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Teatro Nacional de S. João
O Teatro Nacional de S. João da cidade do Porto é uma magnífica obra de arquitetura do século XX. No entanto, o primeiro edifício, destruído por um incêndio, foi batizado com o nome do mesmo santo e seria erguido nos finais do século XVIII.
Ainda antes do antigo Teatro de S. João, o Porto teve outro importante palco de espetáculos que se situava numa das dependências do demolido Palácio dos Condes de Miranda, Marqueses de Arronches e Duques de Lafões - casa de espetáculos particular aberta em 1760. Na sua inauguração foi levada à cena uma ópera lírica para homenagear o casamento de D. Maria I com D. Pedro. Este teatro foi riscado por João Glama Stroberle, auxiliado pelos artistas José Régióli, Francisco José, João André Chiape, Veríssimo Nunes, Domingos Teixeira Barreto e José dos Santos Cartaxo.
O Teatro do Palácio de Lafões continuou a ter mais algumas representações de companhias profissionais e amadoras, com destaque para a ópera Demofonte, levada à cena em 1772 para celebrar o aniversário do rei D. José I.
Contudo, o Porto merecia um mais amplo e condigno espaço cultural. Com efeito, o Corregedor Francisco de Almada adquire parte do terreno da muralha fernandina, na zona da atual Praça da Batalha. As obras arrancam em 1796 e o Teatro de S. João é inaugurado no dia 13 de maio de 1798, data de aniversário do futuro rei D. João VI; isto apesar de as obras ainda não estarem totalmente concluídas.
A autoria do projeto coube ao arquiteto Vicente Mazzoneschi, não sendo particularmente significativa a sua configuração arquitetónica. Na passagem do dia 11 para o dia 12 de abril de 1908, um violento incêndio reduziu o Teatro de S. João a escombros.
No mesmo ano, o arquiteto Marques da Silva concebia o risco do novo teatro portuense, vindo este a ser concluído em 1918.
O cimento marca as paredes exteriores do edifício. A sua volumetria retangular deixa perceber poderosos sinais de ecléticas correntes artísticas revivalistas, com predomínio para a majestática pose estrutural de cariz neoclássico, combinada com a figuração decorativista eivada de sabor romântico.
O piso inferior é marcado por um rusticado. Na fachada principal, o piso intermédio é marcado por altos arcos de vão circular, assentes em grandes colunas jónicas, sobre os quais rompem ressaltadas janelas com frontões triangulares. O friso do entablamento principal é preenchido pelas figuras alegóricas da Bondade, Dor, Ódio e Amor, esculpidas por Diogo de Macedo e Sousa Caldas. Os panos laterais do teatro são preenchidos por relevos de máscaras, festões e frutos, esculpidos por Joaquim Gonçalves da Silva.
A riquíssima e variada decoração interior impõe-se nos salões e na sala de espetáculos, denotando um ambiente luxuoso e imponente. A combinação do mármore das colunas e dos pavimentos, os ferros das varandas e corrimões, os estuques dos tetos, as talhas douradas dos camarins, os lustres e as pinturas alegóricas da Sala de Espetáculos, concorrem para a produção de uma atmosfera de surpreendente beleza e ostentação. A parte decorativa é da responsabilidade dos escultores Diogo de Macedo, Henrique Moreira e Sousa Caldas, enquanto o teto da sala de espetáculos, em "trompe l'oeil", foi pintado pela parceria José de Brito e Acácio Lino.
Ainda antes do antigo Teatro de S. João, o Porto teve outro importante palco de espetáculos que se situava numa das dependências do demolido Palácio dos Condes de Miranda, Marqueses de Arronches e Duques de Lafões - casa de espetáculos particular aberta em 1760. Na sua inauguração foi levada à cena uma ópera lírica para homenagear o casamento de D. Maria I com D. Pedro. Este teatro foi riscado por João Glama Stroberle, auxiliado pelos artistas José Régióli, Francisco José, João André Chiape, Veríssimo Nunes, Domingos Teixeira Barreto e José dos Santos Cartaxo.
O Teatro do Palácio de Lafões continuou a ter mais algumas representações de companhias profissionais e amadoras, com destaque para a ópera Demofonte, levada à cena em 1772 para celebrar o aniversário do rei D. José I.
A autoria do projeto coube ao arquiteto Vicente Mazzoneschi, não sendo particularmente significativa a sua configuração arquitetónica. Na passagem do dia 11 para o dia 12 de abril de 1908, um violento incêndio reduziu o Teatro de S. João a escombros.
No mesmo ano, o arquiteto Marques da Silva concebia o risco do novo teatro portuense, vindo este a ser concluído em 1918.
O cimento marca as paredes exteriores do edifício. A sua volumetria retangular deixa perceber poderosos sinais de ecléticas correntes artísticas revivalistas, com predomínio para a majestática pose estrutural de cariz neoclássico, combinada com a figuração decorativista eivada de sabor romântico.
O piso inferior é marcado por um rusticado. Na fachada principal, o piso intermédio é marcado por altos arcos de vão circular, assentes em grandes colunas jónicas, sobre os quais rompem ressaltadas janelas com frontões triangulares. O friso do entablamento principal é preenchido pelas figuras alegóricas da Bondade, Dor, Ódio e Amor, esculpidas por Diogo de Macedo e Sousa Caldas. Os panos laterais do teatro são preenchidos por relevos de máscaras, festões e frutos, esculpidos por Joaquim Gonçalves da Silva.
A riquíssima e variada decoração interior impõe-se nos salões e na sala de espetáculos, denotando um ambiente luxuoso e imponente. A combinação do mármore das colunas e dos pavimentos, os ferros das varandas e corrimões, os estuques dos tetos, as talhas douradas dos camarins, os lustres e as pinturas alegóricas da Sala de Espetáculos, concorrem para a produção de uma atmosfera de surpreendente beleza e ostentação. A parte decorativa é da responsabilidade dos escultores Diogo de Macedo, Henrique Moreira e Sousa Caldas, enquanto o teto da sala de espetáculos, em "trompe l'oeil", foi pintado pela parceria José de Brito e Acácio Lino.
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Como referenciar
Porto Editora – Teatro Nacional de S. João na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-14 11:00:20]. Disponível em
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