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Língua Portuguesa
Convento dos Carmelitas Descalços do Buçaco
O Convento dos Carmelitas Descalços extinguiu-se, como muitos outros, em 1834. Grande parte das dependências conventuais desapareceram para dar lugar ao Grande Hotel, erguido segundo a linguagem revivalista da arquitetura neomanuelina dos finais do século XIX.
O Convento dos Carmelitas Descalços, no Buçaco, apresenta uma fachada rasgada por três arcos de volta perfeita, com o central mais elevado, onde se increve a data 1628. A frontaria é forrada com incrustações de pequenos seixos. Estes embrechados repetem-se noutras partes do edifício contíguo ao Grande Hotel, na chamada Casa das Pedrinhas. No átrio, o teto é revestido a cortiça e as paredes são empedradas e com bancos corridos. Nos ângulos mostram dois calvários rematados com cruzes de cortiça. O cenóbio é formado por pequenas capelas e dependências, numa linha marcadamente ascética, construídos em materiais simples. Este é apenas ornado por pinturas que tratam o Juízo Final, a Paixão e versículos da Sagrada Escritura alusivos à condição humana. Na igreja, enquadrado com molduras de cortiça, mostram-se pinturas representando santos e os benfeitores do convento, como o bispo de Coimbra, D. João Manuel, que doou a mata, e o bispo D. João de Melo, que ofereceu a biblioteca aos monges carmelitas. O acesso ao templo, de cruz latina, é feito através de duas portas laterais, com as sacristias nos topos do transepto. Apesar da sobriedade arquitetónica e decorativa, a igreja guarda retábulos e a ousia interessantes esculturas, como os bustos de S. Pedro, Maria Madalena e uma magnífica N. Sra. da Soledade. Estas obras são atribuídas a um escultor italiano. Guardam-se ainda em urnas envidraçadas esculturas barrocas, atribuídas ao notável escultor Machado de Castro - da Deposição de Cristo no Túmulo e das Mortes de S. José, de Sta. Teresa e da Virgem. O templo ostenta um Presépio também da oficina de Machado de Castro. Numa pequena capela é possível apreciar uma magnífica tela seiscentista (1664) de N. Sra. do Leite, da autoria de Josefa de Óbidos.
Por vezes, os monges Carmelitas Descalços refugiavam-se nas ermidas espalhadas pela luxuriante mata para as suas orações e penitências.