com produção de Hélder Gonçalves e Nuno Rafael. Os temas "Dancemos No Mundo" e "Bem-vindo Sr. Presidente" tornaram-se êxitos imediatos. Em novembro desse ano, o disco é apresentado ao vivo, em dois espetáculos no CCB (Lisboa) e um no Coliseu do Porto. O ano de 2001 marcou os 30 anos de carreira deste escritor de canções e ficou marcado pela edição de dois cd's. Biografias Do Amor, uma coletânea de canções de amor, e Afinidades, uma gravação de um espetáculo em conjunto com os Clã, foram ainda lançados nesse ano.
Em 2003, o cantor recupera diversos temas do seu extenso repertório e convida alguns amigos para, juntamente com ele, protagonizarem novas versões dessas canções. Desse elenco de amigos fizeram parte, entre outros, Camané, Da Weasel, Jorge Palma, Gabriel o Pensador, Lenine, Caetano Veloso, Rui Veloso e Teresa Salgueiro. O trabalho foi intitulado O Irmão Do Meio. Ao longo da sua carreira tem recebido vários prémios e distinções pelos seus discos, músicas e poesia, como, por exemplo, o Prémio Carreira Blitz'95, dois Prémios da Casa da Imprensa para Melhor Disco Português do Ano por Os Sobreviventes e O Canto da Boca, o Se7e de Ouro para Melhor Cantor Português do Ano também por O Canto da Boca, o Prémio de Teatro Infantil da Secretaria de Estado da Cultura pela peça da sua autoria Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles, e o Prémio José Afonso atribuído pela Câmara Municipal da Amadora pelo disco Tinta Permanente.
Aos 20 anos saiu do país, por se recusar a participar na Guerra Colonial. Durante o exílio, viveu em Genebra, Paris, Amesterdão, Brasil e Vancouver, tendo neste seu percurso integrado várias bandas.
O seu primeiro LP, Os Sobreviventes, foi gravado em França, em 1971, e contou com a colaboração de músicos franceses e de José Mário Branco, então também radicado em França.
Ainda no exílio, Sérgio Godinho gravou o álbum Pré-Histórias. Ambos os discos foram proibidos em Portugal pela censura. Regressou a Portugal após o 25 de abril de 1974 e tornou-se autor de canções célebres, como Com um Brilhozinho nos Olhos, O Primeiro Dia e É Terça-Feira. Em 1983, editou o álbum Coincidências, com a colaboração de alguns dos mais famosos músicos brasileiros - Chico Buarque de Hollanda, Ivan Lins e Milton Nascimento -, um acontecimento inédito no nosso país.
Nos anos que se seguiram, gravou mais três álbuns de originais: Salão de Festas, Na Vida Real e Aos Amores. Este foi um período em que o cantor realizou inúmeros concertos no país e no estrangeiro.
A sua carreira de artista passou então pelo teatro, ao participar na peça Quem pode, pode, de David Mamet, ao lado de José Wilker e de Alexandra Lencastre.
O regresso à música aconteceu em 1990, com o espetáculo retrospetivo Sérgio Godinho, Escritor de Canções, de que resultou um álbum com o mesmo nome.
Voltou à música, em 1993, com o disco Tinta Permanente e com o espetáculo A Face Visível. Em 1995 editou Noites Passadas, um álbum gravado ao vivo em concertos realizados no Teatro S. Luís e no Coliseu de Lisboa. Foi distinguido com o Prémio Carreira Blitz '95. Em junho de 1997 editou o disco Domingo no Mundo, que conta com a participação de músicos e arranjadores como Kalú, João Aguardela, José Mário Branco, Jorge Constante Pereira, Tomás Pimentel, Manuel Faria e Rádio Macau. Fruto dos espetáculos ao vivo que tiveram lugar no Teatro Rivoli e no Ritz Clube, surgiu em 1998 o álbum Rivolitz, gravado ao vivo.
Em 2000, chegou às lojas Lupa. O disco mostrou um Sérgio Godinho em grande forma, com produção de Hélder Gonçalves e Nuno Rafael. Os temas "Dancemos No Mundo" e "Bem-vindo Sr. Presidente" tornaram-se êxitos imediatos. Em novembro desse ano, o disco é apresentado ao vivo, em dois espetáculos no CCB (Lisboa) e um no Coliseu do Porto. O ano de 2001 marcou os 30 anos de carreira deste escritor de canções e ficou marcado pela edição de dois cd's. Biografias Do Amor, uma coletânea de canções de amor, e Afinidades, uma gravação de um espetáculo em conjunto com os Clã, foram ainda lançados nesse ano.
Em 2003, o cantor recupera diversos temas do seu extenso repertório e convida alguns amigos para, juntamente com ele, protagonizarem novas versões dessas canções. Desse elenco de amigos fizeram parte, entre outros, Camané, Da Weasel, Jorge Palma, Gabriel o Pensador, Lenine, Caetano Veloso, Rui Veloso e Teresa Salgueiro. O trabalho foi intitulado O Irmão Do Meio. Ao longo da sua carreira tem recebido vários prémios e distinções pelos seus discos, músicas e poesia, como, por exemplo, o Prémio Carreira Blitz'95, dois Prémios da Casa da Imprensa para Melhor Disco Português do Ano por Os Sobreviventes e O Canto da Boca, o Se7e de Ouro para Melhor Cantor Português do Ano também por O Canto da Boca, o Prémio de Teatro Infantil da Secretaria de Estado da Cultura pela peça da sua autoria Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles, e o Prémio José Afonso atribuído pela Câmara Municipal da Amadora pelo disco Tinta Permanente.
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Como referenciar
Porto Editora – Sérgio Godinho na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-08 07:03:42]. Disponível em
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