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Sport Lisboa e Benfica
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Em Lisboa, na freguesia de Belém, Cosme Damião, juntamente com um grupo de amigos do bairro praticantes habituais de futebol, deu início à vida de um clube, ao marcar um treino para 28 de fevereiro de 1904. Nesta data surgiu o Sport Lisboa, embrião do futuro Sport Lisboa e Benfica. Dois anos depois, fundava-se o Sport Clube de Benfica, com quinze sócios apenas, mas que passou a dispor de um campo de jogos na Quinta da Feiteira. Da fusão de ambos os clubes nasce, a 13 de setembro de 1908, o Sport Lisboa e Benfica.

A nova agremiação, essencialmente vocacionada para o futebol adotou o equipamento do Sport Lisboa: camisola encarnada e calção branco. Para além do futebol, praticavam-se no clube modalidades como o atletismo e o ciclismo, onde se distinguiram, respetivamente, Francisco Lázaro, falecido quando corria a Maratona Olímpica de 1912, Luís Gato e Alfredo Piedade. Mas a popularidade crescente do futebol determinava que, em 1913, o clube inaugurasse o seu novo campo - o Parque de Sete Rios, em Palhavã. Três anos mais tarde, o clube mudava novamente as suas instalações e a sede, para a Avenida Gomes Pereira, em Benfica. Cândido Oliveira e António Ribeiro dos Reis foram dois desportistas que se destacaram nesta altura no futebol benfiquista e, posteriormente, no desporto nacional.

Plantel do Sport Lisboa e Benfica (2003/2004)
Emblema do clube
Os primeiros títulos nacionais de futebol foram obtidos com as vitórias nos Campeonatos de Portugal, de 1929/30 e de 1930/31, que projetaram também um dos primeiros ídolos dos benfiquistas - o avançado e goleador Vítor Silva. No Campeonato da Primeira Liga concretizaram-se os sucessivos triunfos nas épocas de 1936/37/38, tornando o clube tri-campeão, enquanto que a Primeira Taça de Portugal é ganha pelo clube em 1940, alinhando então na equipa o notável atleta, Guilherme Espírito Santo - campeão nacional de futebol e de atletismo pelo Benfica. Outros nomes como Luís Xavier, Francisco Albino, Alfredo Valadas, Francisco Ferreira, Julinho e Arsénio entraram, nesta época para o historial do futebol benfiquista.

Na década de 30, outras modalidades, como o ciclismo, lançam atletas de renome como José Maria Nicolau e foi confiada à equipa de hóquei em patins do Benfica a representação oficial do país no Campeonato Europeu. No atletismo sobressaíram Álvaro Martins Vieira, também internacional de râguebi, e iniciaram-se os ultramarinos Matos Fernandes e Tomás Paquete.
O desenvolvimento desportivo implicou, obviamente, o aumento das instalações do clube destinadas à prática das diversas modalidades.

Em 1925, é inaugurado o Campo das Amoreiras com a lotação de 15 000 lugares, considerado na época um dos maiores da Península Ibérica. Em 1941, o clube volta a mudar as suas instalações, desta vez para o Campo Grande, inaugurado com um imenso desfile dos atletas do clube.

Dos dirigentes do clube, destaca-se Manuel da Conceição Afonso, conhecido como o "Presidente-Operário" e várias vezes Presidente da Direção nas décadas de 30 e 40.

Após a Segunda Guerra Mundial, a época de 1949/50 simbolizou a aposta do clube nos destinos europeus. O Benfica, sob o comando do técnico inglês Ted Smith conquistou então, o Campeonato Nacional e a Taça Latina. Como primeiros internacionais do clube ficaram os jogadores: Bastos, Jacinto, Corona, Arsénio, Rogério e Rosário. Na década de 50, o Benfica soma novos títulos no Campeonato Nacional, em 1950, 1955 e 1957 e na Taça de Portugal, em 1951, 52 e 53. Evidenciaram-se nesta altura jogadores como: José Águas, Coluna, Cávem, Zézinho e outros.

Em 1954, após uma ampla campanha de subscrição de fundos entre os sócios, e sob a presidência de Joaquim Ferreira Bogalho, é inaugurado o Estádio do Benfica (na altura designado por Estádio da Luz), ampliado no decénio seguinte com a construção do Terceiro Anel, oferecido pelo Presidente da direção Maurício Vieira de Brito.

