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Língua Portuguesa
auto de fé
Pela manhã, os presos eram trazidos para um grande pátio onde lhes eram vestidos os hábitos para seguirem em procissão. À frente iam os frades dominicanos, empunhando a bandeira da Inquisição, seguindo-se os penitentes em geral, todos envergando vestes negras sem mangas, descalços e trazendo na mão uma vela. Depois destes vinham os penitentes que por pouco tinham escapado da morte, exibindo por cima das vestes negras chamas pintadas com as pontas viradas para baixo, significando que se salvaram, mas apenas do fogo. A seguir vinham os relapsos, cujo destino era a fogueira, tendo pintadas as chamas de pontas para cima. Por fim, os heresiarcas, que, para além das chamas na mesma posição dos que caminhavam à sua frente, traziam pintado no hábito o retrato do seu próprio busto, rodeado de cães, serpentes e diabos, todos eles de boca aberta. Tornava-se assim evidente o carácter de ato simbólico e de espetáculo público (ao qual há notícia de acorrer muita gente) dos autos de fé.
Os presos que iam ser queimados iam acompanhados por um familiar (ou seja, um membro da Inquisição) e por um jesuíta, que lhes pediam para abjurarem das suas heresias. Só sofriam a pena máxima - serem queimados vivos na fogueira, à vista do povo - os hereges que não confessassem o erro de que eram acusados. A confissão podia livrá-los da pena máxima mas não de outras penas de índole diversa.
O primeiro auto de fé em Portugal teve lugar no ano de 1540.