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Teresa Ricou
Artista portuguesa, estreitamente ligada às artes circenses, Maria Teresa Madeira Ricou nasceu a 12 de novembro de 1946, na Praia da Granja. Ficaria conhecida, mais tarde, por Teté, a mulher-palhaço - sua profissão no início da década de oitenta - e também por ter sido a mentora e construtora do projeto Chapitô, uma associação sem fins lucrativos que promove, através das artes e dos ofícios do espetáculo, a integração social de jovens em situação de fragilidade social.
Passou a infância e parte da juventude em África e, aos 16 anos, saiu de casa dos pais. Trabalhou para um laboratório a colocar etiquetas em medicamentos e, depois, tirado um curso de estenodactilografia, desempenhou as funções de secretária e de relações públicas.
Posteriormente, foi viver para Inglaterra, seguindo-se a França, em finais da década de 60. Em Inglaterra trabalhou em diversos restaurantes e lojas. Durante algum tempo foi também hospedeira da TAP, companhia aérea portuguesa. Em França, vendeu jornais, trabalhou em circos e participou, como artista e aderecista, no filme do realizador espanhol Fernando Arrabal intitulado J'Irai Comme un Cheval Fou (1972).
Entre 1971 e 1973, passou por algumas escolas de arte europeias, nomeadamente, a Escola de Circo da Hungria, em Budapeste, e a Escola de Mímica Jean Jacques Lecocq, Faculdade de Vincennes, e fez cursos como o de Cinema Cubano e o de Vídeo, este último orientado por Jean Rouche, no Musée de l’Homme, em Paris.
Uns dias após a Revolução do 25 de abril de 1974, Teresa Ricou regressou a Portugal onde trabalhou com Palhaço Luciano, o Chefe dos Faz-Tudo do Coliseu dos Recreios, e Mariano Franco, o Mestre do Sapateado. Em 1978, como funcionária da Secretaria de Estado da Cultura, criou o Departamento de Circo, que passou a fazer parte da lei orgânica.
Entre numerosas participações em festivais de música, teatro e circo, durante toda a década de 70, foi também a responsável por diversas ações de dinamização cultural e de recuperação de jovens em risco, e por espetáculos de intervenção e animação em bairros carenciados, trabalho que continuou a exercer na década seguinte, em colaboração com a Junta de Freguesia de Santa Catarina. Foi nessa altura que criou a Escola de Circo Mariano Franco, um espaço de animação circense cedido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
No início da década de 80, criou a mulher-palhaço Teté que, de tanto sucesso que obteve, passou a ser mais conhecida do que a sua própria criadora.
Em 1981, altura em que foi criada a Coletividade Cultural e Recreativa de Santa Catarina, nasce o projeto Chapitô - a promoção da educação e da formação profissional através das artes e dos ofícios do espetáculo, com forte intervenção na integração social e comunitária - tal como Teresa Ricou, a sua mentora, o definiu. Na sequência de um acordo estabelecido com o Ministério da Justiça, é construído o espaço (antigas Mónicas / prisão de raparigas) onde o Chapitô desenvolve o seu projeto global, o programa do Chapitô passou então a incluir ações de animação e de formação de carácter pedagógico com o objetivo de integrar pelas artes crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, provenientes de institutos de reinserção social.
Diretora da instituição, Teresa Ricou foi também a principal responsável pela criação da Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, em 1991.
Para além das frequentes e numerosas participações em colóquios, espetáculos, seminários e worshops relacionados com a sua atividade profissional, o seu empenho e dedicação foram reconhecidos em 1998 com o Prix de L’Initiative da Fondation du Crédit Coopératif, em 2001, ao ser nomeada para o prémio Mulher Ativa, e em 2005, ao ser galardoada com o Silver Rose Solidar Award, pelo trabalho de ação social desenvolvido.