Na época de 1960/61, mais propriamente a 31 de maio de 1961, o Benfica sob o comando do técnico Bela Guttman obteve a sua primeira vitória europeia, contra o Barcelona, na Taça dos Clubes Campeões Europeus, título que renovou na época seguinte, em 1961/62, num jogo disputado com o Real Madrid. Jogadores como Costa Pereira, Neto, Cruz, Águas, Coluna Cávem, Simões e Eusébio, entre outros constituíram a equipa que levou o Benfica às vitórias europeias. Eusébio, o "Pantera Negra" considerado um dos melhores jogadores europeus de sempre, tornou-se quase uma instituição quer do Benfica, quer de Portugal.

Nesta época deu-se a expansão da polivalência desportiva do clube, que conquistou títulos nacionais noutras modalidades como: o atletismo, no qual se destacaram, entre outros, António Faria, Cumura, Imboá, Rui Mingas e José Galvão; o hóquei em patins, no qual se destacaram Perdigão, Ramalhete, Mário Lopes, Cruzeiro e Livramento; o basquetebol, no qual se destacaram José Alberto, Joaquim Carlos, Júlio Campos e Armando Simões; e, finalmente, o ciclismo, no qual se destacaram Peixoto Alves, Valada e Firmino Bernardino.

A partir da década de 70, o Benfica incrementou a prática de modalidades, quer a nível profissional, quer a nível amador, como o andebol, o bilhar; o campismo, a ginástica, a natação, a pesca desportiva, o râguebi, o ténis, o tiro com arco e o voleibol. No futebol destacaram-se várias gerações de jogadores: Toni, Néné, Humberto Coelho, Bento, Pietra, Chalana, Shéu, Carlos Manuel, Rui Águas, etc. Na presidência do clube notabilizaram-se os Presidentes: Borges Coutinho, J. Ferreira Queimado e Fernando Martins.

O Benfica assume, então, como divisa "Et Pluribus Unum", a águia como símbolo e utiliza, no equipamento principal, as cores vermelho e branco.

Na década de 90, na época de 90/91, o Sport Lisboa e Benfica, com a equipa de futebol, treinada por Sven Eriksson, vence o Campeonato Nacional de Futebol e obtém êxitos na natação, no hóquei, no ténis feminino e no voleibol. A época de 91/92 fica marcada pela eleição do Presidente da Direção, Jorge de Brito, pela participação da equipa de futebol na taça UEFA, pela Supertaça de Hóquei em Patins e pelas vitórias do basquetebol benfiquista na Taça da Europa.

Em 92/93 a equipa de futebol do Benfica vence a Taça de Portugal, o basquetebol e o hóquei bisam os títulos da época anterior, e a equipa de natação masculina ganha o Campeonato Nacional. No Clube inicia-se a prática de Taekwon-Do. Na época seguinte, o Benfica vence o seu 30.o Campeonato de Futebol, sendo semi-finalista na Taça das Taças. Em 1994, sobe à presidência do Clube, Manuel Damásio.

O Benfica conquista então títulos, na natação, no atletismo, no andebol, no hóquei e no basquetebol. Na época de 94/95, o basquetebol continua a somar ótimos desempenhos, vencendo todas as provas nacionais e duas vitórias na liga dos Campeões. Na época seguinte, a equipa de futebol vence a Taça de Portugal e o atletismo Masculino, o Basquetebol e o Andebol somam títulos. Manuel Damásio é reeleito para Presidente da Direção do S.L.B. Na época de 96/97, a equipa de futebol é finalista da Taça de Portugal e o hóquei conquista mais um campeonato nacional.

Na época de 1998/99 preside ao clube João Vale e Azevedo. Em outubro de 2000, realizam-se eleições para a escolha do novo presidente do clube, Vale e Azevedo foi substituído por Manuel Vilarinho. Manuel Vilarinho esteve na presidência do Benfica durante três anos, tendo sido substituído por Luís Filipe Vieira em novembro de 2003. Ainda em 2003, no dia 25 do mês de outubro, o Benfica inaugura o novo Estádio da Luz, que foi escolhido para palco da final do Euro 2004. A festa de inauguração ficou marcada pelo encontro que o Benfica venceu por 2-1 ao Nacional de Montevideo.

A 22 de maio de 2005, e depois de 11 anos sem ganhar a principal prova de futebol portuguesa, o Benfica conquistou a Superliga ao empatar no último jogo do campeonato com o Boavista no Estádio do Bessa.

Ao longo da sua história, o Sport Lisboa e Benfica recebeu do Governo e de outras Entidades Públicas vários títulos e condecorações, nomeadamente: Instituição de Utilidade Pública, Comendador da Ordem Militar de Cristo, Oficial da Cruz de Benemerência, Cruz Vermelha de Benemerência, Medalha de Ouro e Mérito Turístico, Medalha de Mérito Desportivo, Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa e Medalha da Ordem do Infante D. Henrique.

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Porto Editora – Sport Lisboa e Benfica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-03 09:19:55]. Disponível em
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