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Um brinde à literatura policial, que tem envelhecido tão bem como o Vinho do Porto
Morte nas Caves assinala um importante marco no meu percurso enquanto autor. É o primeiro livro que publico com a Porto Editora, e é também a primeira investigação do Inspetor Bruno Saraiva no distrito do Porto. Feliz coincidência esta: ambos fizemos as malas e rumámos a esta maravilhosa zona do país.
Sendo as caves de Vinho do Porto um local tão emblemático da cidade, senti que eram o local apropriado para situar a primeira investigação do Inspetor na Invicta.
Visitei inúmeras caves antes de começar a escrever o livro. Quando fui às Caves Porto Ferreira, senti (sim, a palavra é mesmo essa) com muita força que era ali que a história queria ser contada. Enquanto caminhava pelo túnel que atravessa essas Caves, fui tomado por uma corrente de entusiasmo tão grande, que tive a certeza de que estava a percorrer o cenário do meu novo livro.
As personagens que se apresentam nestas páginas surgem-me tão reais, tão atuais, que nalguns momentos acreditei que elas existiam mesmo. Não existem bonzinhos nem vilões, existem pessoas. Seres humanos dotados de vícios e virtudes, e em cujo desempenho cabe o bem e o mal – como na vida. Personagens que aproveitam a escuridão das Caves para camuflar os seus segredos.
Esta história retrata a investigação de um homicídio, mas também inclui narrativas secundárias que exploram os vários tecidos das relações humanas – familiares, profissionais e amorosas. Porque uma boa história policial não vive apenas de uma investigação de um crime.
Morte nas Caves representa um processo de escrita intenso e muito feliz. Espero que a sua leitura também o seja!
Lourenço Seruya