Em 2003, Teresa Ricou experimentou uma nova vertente na sua carreira ao interpretar um papel dramático na peça Ricardo III, adaptada de textos de Shakespeare, com encenação de Francisco Salgado e produzida pelo seu filho Nuno Ricou Salgado.
Passou a infância e parte da juventude em África e, aos 16 anos, saiu de casa dos pais. Trabalhou para um laboratório a colocar etiquetas em medicamentos e, depois, tirado um curso de estenodactilografia, desempenhou as funções de secretária e de relações públicas.
Posteriormente, foi viver para Inglaterra, seguindo-se a França, em finais da década de 60. Em Inglaterra trabalhou em diversos restaurantes e lojas. Durante algum tempo foi também hospedeira da TAP, companhia aérea portuguesa. Em França, vendeu jornais, trabalhou em circos e participou, como artista e aderecista, no filme do realizador espanhol Fernando Arrabal intitulado J'Irai Comme un Cheval Fou (1972).
Entre 1971 e 1973, passou por algumas escolas de arte europeias, nomeadamente, a Escola de Circo da Hungria, em Budapeste, e a Escola de Mímica Jean Jacques Lecocq, Faculdade de Vincennes, e fez cursos como o de Cinema Cubano e o de Vídeo, este último orientado por Jean Rouche, no Musée de l’Homme, em Paris.
Uns dias após a Revolução do 25 de abril de 1974, Teresa Ricou regressou a Portugal onde trabalhou com Palhaço Luciano, o Chefe dos Faz-Tudo do Coliseu dos Recreios, e Mariano Franco, o Mestre do Sapateado. Em 1978, como funcionária da Secretaria de Estado da Cultura, criou o Departamento de Circo, que passou a fazer parte da lei orgânica.
Entre numerosas participações em festivais de música, teatro e circo, durante toda a década de 70, foi também a responsável por diversas ações de dinamização cultural e de recuperação de jovens em risco, e por espetáculos de intervenção e animação em bairros carenciados, trabalho que continuou a exercer na década seguinte, em colaboração com a Junta de Freguesia de Santa Catarina. Foi nessa altura que criou a Escola de Circo Mariano Franco, um espaço de animação circense cedido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
No início da década de 80, criou a mulher-palhaço Teté que, de tanto sucesso que obteve, passou a ser mais conhecida do que a sua própria criadora.
Em 1981, altura em que foi criada a Coletividade Cultural e Recreativa de Santa Catarina, nasce o projeto Chapitô - a promoção da educação e da formação profissional através das artes e dos ofícios do espetáculo, com forte intervenção na integração social e comunitária - tal como Teresa Ricou, a sua mentora, o definiu. Na sequência de um acordo estabelecido com o Ministério da Justiça, é construído o espaço (antigas Mónicas / prisão de raparigas) onde o Chapitô desenvolve o seu projeto global, o programa do Chapitô passou então a incluir ações de animação e de formação de carácter pedagógico com o objetivo de integrar pelas artes crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, provenientes de institutos de reinserção social.
Diretora da instituição, Teresa Ricou foi também a principal responsável pela criação da Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, em 1991.
Para além das frequentes e numerosas participações em colóquios, espetáculos, seminários e worshops relacionados com a sua atividade profissional, o seu empenho e dedicação foram reconhecidos em 1998 com o Prix de L’Initiative da Fondation du Crédit Coopératif, em 2001, ao ser nomeada para o prémio Mulher Ativa, e em 2005, ao ser galardoada com o Silver Rose Solidar Award, pelo trabalho de ação social desenvolvido.
Em 2003, Teresa Ricou experimentou uma nova vertente na sua carreira ao interpretar um papel dramático na peça Ricardo III, adaptada de textos de Shakespeare, com encenação de Francisco Salgado e produzida pelo seu filho Nuno Ricou Salgado.
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Como referenciar
Porto Editora – Teresa Ricou na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 03:55:52]. Disponível em
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