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Língua Portuguesa
Budismo
Existem diferenças nas tradições, escolas e formas regionais, sendo, por isto, praticamente impossível reconstruir a doutrina original apenas a partir dos livros sagrados. Os livros sagrados não são contemporâneos da vida de Tathagata (um dos nomes do Buda Gautama) e contêm principalmente os cânones de Pali e de Sanskrit (este nas versões chinesas e tibetanas), estando divididos em três partes: coleções de sermões e leis morais de Buda, leis monásticas e tratados ético-filosóficos. O Budismo foi desde a origem um movimento de carácter eminentemente prático. Partindo da origem e da causa do sofrimento, propõe-se ensinar o método de libertação deste sofrimento. A doutrina começa com as "Quatro Nobres Verdades" pregadas no começo dos ministérios de Buda: o sofrimento está incluído em toda a existência, porque tudo é impermanente; a origem do sofrimento está na sede de ser, que provém da ignorância e conduz de renascimento em renascimento; o fim do sofrimento é conseguido pela supressão do desejo, que conduz ao nirvana; o caminho que conduz à cessação do sofrimento, à "Iluminação" (ou seja, ao conhecimento da realidade para lá das aparências) tem hierarquicamente três vias: svargamarga, dhyanalokamarga e nirvanamarga. Esta última etapa é alcançada quando se consegue sair da lei do Karma e da roda da reencarnação. Para os devotos leigos é particularmente recomendada a excelência do "caminho do meio", o caminho intermédio entre uma vida de prazeres e uma austeridade extrema. As vias sagradas são oito: a crença justa, a intenção justa, a palavra justa, a ação justa, a existência justa, o esforço justo, o pensamento e, por último, a meditação justa. Estas normas do Karma abrangem o comportamento, as palavras e os pensamentos, noutros termos, o corpo, a palavra e o espírito. As oito vias sagradas ou astangamarga envolvem o tríplice ensinamento: ascese, meditação e sabedoria. A ascese envolve a vontade, pensamento e consciência justos. A meditação conduz pelos quatro êxtases à tranquilidade que é a sabedoria.
A fórmula de conversão dos budistas é o "triplo refúgio": "eu tomo refúgio no Buda, no Dharma e no Sangha". Este último é essencialmente a comunidade, primariamente de monges e monjas, à volta dos quais se reúnem os leigos. Só os primeiros estão verdadeiramente no caminho da libertação e os leigos reduzem-se à prática do "caminho intermédio", exceto no caminho dos Tantras, o Vajrayana.
Sendo diferente do Hinduísmo, o Budismo era essencialmente uma religião missionária que se desenvolveu graças ao zelo do imperador indiano Asoka, que ajudou em muito à sua propagação pela Índia e Ceilão. A divisão entre os discípulos de Buda aconteceu muito cedo, logo desde o primeiro concílio. Dividiram-se desde logo em várias escolas, sendo a tradição das escolas do Sul da Ásia diferente da das escolas do Norte. Na Índia, no século XII, o Budismo deixou de ser importante e influente como até aí, influenciando, no entanto, o Hinduísmo. O Budismo espalhou-se, no século I a. C., pela Ásia Central, de onde chegou à China. A Coreia foi a primeira a espalhar o Budismo pelo Japão, onde se manteve a divisão por diferentes escolas. O número de admiradores e convertidos tem também aumentado no Ocidente.