Acho que tive sempre a perceção de que aquilo que dizemos ou escrevemos pode ser importante ou fazer mesmo toda a diferença na vida do outro. Fui sempre uma pessoa com facilidade de expressão e que se sentia feliz por poder ajudar quem tinha alguma dificuldade, fosse na escrita ou na expressão oral. É muito desafiante entrevistar uma pessoa com algum tipo de limitação física na expressão verbal, mas, ao mesmo tempo, é uma oportunidade fantástica de levar o outro a escolher bem cada palavra, exatamente porque as irá usar menos para ser claro e passar a sua mensagem. Ainda hoje este processo me apaixona.

Curiosamente, no livro Simply Flow - Atreve-te a abrandar falo da minha paixão pela comunicação e do lugar que ela ocupa na minha vida. Enquanto escrevia este livro, dedicado à saúde e ao bem-estar das pessoas e do planeta, revisitava a minha história de vida, confirmando aquilo que tantas vezes ouvi os psicólogos dizerem: a escrita é altamente terapêutica. E é, efetivamente. Ao revisitarmos memórias, organizamos muitas vezes as emoções que estão associadas às mesmas, o que acaba por ser uma bonita oportunidade de valorizarmos todo o nosso caminho e as aprendizagens feitas.

Talvez por isso, no último ano, uma das palavras que mais tem estado presente na minha vida é GRATIDÃO. Sinto necessidade de agradecer tudo o que vivi, construí e aprendi. Agradecer a pessoa que sou hoje e as pessoas que fazem parte do meu universo afetivo. Sinto que esta gratidão ainda tem de ser mais vivida e sentida, nas pequenas coisas e nos micromomentos. Foram estas reflexões que me incentivaram a escrever o livro Simply Flow - Atreve-te a abrandar.

Sempre fui uma apaixonada pelos temas de saúde e bem-estar. Não sou nenhuma especialista, vivo as minhas experiências, faço as minhas escolhas e percebo os resultados. Este livro convida cada um a revisitar a sua história, a perceber as suas escolhas e a ter a oportunidade de escolher fazer diferente. Com maior consciência do que é a saúde, pode fazer dela uma prioridade, ou seja, escolher-se e cuidar-se com amor. Se, no final do livro, sentir que ainda não está preparado para mudar nada, aceite. Cada um tem o seu timing e todos os timings são válidos. Boa leitura.


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Fátima Lopes